Você olha ao seu redor
Compara-se a seus pares
Não se acha tão sacana
Nunca se esqueça
O excremento que mais fede é a borra humana
30-12-2014
terça-feira, 30 de dezembro de 2014
Namastê da virada
As essências da Champagne
Da cerveja
Da cachaça
Do vinho
Que habitam alguns seres vivos
Saúdam
As essências da Champagne
Da cerveja
Da cachaça
Do vinho
Que habitam outros seres vivos
30-12-2014
Da cerveja
Da cachaça
Do vinho
Que habitam alguns seres vivos
Saúdam
As essências da Champagne
Da cerveja
Da cachaça
Do vinho
Que habitam outros seres vivos
30-12-2014
domingo, 28 de dezembro de 2014
sábado, 27 de dezembro de 2014
Das cozinhas até as salas
Primeiro os pés, depois as súbitas pegadas
Desfilam pelas casas as belezas nuas
Brincos inquietos rolam pelos tapetes
Ao léu
Em noites de lua
27-12-2014
Desfilam pelas casas as belezas nuas
Brincos inquietos rolam pelos tapetes
Ao léu
Em noites de lua
27-12-2014
terça-feira, 23 de dezembro de 2014
domingo, 21 de dezembro de 2014
Das pedras que não rolam
O cara é rico, bom de cama e de jazz
Não necessariamente nessa ordem
Você não o ama, jamais o amaria
Nem que Guantanamo tivesse sido um acampamento hippie
Mas, você quer "se dar bem"
A pessoa que você ama não tá nem aí pra você
Você espalha que ela é babaca, vê uma janela na vingança
Seu "problema" não se resolve injetando speedball nas veias.
Você não serve pra personagem de Like a Rolling Stone, do Bob Dylan
Não se afogue no mar num verão qualquer
Livre-se do lastro, há ar na superfície
Se você nada sentisse seria pesada, muito pesada
Mais pesada que uma pedra que não rola, a vida que você leva
28-03-2011 e 21-12-2014
Não necessariamente nessa ordem
Você não o ama, jamais o amaria
Nem que Guantanamo tivesse sido um acampamento hippie
Mas, você quer "se dar bem"
A pessoa que você ama não tá nem aí pra você
Você espalha que ela é babaca, vê uma janela na vingança
Seu "problema" não se resolve injetando speedball nas veias.
Você não serve pra personagem de Like a Rolling Stone, do Bob Dylan
Não se afogue no mar num verão qualquer
Livre-se do lastro, há ar na superfície
Se você nada sentisse seria pesada, muito pesada
Mais pesada que uma pedra que não rola, a vida que você leva
28-03-2011 e 21-12-2014
terça-feira, 16 de dezembro de 2014
Depois
De plástico eram as flores
Que cultivavam os jardineiros
Antes de ver-te passar
No mar não havia vida
Antes de ver-te passar
Chuva não era bem-vinda
Artificial era o caminho
Sinônimo de sonho era entrave
Antes de ver-te passar
Havia canto nas árvores
Mas não era de passarinho
16-12-2014
Que cultivavam os jardineiros
Antes de ver-te passar
No mar não havia vida
Antes de ver-te passar
Chuva não era bem-vinda
Artificial era o caminho
Sinônimo de sonho era entrave
Antes de ver-te passar
Havia canto nas árvores
Mas não era de passarinho
16-12-2014
sábado, 13 de dezembro de 2014
Was Liebe angeht
Was macht die Welt
Was macht den ganzen Dreck
Wenn die Liebe weggeht
Sich vor uns versteckt
13-12-2014
Was macht den ganzen Dreck
Wenn die Liebe weggeht
Sich vor uns versteckt
13-12-2014
sexta-feira, 12 de dezembro de 2014
terça-feira, 9 de dezembro de 2014
quarta-feira, 3 de dezembro de 2014
Dos enganos
A mulher
Que você diz ser insana
E imagina desiludida
Pra seu desprazer
Não deseja
Outra vida
Encanta-se com luares
Arranjos de jardins
Parece saborear
Felicidade sem fim
Se uma onda ergue-se
Aprumando sua crista
Pra ela é presságio
De fascínio à vista
03-12-2014
Fotografia, dezembro de 2014
Que você diz ser insana
E imagina desiludida
Pra seu desprazer
Não deseja
Outra vida
Encanta-se com luares
Arranjos de jardins
Parece saborear
Felicidade sem fim
Se uma onda ergue-se
Aprumando sua crista
Pra ela é presságio
De fascínio à vista
03-12-2014
Fotografia, dezembro de 2014
segunda-feira, 1 de dezembro de 2014
Fragmento VIII
Toda vez
Que perece uma árvore
Cachoeiras derramam lágrimas
De passarinho
01-12-2014
Fotografia, novembro de 2014
Que perece uma árvore
Cachoeiras derramam lágrimas
De passarinho
01-12-2014
Fotografia, novembro de 2014
sexta-feira, 28 de novembro de 2014
Terra
Que o último a sair
Deixe em uma gota
Ao menos
Dois átomos
De hidrogênio
Um
De oxigênio
28-11-2014
Deixe em uma gota
Ao menos
Dois átomos
De hidrogênio
Um
De oxigênio
28-11-2014
quinta-feira, 27 de novembro de 2014
terça-feira, 25 de novembro de 2014
sábado, 22 de novembro de 2014
Cotidiano
Ladeira abaixo, vinha ela
Arrastava pela guia
Maltratando sua cadela
Tomada de ais, a doidivana
Amaldiçoava o animal, o pai e a madrasta
...................................(a "puta sacana")
O bibelô fazia jorrar da boca pra fora
Tudo que vinha de dentro
Na letra do Canto de Ossanha
Nunca buscou conhecimento
22-11-2014
Arrastava pela guia
Maltratando sua cadela
Tomada de ais, a doidivana
Amaldiçoava o animal, o pai e a madrasta
...................................(a "puta sacana")
O bibelô fazia jorrar da boca pra fora
Tudo que vinha de dentro
Na letra do Canto de Ossanha
Nunca buscou conhecimento
22-11-2014
quinta-feira, 20 de novembro de 2014
quarta-feira, 19 de novembro de 2014
domingo, 16 de novembro de 2014
sexta-feira, 14 de novembro de 2014
De carona na poesia
.................."enquanto me for dada a sorte, sumirei"................................
