Papéis
e mais papéis
Estuda-se tanto
para assiná-los
Papéis e mais papéis
até o próximo big bang..
31-12-09
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Quimera das tardes abafadas
Hermético, travado
Virado em mordaça
É tudo o que me define,
quando à mercê da tarde brasa,
Tarde que inveja noite,
deserto sem oásis,
Antítese de mar
Eu queria ser chuva,
benção do vento,
Queria cuidar do teu pomar
21-12-09
Virado em mordaça
É tudo o que me define,
quando à mercê da tarde brasa,
Tarde que inveja noite,
deserto sem oásis,
Antítese de mar
Eu queria ser chuva,
benção do vento,
Queria cuidar do teu pomar
21-12-09
sábado, 19 de dezembro de 2009
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Dos bens de Frigga
Quando cansa de suas jóias,
Frigga arma,
no alto da montanha,
um tablado
Flamenco nada lhe toca,
Vinho? Despreza
Recusa-se Fulla
a tomar conta das danças,
nas noites em que neva adoidado
Então Frigga volta-se para seu ouro,
seus diamantes,
Para seus segredos guardados
15-12-09
Frigga arma,
no alto da montanha,
um tablado
Flamenco nada lhe toca,
Vinho? Despreza
Recusa-se Fulla
a tomar conta das danças,
nas noites em que neva adoidado
Então Frigga volta-se para seu ouro,
seus diamantes,
Para seus segredos guardados
15-12-09
domingo, 13 de dezembro de 2009
A mulher do barbeiro
Moravam do outro lado da praça, pertinho da barbearia.
O marido colecionava navalhas.
Carregava uma, permanentemente, no bolso da camisa,
como se fosse um amuleto.
Se sua mulher era elétron, o Belico era próton.
Estavam apaixonados. E, nas tardes insuportáveis de verão,
enquanto o marido trabalhava, eles se amavam.
Ela, quando de quatro, na beirada da cama,
enxergava o paraíso, desde que fosse com o Belico,
além do que, ela o tinha como o rei das preliminares. O Belico se achava esperto. Tinha um amigo engraxate que ficava de prontidão, frente à barbearia. Em caso de perigo,
enquanto estivesse na cama com ela, o guri lascava um
assobio característico, inimitável.
Naquele dia de quarenta graus, o guri descuidou.
Abandonou o posto e foi comprar um sorvete.
O barbeiro, louco de sede, resolveu ir até em casa
pra beber uma limonada.
Ela, de quatro na beira da cama, o belico em pé.
Os dois no céu. O Belico despertou do transe quando
ouviu passos na sala.
Quando chegou à janela, o barbeiro segurava a peça
de sua coleção na mão.
Pelado, com meio corpo para fora do parapeito da janela, sentiu um queimão na nádega,
que resfriava, à medida que corria em disparada pela rua.
Nunca quis fazer plástica, o Belico.
Nem queria esquecer aquela mulher. Manteve, até morrer , aquela cicatriz como troféu.
13-12-09
sábado, 12 de dezembro de 2009
Blues para Jim Morrison
Andava longe de casa
Homem das ruas
Íntimo do vento
Das árvores
Do espírito dos passantes
Da lua
Da negra alma do blues
O calo do autoritarismo da América
Lutava contra as guerras
Pela sua paz interior, em busca da luz
Encontraram
O discípulo de Baudelaire
Exilado
Em um hotel de Paris
Na banheira, estirado
Foi sua noite
Sem bis
......
Paris, ano 2000
Na sepultura dele
Homem das ruas
Íntimo do vento
Das árvores
Do espírito dos passantes
Da lua
Da negra alma do blues