I
I
Refugio-me
Esgueiro-me silêncio adentro
Como navio no denso nevoeiro
II
Me esvaio
Em conta-gotas
III
Fujo em baldes de licores
Dos teoremas regentes do universo
IV
Invento labirintos de mel
Sem precisar de um motivo
Até que retroceda a aurora
Pois assim deseja a madrugada
Esgueiro-me silêncio adentro
Como navio no denso nevoeiro
II
Me esvaio
Em conta-gotas
III
Fujo em baldes de licores
Dos teoremas regentes do universo
IV
Invento labirintos de mel
Sem precisar de um motivo
Até que retroceda a aurora
Pois assim deseja a madrugada
14-11-2014
segunda-feira, 10 de novembro de 2014
farewell Letter
Somewhere in springtime
We'll met
During the rain
At a new show
Even in a quietest moment
Another ticket
When it snows
10-11-2014
We'll met
During the rain
At a new show
Even in a quietest moment
Another ticket
When it snows
10-11-2014
quinta-feira, 6 de novembro de 2014
Timidez dos falantes
Me diz
Dos atributos
Que Vulcano te deu
No meu ouvido
Fala mansinho
Sobre o presente do Deus
Da tua pele, a textura
Qual a cor que desponta
Dos recatos das tuas matas
Me conta
Das tuas enseadas, grutas e ilhas
Me diz
Arrepios, sulcos
Areias
Sussurra pra esse párvulo aprendiz
Dos teus desejos na esteira
06-11-2014
Dos atributos
Que Vulcano te deu
No meu ouvido
Fala mansinho
Sobre o presente do Deus
Da tua pele, a textura
Qual a cor que desponta
Dos recatos das tuas matas
Me conta
Das tuas enseadas, grutas e ilhas
Me diz
Arrepios, sulcos
Areias
Sussurra pra esse párvulo aprendiz
Dos teus desejos na esteira
06-11-2014
segunda-feira, 3 de novembro de 2014
domingo, 2 de novembro de 2014
Orquídea
Nem a flor existe
O que existe é o vestido
Dentro da flor
02-11-2014..................................."O que nós vemos das coisas são as coisas"
(Fernando Pessoa)
Fotografia, novembro de 2014
O que existe é o vestido
Dentro da flor
02-11-2014..................................."O que nós vemos das coisas são as coisas"
(Fernando Pessoa)
Fotografia, novembro de 2014
terça-feira, 28 de outubro de 2014
Sede
Vai além do gênero musical
Esse apego ao blues
Alegre e triste
Ele é como a vida
Como uma estrada
Nem sempre plana
Um chão de conhecimento
Neste caminho
Encontra-se água potável
28-10-2014
Fotografia, outubro de 2014
Esse apego ao blues
Alegre e triste
Ele é como a vida
Como uma estrada
Nem sempre plana
Um chão de conhecimento
Neste caminho
Encontra-se água potável
28-10-2014
Fotografia, outubro de 2014
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
A vírgula
"É preciso unir o país" (vírgula)
Para que nós
Políticos
Continuemos
Numa MUITO boa
27-10-2014
Para que nós
Políticos
Continuemos
Numa MUITO boa
27-10-2014
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
Sendas
Andam de mãos dadas pelas esquinas
As indolências
A da ninfa Quelone e a minha
Ousadas
Esnobam os convites para as festas de Júpiter e Juno
Mas estão atentas a tudo aquilo que não acontece
A cidade se abre para a nova estação
Mesmo que nunca se esconda por inteira
Ela imagina
Não passar por desapercebida
Há coisas que o mundo urbano mostra
Embora a gente não veja
23-10-2014
Fotografia, junho de 2014, em Amsterdam
As indolências
A da ninfa Quelone e a minha
Ousadas
Esnobam os convites para as festas de Júpiter e Juno
Mas estão atentas a tudo aquilo que não acontece
A cidade se abre para a nova estação
Mesmo que nunca se esconda por inteira
Ela imagina
Não passar por desapercebida
Há coisas que o mundo urbano mostra
Embora a gente não veja
23-10-2014
Fotografia, junho de 2014, em Amsterdam
sexta-feira, 17 de outubro de 2014
Noturna
Abrigo-me
Entre os seios da escuridão
Aguardo um menestrel
Um encantador de sacadas
Que empreste seus versos
Para que eu os diga
Quando a janela se abrir
Se o vizinho do lado
Jogar o vaso de flores
Farei dele
Meu ramalhete pra ela
17-10-2014
Entre os seios da escuridão
Aguardo um menestrel
Um encantador de sacadas
Que empreste seus versos
Para que eu os diga
Quando a janela se abrir
Se o vizinho do lado
Jogar o vaso de flores
Farei dele
Meu ramalhete pra ela
17-10-2014
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
domingo, 12 de outubro de 2014
sábado, 11 de outubro de 2014
sexta-feira, 10 de outubro de 2014
Homem banda
Um clarão nas trevas
O artista de rua
Louco inocente
Inocente louco
A escolha é sua
Batalha pela grana honesta
Merece um teatro lotado
Por tornar o dia suportável aos passantes
Parece uma formação de coral no mar morto
Um oásis, onde bebe a estúpida
Insossa cáfila
10-10-2014
O artista de rua
Louco inocente
Inocente louco
A escolha é sua
Batalha pela grana honesta
Merece um teatro lotado
Por tornar o dia suportável aos passantes
Parece uma formação de coral no mar morto
Um oásis, onde bebe a estúpida
Insossa cáfila
10-10-2014
sábado, 4 de outubro de 2014
Tira mi sù
Eu tinha fome de salgados
Vontade de temperos
Até lhe avistar
Estavam fora dos meus planos
Os exageros
04-10-2014
Vontade de temperos
Até lhe avistar
Estavam fora dos meus planos
Os exageros
04-10-2014
quinta-feira, 2 de outubro de 2014
Ramalhete
Se rejeitadas
Conforme remetente
Flores, coitadas
Parecem gente
02-10-2014
Fotografia, outubro de 2014
Conforme remetente
Flores, coitadas
Parecem gente
02-10-2014
Fotografia, outubro de 2014
quarta-feira, 1 de outubro de 2014
Presságio
Sempre que partires
Indignar-se-ão espelhos e quadros
Mas não será o final dos tempos
Teu cheiro estará presente
A casa, embora vazia
Gemerá contente
Ela te sentirá viva
Ficará teu carinho
Terei paz interior
Porque me encantas
Porque fascinarás
01-10-2014
Indignar-se-ão espelhos e quadros
Mas não será o final dos tempos
Teu cheiro estará presente
A casa, embora vazia
Gemerá contente
Ela te sentirá viva
Ficará teu carinho
Terei paz interior
Porque me encantas
Porque fascinarás
01-10-2014
domingo, 28 de setembro de 2014
Áquaplaneta
Nove vírgula oito
Metros por segundo
Ao quadrado
Aproximadamente
Acelera qualquer corpo
Em queda livre
28-09-2014
Metros por segundo
Ao quadrado
Aproximadamente
Acelera qualquer corpo
Em queda livre
28-09-2014
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
Dos equívocos
O combustível da vida não é o amor
Mas, sim, o tesão
O amor é a flor que precisa ser regada
24-09-2014
Mas, sim, o tesão
O amor é a flor que precisa ser regada
24-09-2014
domingo, 21 de setembro de 2014
Haicai
Noite e dia
Parabéns......................para o bem
Da poesia
21-09-2014
Fotografia, setembro de 2014
*21, dia e noite da árvore
Parabéns......................para o bem
Da poesia
21-09-2014
Fotografia, setembro de 2014
*21, dia e noite da árvore
sábado, 20 de setembro de 2014
Natural
Uma rosa
Sem maquiagem
Que as outras, não é mais flor
Apenas
Destaca-se da paisagem
20-09-2014
Fotografia, setembro de 2014
sexta-feira, 19 de setembro de 2014
Poema tortinho
Entre o médio
E o anular
Você me encanta
Me (des) encaminha
Minha puta
Santa minha
19-09-2014
E o anular
Você me encanta
Me (des) encaminha
Minha puta
Santa minha
19-09-2014
quinta-feira, 18 de setembro de 2014
quarta-feira, 17 de setembro de 2014
terça-feira, 16 de setembro de 2014
Parcas
Aplicada urdidora, Cloto
De boas maneiras
Traz olhos falantes
Frios como as geleiras
Das filosofias e teses
Ao largo, ela passa
Determina o tempo
Laquesis
Por fim, Átropos, calminha
Tesoura na mão
Corta, da vida, a linha
16-09-2014
De boas maneiras
Traz olhos falantes
Frios como as geleiras
Das filosofias e teses
Ao largo, ela passa
Determina o tempo
Laquesis
Por fim, Átropos, calminha
Tesoura na mão
Corta, da vida, a linha
16-09-2014
sexta-feira, 12 de setembro de 2014
Ah, eu sou gaúcho!!
A fase
Que vive o estado onde nasci
Não traz nenhuma alegria
Quando não está nas manchetes por racismo
Está por homofobia
12-09-2014
Que vive o estado onde nasci
Não traz nenhuma alegria
Quando não está nas manchetes por racismo
Está por homofobia
12-09-2014
terça-feira, 9 de setembro de 2014
Haicai
João queria
Ser o sem-vergonha
Da Maria
09-09-2014
Fotografia, Maria-sem-vergonha
Da família das Catharanthus
Setembro de 2014
Ser o sem-vergonha
Da Maria
09-09-2014
Fotografia, Maria-sem-vergonha
Da família das Catharanthus
Setembro de 2014
segunda-feira, 8 de setembro de 2014
Latrodectus mactans
Vigiado, segundo a segundo
Sob a teia, o umbigo
O próprio centro do mundo
08-09-2014
Fotografia, setembro de 2014
Sob a teia, o umbigo
O próprio centro do mundo
08-09-2014
Fotografia, setembro de 2014
sexta-feira, 5 de setembro de 2014
De um lugar qualquer
Viçosas
Quase adaptadas à moderna idade
Vaidosas, aos olhos das escuras pedras
Inquietas, quando mostram-se antes do tempo
Talvez, nos anos vindouros, ressurjam metamorfoseadas
Imunes às tristezas climáticas
Acho que são humanas
As azaleias
05-09-2014
Fotografia, setembro de 2014
Quase adaptadas à moderna idade
Vaidosas, aos olhos das escuras pedras
Inquietas, quando mostram-se antes do tempo
Talvez, nos anos vindouros, ressurjam metamorfoseadas
Imunes às tristezas climáticas
Acho que são humanas
As azaleias
05-09-2014
Fotografia, setembro de 2014
segunda-feira, 1 de setembro de 2014
domingo, 31 de agosto de 2014
Sessão de samba
Tem filme
Que não condiz com o cartaz
Cansa-se
De atuar no papel de freguês
Não será a gente
A ter de pagar
Quando o estrago no porão
Foi outro quem fez
31-08-2014
Que não condiz com o cartaz
Cansa-se
De atuar no papel de freguês
Não será a gente
A ter de pagar
Quando o estrago no porão
Foi outro quem fez
31-08-2014
quinta-feira, 21 de agosto de 2014
Poema sem fim
Pinte-se letras
Nas faces dos cubos
Que se jogue com os brinquedos
Eternamente
Que se formem palavras
(Des) conexas
A sorte maior
Será sempre um poema
21-08-2014
Fotografia, agosto de 2014
Nas faces dos cubos
Que se jogue com os brinquedos
Eternamente
Que se formem palavras
(Des) conexas
A sorte maior
Será sempre um poema
21-08-2014
Fotografia, agosto de 2014
domingo, 17 de agosto de 2014
Volta
Na beira da praia eu morei
Me mudei
Não havia árvores por perto
Agora vou pro mar
Junto ao mato
Preciso povoar meus desertos
17-08-2014
Me mudei
Não havia árvores por perto
Agora vou pro mar
Junto ao mato
Preciso povoar meus desertos
17-08-2014
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
Sintonia
Eu queria ser
Teu radinho de pilha
Pra viver ligado
Extraviado
Debaixo dos teus lençóis
14-08-2014
Fotografia, agosto de 2014
Teu radinho de pilha
Pra viver ligado
Extraviado
Debaixo dos teus lençóis
14-08-2014
Fotografia, agosto de 2014
terça-feira, 12 de agosto de 2014
domingo, 10 de agosto de 2014
Vermelho 23
Tange no bar um blues
Num ato de reverência aos lucivelos
Beija-se, à meia-luz
Lá fora, a solitária rua
Anseia pela fuga de um raro acorde
Como se não bastasse o banho de lua
Ela reclama da noite
Melhor sorte
10-08-2014
Fotografia, agosto de 2014
Num ato de reverência aos lucivelos
Beija-se, à meia-luz
Lá fora, a solitária rua
Anseia pela fuga de um raro acorde
Como se não bastasse o banho de lua
Ela reclama da noite
Melhor sorte
10-08-2014
Fotografia, agosto de 2014
quinta-feira, 7 de agosto de 2014
Sessão das dez
Embrenha-se pela unha-de-gato, rente ao muro
No seu encalço estão as ensandecidas formigas cabeçudas
Na fuga, abandona uma das pernas, semi decepada pelo inimigo
A natureza é um filme
Que a gente assiste e não paga ingresso
07-08-2014
Fotografia: Unha-de-gato (trepadeira)
segunda-feira, 4 de agosto de 2014
sexta-feira, 1 de agosto de 2014
Sentinela
Telhados, de estilos todos, revelam-se
Quando amanhece
Bem-te-vis perderam o trem para o outono-inverno
Convivem sem a trilha sonora das cigarras
Do alto de uma sacada
Peito laranja estufado, cabeça erguida
Um mudo sabiá vigia a cidade
Tão imponente
Que até com uma harpia real se parece
01-08-2014
Fotografia, agosto de 2014
Quando amanhece
Bem-te-vis perderam o trem para o outono-inverno
Convivem sem a trilha sonora das cigarras
Do alto de uma sacada
Peito laranja estufado, cabeça erguida
Um mudo sabiá vigia a cidade
Tão imponente
Que até com uma harpia real se parece
01-08-2014
Fotografia, agosto de 2014
quarta-feira, 30 de julho de 2014
Desjejum
Vagamos pelos bairros
Súditos dos desejos
Seremos uma sombra de dois corpos
Por acaso
Sob o sol da manhã
30-07-2014
Fotografia, julho de 2014
Súditos dos desejos
Seremos uma sombra de dois corpos
Por acaso
Sob o sol da manhã
30-07-2014
Fotografia, julho de 2014
quinta-feira, 24 de julho de 2014
terça-feira, 22 de julho de 2014
Polinização
Quem não beijaria
Teus tantos
Fartos
De cálido suco cobertos
Salivados
Lábios de amor...
22-07-2014
Fotografia, julho de 2014
Teus tantos
Fartos
De cálido suco cobertos
Salivados
Lábios de amor...
22-07-2014
Fotografia, julho de 2014
quinta-feira, 17 de julho de 2014
Narcose
Cheiro de mulher bonita
Viaja no ar, muito discreto
Disfarçado de alçapão
Pra atrair amor secreto
Perfume de flor
Ponta de espinho
Brinca de amar no colo do vento
Seu passatempo no caminho
17-07-2014
Fotografia, julho de 2014
Viaja no ar, muito discreto
Disfarçado de alçapão
Pra atrair amor secreto
Perfume de flor
Ponta de espinho
Brinca de amar no colo do vento
Seu passatempo no caminho
17-07-2014
Fotografia, julho de 2014
quarta-feira, 16 de julho de 2014
Mulher bonita
Perfume de flor
Ponta de espinho
Brinca de amar no colo do vento
Seu passatempo no caminho
16-07-2014
Fotografia, julho de 2014
Ponta de espinho
Brinca de amar no colo do vento
Seu passatempo no caminho
16-07-2014
Fotografia, julho de 2014
domingo, 13 de julho de 2014
sábado, 12 de julho de 2014
Observações do Vazio
Incomoda-me ser-- mais um-- escravo do hábito
"Coragem, não me falte"!
"Você é a chave dos meus cadeados".
12-07-2014
"Coragem, não me falte"!
"Você é a chave dos meus cadeados".
12-07-2014
quarta-feira, 9 de julho de 2014
Glote
Uma pequena mala atrás da porta
Escova dental, fotografias
Mãos catando chaves
Afoitas como bicho encurralado
Peito ainda na alcova
Certezas, somente duas
Que imagens são perguntas, nunca respostas
Que o trânsito matinal parece um verso engasgado
09-07-2014
Escova dental, fotografias
Mãos catando chaves
Afoitas como bicho encurralado
Peito ainda na alcova
Certezas, somente duas
Que imagens são perguntas, nunca respostas
Que o trânsito matinal parece um verso engasgado
09-07-2014
sexta-feira, 4 de julho de 2014
OFF-ON
Chego na cidade
As folhas dançam em torno dos troncos
Obedecem o ritual de todos os anos
Busco no bolso do casaco o endereço do hotel
O som de uma serra elétrica me atinge, neste instante
Eu me desligo
Haverá um próximo samba, um drama
Um romance
Um novo blues
Eu me ligo, adentrei ao saguão
Não, não escrevo o que eu sou
Busco o que faz falta em mim
04-07-2014
Fotografia, julho de 2014
As folhas dançam em torno dos troncos
Obedecem o ritual de todos os anos
Busco no bolso do casaco o endereço do hotel
O som de uma serra elétrica me atinge, neste instante
Eu me desligo
Haverá um próximo samba, um drama
Um romance
Um novo blues
Eu me ligo, adentrei ao saguão
Não, não escrevo o que eu sou
Busco o que faz falta em mim
04-07-2014
Fotografia, julho de 2014
quinta-feira, 3 de julho de 2014
O canto
Quando uma ave rara
Tão bela, tão querida
Cantar para seus ouvidos
Tocar seu coração
À procura de respostas
Em vão
Você vai abrir seus livros
Consolar-se com amigas
Você não é feita de pedra
Apega-se
Encontrar-se-á com rios
Ornamentados de afluentes
Vai confundi-los com suas veias
Vai pegar carona na correnteza, libertar-se
Enquanto o tempo tece teias
Você vai mudar
Terá, então, percebido
Como canta um pássaro ferido
03-07-2014
Tão bela, tão querida
Cantar para seus ouvidos
Tocar seu coração
À procura de respostas
Em vão
Você vai abrir seus livros
Consolar-se com amigas
Você não é feita de pedra
Apega-se
Encontrar-se-á com rios
Ornamentados de afluentes
Vai confundi-los com suas veias
Vai pegar carona na correnteza, libertar-se
Enquanto o tempo tece teias
Você vai mudar
Terá, então, percebido
Como canta um pássaro ferido
03-07-2014
quarta-feira, 2 de julho de 2014
Das vontades, das saudades
Das maiores, a vontade
É a saudade que se tem
Da pessoa, a qual a gente não conhece
Saudade, a gente não explica
Pra não doer
Mais do que já dói
02-07-2014
É a saudade que se tem
Da pessoa, a qual a gente não conhece
Saudade, a gente não explica
Pra não doer
Mais do que já dói
02-07-2014
quinta-feira, 26 de junho de 2014
A dança
Veste verde-mármore
A negra tez
Quando se enfeita de dourado
Minha razão ela rouba, de vez,
Se me convida ao tablado
26-06-2014
Fotografia, Junho de 2014
A negra tez
Quando se enfeita de dourado
Minha razão ela rouba, de vez,
Se me convida ao tablado
26-06-2014
Fotografia, Junho de 2014
sábado, 21 de junho de 2014
quinta-feira, 19 de junho de 2014
Observações do Vazio
Não pode ver um relâmpago
Que já faz pose
Pensando tratar-se de fotografia
19-06-2014
Que já faz pose
Pensando tratar-se de fotografia
19-06-2014
segunda-feira, 16 de junho de 2014
Dos domínios
Aparentamos moribundos
Nas suas falsas primaveras
Porém, vive em nós
Uma valsa
Sabemos, outro futuro nos espera
Donos do poder
Cobraremos suas farsas
16-06-2014
Nas suas falsas primaveras
Porém, vive em nós
Uma valsa
Sabemos, outro futuro nos espera
Donos do poder
Cobraremos suas farsas
16-06-2014
sábado, 14 de junho de 2014
Descoberta
Até pensei
Que ao me conhecer
Eu encontraria
**********************
Até pensei
Que ao me encontrar
Eu conheceria
14-06-2014
Que ao me conhecer
Eu encontraria
**********************
Até pensei
Que ao me encontrar
Eu conheceria
14-06-2014
quinta-feira, 12 de junho de 2014
segunda-feira, 9 de junho de 2014
terça-feira, 3 de junho de 2014
Como a leveza do branco
Que ela me mata suavemente
Confesso
Ela pergunta-me o porquê
Eu desejaria não ter respondido
Há coisas inexplicáveis
Como a instantaneidade dos acasos
Como o universo sem verso
Como a perfeição daquilo que o homem julga imperfeito
Como a relatividade da beleza
Como os caminhos da renda em seu vestido
Como o nada que se abriga na poesia
03-06-2014
Fotografia, Junho de 2016
Confesso
Ela pergunta-me o porquê
Eu desejaria não ter respondido
Há coisas inexplicáveis
Como a instantaneidade dos acasos
Como o universo sem verso
Como a perfeição daquilo que o homem julga imperfeito
Como a relatividade da beleza
Como os caminhos da renda em seu vestido
Como o nada que se abriga na poesia
03-06-2014
Fotografia, Junho de 2016
sexta-feira, 30 de maio de 2014
Saudação
Pela saudade, já presente
Me envolvo em suas sonoras carícias
Pela alegria na despedida
Porque lágrima nem sempre é filha de tristeza
Entre um gole e um aperto no peito
Aliviado pelo meu suspiro
Eu disse ao blues que voltaria
Vem dele o ar que respiro
O blues não dá garantias
Mas me acolhe com seus braços abertos
Ele me diz, e é recíproco:
"Eu te quero por perto"
30-05-2014
Fotografia, Red Light District, na mesma data em Amsterdam
Me envolvo em suas sonoras carícias
Pela alegria na despedida
Porque lágrima nem sempre é filha de tristeza
Entre um gole e um aperto no peito
Aliviado pelo meu suspiro
Eu disse ao blues que voltaria
Vem dele o ar que respiro
O blues não dá garantias
Mas me acolhe com seus braços abertos
Ele me diz, e é recíproco:
"Eu te quero por perto"
30-05-2014
Fotografia, Red Light District, na mesma data em Amsterdam
sexta-feira, 23 de maio de 2014
Habitat I
Ela vive nas ruas
Como é bom
Quando a poesia se deixa ver...
23-05-2014
Fotografia, 20-05-2014, em Leipzig
Como é bom
Quando a poesia se deixa ver...
23-05-2014
Fotografia, 20-05-2014, em Leipzig
domingo, 18 de maio de 2014
Dos brilhos
Tulipas assemelham-se àquela gente
Que, pouco tempo, vive
Mas brilha
Intensamente
18-05-2014
Fotografia, maio de 2014
Jardim do Rijksmuseum, em Amsterdam
Que, pouco tempo, vive
Mas brilha
Intensamente
18-05-2014
Fotografia, maio de 2014
Jardim do Rijksmuseum, em Amsterdam
sexta-feira, 16 de maio de 2014
segunda-feira, 5 de maio de 2014
Acho que era poesia...
Quando a cigana leu a palma de minha mão
Eu não quis saber do que se tratava
..............só percebi que ela sorria
05-05-2014
Eu não quis saber do que se tratava
..............só percebi que ela sorria
05-05-2014
sábado, 26 de abril de 2014
Tablado
É dança! É dança!
Quando ela anda
É folha de plátano
Que se desprende no outono
É festa! É festa!
Quando ela passa
Meu coração bate flamenco
26-04-2014
Quando ela anda
É folha de plátano
Que se desprende no outono
É festa! É festa!
Quando ela passa
Meu coração bate flamenco
26-04-2014
sexta-feira, 25 de abril de 2014
Vinte e poucos anos depois...
Por falta de provas, absolveram-no de tudo
Inclusive, do crime de corrupção
Olvidaram de mim, viva amostra
Testemunha de uma geração
25-04-2014
Inclusive, do crime de corrupção
Olvidaram de mim, viva amostra
Testemunha de uma geração
25-04-2014
terça-feira, 22 de abril de 2014
domingo, 20 de abril de 2014
Jabuticabas
O domingo lamenta-se
Parece um cantor andaluz
Na cidade não rola jazz
Tampouco jam sessions de blues
De repente, ela chega
Tão linda
Que o dia pede perdão
Seus olhos tem a cor da jabuticaba madura
Veste Jeans, salto alto
Pele de seda pura
Traz no peito a quietude da mulher inquieta
Seus desejos alimentam versos
Para que a noite descortine-se em festa
10-11-2012 + versos de 20-04-2014
Parece um cantor andaluz
Na cidade não rola jazz
Tampouco jam sessions de blues
De repente, ela chega
Tão linda
Que o dia pede perdão
Seus olhos tem a cor da jabuticaba madura
Veste Jeans, salto alto
Pele de seda pura
Traz no peito a quietude da mulher inquieta
Seus desejos alimentam versos
Para que a noite descortine-se em festa
10-11-2012 + versos de 20-04-2014
terça-feira, 8 de abril de 2014
Churrascada
Sou das tardes de verão
Da ponta da costela longe da brasa
Copo na mão
Meu time é de anarquistas
Sou contra torcida organizada
O samba convive a meu lado
Na fotografia, sou o Zé da portaria
Meu bom dia é selecionado
08-04-2014
Da ponta da costela longe da brasa
Copo na mão
Meu time é de anarquistas
Sou contra torcida organizada
O samba convive a meu lado
Na fotografia, sou o Zé da portaria
Meu bom dia é selecionado
08-04-2014
sábado, 5 de abril de 2014
O baile
Apesar das perdas
Da nossa mútua matança
Haverá no ar uma música
Sempre
Um convite para a próxima dança
05-04-2014
Da nossa mútua matança
Haverá no ar uma música
Sempre
Um convite para a próxima dança
05-04-2014
quinta-feira, 3 de abril de 2014
terça-feira, 1 de abril de 2014
Quase humana
Entraja meu corpo
O estampado do tecido
Entre meio-fio e calçada
(Sobre) vivo
Vistosos pingentes
Ornamentam os braços
Me pego contente
Se depreendem meus traços
Serva do vento
Sou verde, sou prata
Minha droga é o movimento
Na carência de mata
01-04-2014
Fotografia, março de 2014
O estampado do tecido
Entre meio-fio e calçada
(Sobre) vivo
Vistosos pingentes
Ornamentam os braços
Me pego contente
Se depreendem meus traços
Serva do vento
Sou verde, sou prata
Minha droga é o movimento
Na carência de mata
01-04-2014
Fotografia, março de 2014
segunda-feira, 31 de março de 2014
Minuto de silêncio
Abrem-se feridas no verde
Outrora, das encostas protetor
Vela o rio em seu leito os filhos
Assassinados
Indiferença, luto
Sonega-se da natureza o futuro
O homem
Único culpado
31-03-2014
Outrora, das encostas protetor
Vela o rio em seu leito os filhos
Assassinados
Indiferença, luto
Sonega-se da natureza o futuro
O homem
Único culpado
31-03-2014
domingo, 30 de março de 2014
Complexo da Maré
Esgotar-se-á a propaganda
Em um milésimo de segundo
Após a copa
Deste estranho mundo
30-03-2014
Em um milésimo de segundo
Após a copa
Deste estranho mundo
30-03-2014
sábado, 29 de março de 2014
Telas inacabadas
Existimos
Apenas no movimento
Ele é simples, pendular
Seu trajeto é habitado pelo ar
Não ocupamos o espaço, na inércia
Ali é para poucos, para os que dominam a arte do pensar
Tateamos o abstrato
Pegamos carona no impulso
Não somos, jamais seremos
Aspiramos ser
29-03-2014
Apenas no movimento
Ele é simples, pendular
Seu trajeto é habitado pelo ar
Não ocupamos o espaço, na inércia
Ali é para poucos, para os que dominam a arte do pensar
Tateamos o abstrato
Pegamos carona no impulso
Não somos, jamais seremos
Aspiramos ser
29-03-2014
terça-feira, 25 de março de 2014
Estágios
A adolescência
Assim se fez
Bebia todas
Pra disfarçar timidez
Hoje, ela faz
Por puro prazer
Porque não suporta ressaca
Decidiu
Há tempos
Mitiga a cachaça
25-03-2014
Assim se fez
Bebia todas
Pra disfarçar timidez
Hoje, ela faz
Por puro prazer
Porque não suporta ressaca
Decidiu
Há tempos
Mitiga a cachaça
25-03-2014
Olhos mendigos
Pediam-se em silêncio
Embaraçados
Indiferentes ao apelo das mãos
Surpreendidos
Necessitavam-se com urgência
Apesar dos labirintos
28-03-2010 e 25-03-2014
Embaraçados
Indiferentes ao apelo das mãos
Surpreendidos
Necessitavam-se com urgência
Apesar dos labirintos
28-03-2010 e 25-03-2014
domingo, 23 de março de 2014
sábado, 22 de março de 2014
Miragem
Alguns velozes
Outros nem tanto
Em muitos trens
Eu viajo
Quando lapidado
Penso dominar meu ponto
Somente
Até o próximo acaso
22-03-2014
Outros nem tanto
Em muitos trens
Eu viajo
Quando lapidado
Penso dominar meu ponto
Somente
Até o próximo acaso
22-03-2014
sexta-feira, 21 de março de 2014
Quase lá
Carrego um chip subcutâneo
Dispenso laptop e celular
Aos poucos, serei de antanho
Mais um material pra reciclar
21-03-2014
Dispenso laptop e celular
Aos poucos, serei de antanho
Mais um material pra reciclar
21-03-2014
terça-feira, 18 de março de 2014
Surf
Seca-se na saída do banho, parcialmente
Deita-se nua
Pra ser lambida pelos calmos ventos da primavera
A palma da mão alisa imperceptíveis cicatrizes
Como uma oculta câmera no teto, seus olhos percorrem terras geladas
Ela busca o lençol, cobre a cordilheira
Expande os braços abertos como se alargasse uma enseada
Liberta sonhos ancorados
Franze a testa, parte antes da lestada
Vai em busca das outras em si
Que surfam adiante das ilhas
18-03-2014
Deita-se nua
Pra ser lambida pelos calmos ventos da primavera
A palma da mão alisa imperceptíveis cicatrizes
Como uma oculta câmera no teto, seus olhos percorrem terras geladas
Ela busca o lençol, cobre a cordilheira
Expande os braços abertos como se alargasse uma enseada
Liberta sonhos ancorados
Franze a testa, parte antes da lestada
Vai em busca das outras em si
Que surfam adiante das ilhas
18-03-2014
sábado, 15 de março de 2014
Artista
Delineia traços sua alma
Derrama-se em lágrimas seu peito
Como se fosse o mês de março
*Para Amadeo Modigliani
15-03-2014
Derrama-se em lágrimas seu peito
Como se fosse o mês de março
*Para Amadeo Modigliani
15-03-2014
sexta-feira, 14 de março de 2014
Mil palavras
Um sino sem badalo
A catedral sem altar
O oceano sem peixes
Os pulmões sem ar
Um túnel sem luz
A criança sem ninar
Um bem sem carinho
Um boêmio sem bar
Uma pessoa sem face
A praia sem areia
O poeta sem poesia
O sangue sem a veia
Uma casa vazia
A pergunta sem por que
Um barco sem leme
Sou eu, sem você
14-03-2014, 1983
A catedral sem altar
O oceano sem peixes
Os pulmões sem ar
Um túnel sem luz
A criança sem ninar
Um bem sem carinho
Um boêmio sem bar
Uma pessoa sem face
A praia sem areia
O poeta sem poesia
O sangue sem a veia
Uma casa vazia
A pergunta sem por que
Um barco sem leme
Sou eu, sem você
14-03-2014, 1983
Fumeiro bravo (solanum granuloso-leprosum)
"Fumeiro-brabo"!
Segundo o jardineiro
Brinda-me o acaso
Com a fotografia
14-03-2014
Fotografia, março de 2014
Segundo o jardineiro
Brinda-me o acaso
Com a fotografia
14-03-2014
Fotografia, março de 2014
Coragem
O espaço pontilhado na ficha de inscrição
Preencha-o
Escreva ali seu ofício:
Poeta
14-03-2014
Preencha-o
Escreva ali seu ofício:
Poeta
14-03-2014
quinta-feira, 13 de março de 2014
Aceno
terça-feira, 11 de março de 2014
Naco de sossego
Na praça das rosas tem camélia
Hortênsia, cravo
Muita grama, boca-de-leão
Ninho de passarinho
Tem dois pombos cabulando aula
Que se pegam no banquinho
10-03-2014
Hortênsia, cravo
Amor perfeito
Muita grama, boca-de-leão
Cipreste
Tem muro
Tem muro
Pra escorar unha-de-gato
Ninho de passarinho
Tem dois pombos cabulando aula
Que se pegam no banquinho
10-03-2014
Fotografia, jlcalliari
domingo, 9 de março de 2014
Aula de piano
Os cabelos da mulher amada
Os olhos
Imagine-os
Beije-lhes as pálpebras
Lentamente
Escute o que dizem as teclas
Você tocará o contorno de seus lábios
Antes que a música acabe
A melodia mostrar-lhe-á sua face
09-03-2014
Os olhos
Imagine-os
Beije-lhes as pálpebras
Lentamente
Escute o que dizem as teclas
Você tocará o contorno de seus lábios
Antes que a música acabe
A melodia mostrar-lhe-á sua face
09-03-2014
quinta-feira, 6 de março de 2014
Aforismo V
Vida:
A vida é uma nesga de luminosidade
que se embrenha por entre o breve abrir e fechar de uma porta
06-03-2014
A vida é uma nesga de luminosidade
que se embrenha por entre o breve abrir e fechar de uma porta
06-03-2014
quarta-feira, 5 de março de 2014
Manhã
Branca
Simplesmente
Como neve ainda intacta
Como a espuma que me barbeia
Como as vestes de um anjo
Como o esperma
Que a minha amada acolhe
05-03-2014
Simplesmente
Como neve ainda intacta
Como a espuma que me barbeia
Como as vestes de um anjo
Como o esperma
Que a minha amada acolhe
05-03-2014
terça-feira, 4 de março de 2014
segunda-feira, 3 de março de 2014
domingo, 2 de março de 2014
sábado, 1 de março de 2014
Carta II
As últimas notícias dela
Soube-se pelas linhas que grafou
Deixou-se tatuar no abdômen uma ampulheta com areia vermelha
Cujos grãos eram-- ao tempo-- indiferentes
Fugiria da teia
Que tecia a aldeia
Sua pele não era negra
Mas ela se imaginava como tal
Estava pronto o costume
Para seu dissemelhante carnaval
01-03-2014
Fotografia, setembro de 2013
Soube-se pelas linhas que grafou
Deixou-se tatuar no abdômen uma ampulheta com areia vermelha
Cujos grãos eram-- ao tempo-- indiferentes
Fugiria da teia
Que tecia a aldeia
Sua pele não era negra
Mas ela se imaginava como tal
Estava pronto o costume
Para seu dissemelhante carnaval
01-03-2014
Fotografia, setembro de 2013
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
Talvez
Talvez real
seu recanto
Talvez chore
a sorrir
Talvez me leve
de vez
Talvez me ensine
a voar
Talvez ser feliz
numa estrela
Talvez drama
comédia
Talvez dama
loucura
Talvez vida
nas praças
Talvez noites
com anjos
Talvez sopro
nas almas
Talvez leia
mãos
Talvez levite
nas nuvens
Talvez livros
abertos
Talvez árvores
em desertos
Talvez eu pudesse
segredos
16-11-2009
seu recanto
Talvez chore
a sorrir
Talvez me leve
de vez
Talvez me ensine
a voar
Talvez ser feliz
numa estrela
Talvez drama
comédia
Talvez dama
loucura
Talvez vida
nas praças
Talvez noites
com anjos
Talvez sopro
nas almas
Talvez leia
mãos
Talvez levite
nas nuvens
Talvez livros
abertos
Talvez árvores
em desertos
Talvez eu pudesse
segredos
16-11-2009
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
Interiores
Duvido
que você cultue a noite dos cristais
como se fosse uma primavera nazista
Você não precisa ser tão durona, tão artista
Necessitamos de música
Dependemos de uma lágrima sincera
Indesejados são alegorias e adereços
que destoem de um belo samba enredo
Por isso
lutamos contra os medos
26-02-2014
que você cultue a noite dos cristais
como se fosse uma primavera nazista
Você não precisa ser tão durona, tão artista
Necessitamos de música
Dependemos de uma lágrima sincera
Indesejados são alegorias e adereços
que destoem de um belo samba enredo
Por isso
lutamos contra os medos
26-02-2014
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
Passo e meio
Quero alcançar as copas das árvores
Além delas
Mesclar-me aos distintos tons dos arrebóis
Quero sentir a chuva na face
Subir a cortina para a dança das estações
Quero mais
Adiante de onde mora o desconhecido
Para lá dirige-se meu flanar
24-02-2013
Além delas
Mesclar-me aos distintos tons dos arrebóis
Quero sentir a chuva na face
Subir a cortina para a dança das estações
Quero mais
Adiante de onde mora o desconhecido
Para lá dirige-se meu flanar
24-02-2013
sábado, 22 de fevereiro de 2014
Amostra
I
Um trio de bravos guias
Um trio de bravos guias
(Dois pingentes e um lacinho)
Bosqueja seu caminho
Seja à noite, seja ao dia
II
Quando a lua fica vermelha
(Ideal pra lobisomen)
II
Quando a lua fica vermelha
(Ideal pra lobisomen)
Ela esquece o próprio nome
Sua pele até centelha
III
Nestas madrugadas
Relógio presta pra nada
Pele dele é seu abrigo
Ela quer correr perigo
III
Nestas madrugadas
Relógio presta pra nada
Pele dele é seu abrigo
Ela quer correr perigo
22-02-2014
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
Acasos da beleza
O boi bumbá despertou o ciúme na branca dália
Pendurado na vidraça
Atraiu o beija-flor pra dentro da sala
Como turista enfeitiçado, estático ficou o passarinho
A admirar o artesanato multicor
Foram eternos segundos
Até ele girar sobre si e partir num voo turbinado em direção ao verde
Pela metade aberta da janela
08-02-2010 e 21-02-2014
Pendurado na vidraça
Atraiu o beija-flor pra dentro da sala
Como turista enfeitiçado, estático ficou o passarinho
A admirar o artesanato multicor
Foram eternos segundos
Até ele girar sobre si e partir num voo turbinado em direção ao verde
Pela metade aberta da janela
08-02-2010 e 21-02-2014
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
Que cheiro terá...
Dizem
Que as espanholas
De nome Dolores
Tem o perfume
De todas as flores
Que exalam jasmin
Os cortejos de rua
Em New Orleans
Nunca termina
O cheiro que se imagina
20-02-2014
Que as espanholas
De nome Dolores
Tem o perfume
De todas as flores
Que exalam jasmin
Os cortejos de rua
Em New Orleans
Nunca termina
O cheiro que se imagina
20-02-2014
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
Poema urbano II
Silencia, pulsa todavia
Inculca
Em cada esquina reluz uma afiada aresta
A cidade é um blues
Que flui pela minha femural
Todo vulto passante
Qualquer corpo adormecido
Carrega uma imagem que me desperta
18-02-2014
Fotografia, março de 2016
Inculca
Em cada esquina reluz uma afiada aresta
A cidade é um blues
Que flui pela minha femural
Todo vulto passante
Qualquer corpo adormecido
Carrega uma imagem que me desperta
18-02-2014
Fotografia, março de 2016
sábado, 15 de fevereiro de 2014
Tintas II
Quando nos estendemos além da mel- melancolia
anunciam-se as matizes da natureza
Bom momento para tons de preto e cinza namorarem o branco
Com as telas do verão
A poesia dança, mesmo na ausência de uma orquestra
Não levemos o reino dos adultos tão a sério
O encantamento
Parece habitar o brando mistério
Fotografia, jlcalliari
15-02-2014
anunciam-se as matizes da natureza
Bom momento para tons de preto e cinza namorarem o branco
Com as telas do verão
A poesia dança, mesmo na ausência de uma orquestra
Não levemos o reino dos adultos tão a sério
O encantamento
Parece habitar o brando mistério
Fotografia, jlcalliari
15-02-2014
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014
Carta náutica
Musa do verbo amar
O barco que me navega
Não quer mais ancorar
Menina, mulher que para o samba corre
Leva-me na tua lembrança
Que de tristeza já tomei porre
Se tua memória estiver lotada
Se nos teus sonhos não couber nosso tempo
Mulher da pele bonita
Jogue meus versos ao vento
14-02-2014
O barco que me navega
Não quer mais ancorar
Menina, mulher que para o samba corre
Leva-me na tua lembrança
Que de tristeza já tomei porre
Se tua memória estiver lotada
Se nos teus sonhos não couber nosso tempo
Mulher da pele bonita
Jogue meus versos ao vento
14-02-2014
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
Dos compassos
Carvalho, penso eu
Escorre o suor sob a sombra da árvore nativa que me conforta
Visa o céu minha mira
Fixa-se em um fio de nuvem hiperbólico
Na copa de uma araucária
A gralha azul escancara o vocal
Pretensioso
Tomo como sendo pra mim a saudação da ave
A pressa da humanidade se rende
Haverá um tempo e um lugar
Onde nem tudo será descartável
O afeto, muito menos
13-02-2014
Escorre o suor sob a sombra da árvore nativa que me conforta
Visa o céu minha mira
Fixa-se em um fio de nuvem hiperbólico
Na copa de uma araucária
A gralha azul escancara o vocal
Pretensioso
Tomo como sendo pra mim a saudação da ave
A pressa da humanidade se rende
Haverá um tempo e um lugar
Onde nem tudo será descartável
O afeto, muito menos
13-02-2014
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
Instinto
Vejo todos os Pubs do mundo
Um Barman competente
Na íris
Um flash a cada segundo
Moréias, piranhas, serpentes
Canalhas a granel
Uma noiva
Hordas de cafajestes
No Olimpo do lugar
Pressinto o blues
Uma deusa morena à meia-luz
O melhor antídoto contra a peste
11-02-2014
Um Barman competente
Na íris
Um flash a cada segundo
Moréias, piranhas, serpentes
Canalhas a granel
Uma noiva
Hordas de cafajestes
No Olimpo do lugar
Pressinto o blues
Uma deusa morena à meia-luz
O melhor antídoto contra a peste
11-02-2014
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
Folguedos
Lúdica
Em prosa e verso
À noite, na própria seiva
Ela folga
Insone, úmida
Até de manhãzinha
Verte em mim
Abre-se a valva em carmim
Rega-me e aos buliçosos dedos
Unge-me a pele a lava
Dá a vida a dádiva
Ao jardim de minha mão
10-02-2014
Em prosa e verso
À noite, na própria seiva
Ela folga
Insone, úmida
Até de manhãzinha
Verte em mim
Abre-se a valva em carmim
Rega-me e aos buliçosos dedos
Unge-me a pele a lava
Dá a vida a dádiva
Ao jardim de minha mão
10-02-2014
domingo, 9 de fevereiro de 2014
Aforismo I
Poesia:
A poesia nada mais é do que um convite para que se tome parte na efemeridade das coisas
09-02-2014
A poesia nada mais é do que um convite para que se tome parte na efemeridade das coisas
09-02-2014
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
Nico
O maestro soltou sua batuta
Que dia...
Tudo é temporário
Uma questão de reencontros
Vá em paz, Artista
07-02-2014
Que dia...
Tudo é temporário
Uma questão de reencontros
Vá em paz, Artista
07-02-2014
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
domingo, 2 de fevereiro de 2014
Tambores do leste
Oferto-lhe alguns poemas
Escritos à mão
Acima dos trinta e três graus
As palavras
Navegam na jangada de Iemanjá
Haverá refúgio mais bonito
Do que em mares
De rios repletos?
02-02-2014
Escritos à mão
Acima dos trinta e três graus
As palavras
Navegam na jangada de Iemanjá
Haverá refúgio mais bonito
Do que em mares
De rios repletos?
02-02-2014
sábado, 1 de fevereiro de 2014
O prazer
Quanto mais intensa a chuva
Maior a algazarra das cigarras
No início, pensei que elas protestassem
Quem nunca tomou banho de chuva no verão...
01-02-2014
Maior a algazarra das cigarras
No início, pensei que elas protestassem
Quem nunca tomou banho de chuva no verão...
01-02-2014
Águas limpas
Serão negras pérolas, serão olhos
A enciumar as marcassitas...
Sábia guia dos labirintos
Quero a luz de teus poetas
Alquimia, palavras certas
Sorver lágrimas de absinto
Vou pedir à Iemanjá
Que me traga uma sereia
Com seu canto e um colar
Pra te enfeitiçar na lua cheia
15-04-2011 e 01-02-2014
**Pérolas negras desenvolvem-se em águas extremamente limpas.
A enciumar as marcassitas...
Sábia guia dos labirintos
Quero a luz de teus poetas
Alquimia, palavras certas
Sorver lágrimas de absinto
Vou pedir à Iemanjá
Que me traga uma sereia
Com seu canto e um colar
Pra te enfeitiçar na lua cheia
15-04-2011 e 01-02-2014
**Pérolas negras desenvolvem-se em águas extremamente limpas.
quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
Guias
Nada a dizer perante as lágrimas
Tanto quanto ao sorriso
Compartilho o saber, quando sou capaz
Aspiro o aprendizado, eternamente
Desarrumem as prateleiras
Quebrem os sofás
Abandonem suas casas
Mas leiam os livros
29-01-2014
Tanto quanto ao sorriso
Compartilho o saber, quando sou capaz
Aspiro o aprendizado, eternamente
Desarrumem as prateleiras
Quebrem os sofás
Abandonem suas casas
Mas leiam os livros
29-01-2014
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
domingo, 26 de janeiro de 2014
sábado, 25 de janeiro de 2014
Ruas onde morei
Essas mudanças da Gonçalves Dias
Para a Olavo Bilac
Depois Casemiro de Abreu
Não é de duvidar
Deve ser Dharma meu
25-01-2014
Para a Olavo Bilac
Depois Casemiro de Abreu
Não é de duvidar
Deve ser Dharma meu
25-01-2014
quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
poemaLua
Quando o abajur dos amantes, em sépia, imerge
Recomenda-se uma praia
Pra ficar mais perto de Iemanjá
Um olho vigia o humor do mar
Outro a sereia
Pois Netuno enciumado
De minuto a minuto tarrafeia
Se for madrugada de calmaria
Prolonga-se o ritual de carícias até alvorecer
Agradeça, então, a poesia
Por dar um sentido a seu viver
23-01-2014
Recomenda-se uma praia
Pra ficar mais perto de Iemanjá
Um olho vigia o humor do mar
Outro a sereia
Pois Netuno enciumado
De minuto a minuto tarrafeia
Se for madrugada de calmaria
Prolonga-se o ritual de carícias até alvorecer
Agradeça, então, a poesia
Por dar um sentido a seu viver
23-01-2014
terça-feira, 21 de janeiro de 2014
sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
Câmera lenta
I.
Seu desfecho é incerto
Amor também mareia
Coração não é inseto
Pra cair em qualquer teia
II.
Pedestal é pra monumento
Melhor do que o lamento
É pendurar a mágoa no varal
III.
Carne e osso não são brinquedos
Ele quebra como cristal
Ela sangra em segredo
Mesmo brincando no carnaval
17-01-2014
Seu desfecho é incerto
Amor também mareia
Coração não é inseto
Pra cair em qualquer teia
II.
Pedestal é pra monumento
Melhor do que o lamento
É pendurar a mágoa no varal
III.
Carne e osso não são brinquedos
Ele quebra como cristal
Ela sangra em segredo
Mesmo brincando no carnaval
17-01-2014
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
As três mosqueteiras
Se é para
Dizer o que todo mundo diz...
Cantar o que todo mundo canta...
Escrever o que todo mundo escreve...
Escutar o que todo mundo escuta...
Comer o que todo mundo come...
Pensar como todo mundo pensa...
Desnecessárias
seriam as reticências
16-01-2014
Dizer o que todo mundo diz...
Cantar o que todo mundo canta...
Escrever o que todo mundo escreve...
Escutar o que todo mundo escuta...
Comer o que todo mundo come...
Pensar como todo mundo pensa...
Desnecessárias
seriam as reticências
16-01-2014
segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
domingo, 12 de janeiro de 2014
Contramão
É apenas um blues a médio volume
Ele chama por nomes que são espinhos
Que são flores
Trepida, expele fumaça
Parece um trem que passa
Viajam desajustados clandestinos no vagão de carga
Eles derramarão os verbos todos nas plataformas das estações
12-01-2014
Ele chama por nomes que são espinhos
Que são flores
Trepida, expele fumaça
Parece um trem que passa
Viajam desajustados clandestinos no vagão de carga
Eles derramarão os verbos todos nas plataformas das estações
12-01-2014
Vento de janeiro
O simples
A arte
Dá de graça
A natureza
12-01-2014 Vídeo, janeiro de 2014, duração: 1 minuto e 25 segundos.
Título: Vento de janeiro, por João Luis Calliari, no Youtube.
A arte
Dá de graça
A natureza
12-01-2014 Vídeo, janeiro de 2014, duração: 1 minuto e 25 segundos.
Título: Vento de janeiro, por João Luis Calliari, no Youtube.
sexta-feira, 10 de janeiro de 2014
quinta-feira, 9 de janeiro de 2014
One way
It's just a blues medium volume
He calls out names thar are thorns
That are flowers
Chatters, expels smoke
Looks like a train passing
Traveling misfits illegal in box car
They shed all the verbs in the platforms of the stations
09-01-2014
He calls out names thar are thorns
That are flowers
Chatters, expels smoke
Looks like a train passing
Traveling misfits illegal in box car
They shed all the verbs in the platforms of the stations
09-01-2014
poeMar
Onda que avança e varre a praia
Traz consigo todos os ventos
É coração em descompasso
Ninguém sabe seu destino
A espuma nunca conta pra onde vai
Quando recua, confunde as vontades da gente
Borra os sonhos desenhados na areia
Depois, some
Pra se embalar além da rebentação
Vai fazer serenata pra aurora
Copular com o crepúsculo
Ela é maré de orgasmo
Nela a poesia nos navega
09-01-2014
Foto, jlcalliari
Henrique da Costa SC
Traz consigo todos os ventos
É coração em descompasso
Ninguém sabe seu destino
A espuma nunca conta pra onde vai
Quando recua, confunde as vontades da gente
Borra os sonhos desenhados na areia
Depois, some
Pra se embalar além da rebentação
Vai fazer serenata pra aurora
Copular com o crepúsculo
Ela é maré de orgasmo
Nela a poesia nos navega
09-01-2014
Foto, jlcalliari
Henrique da Costa SC
quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
domingo, 5 de janeiro de 2014
sábado, 4 de janeiro de 2014
Colibri
Beba-me
Porque sou água
Cheira-me
Porque sou mato
Cuida-me
Porque sou ar
Cura-te
Porque sou peste
Suga-me
Porque sou flor
Lambuzo-me
Porque és mel
04-01-2014
Porque sou água
Cheira-me
Porque sou mato
Cuida-me
Porque sou ar
Cura-te
Porque sou peste
Suga-me
Porque sou flor
Lambuzo-me
Porque és mel
04-01-2014
sexta-feira, 3 de janeiro de 2014
quinta-feira, 2 de janeiro de 2014
Passado, presente e futuro
Quando a beleza ausentar-se nas rochas
Que se encontre aconchego na grama
O caminho é feito de pedras
Porém ornamentado com flores
Quando ausentar-se a beleza nas flores
Que se encontre abrigo nas rochas
02-01-2014
Que se encontre aconchego na grama
O caminho é feito de pedras
Porém ornamentado com flores
Quando ausentar-se a beleza nas flores
Que se encontre abrigo nas rochas
02-01-2014
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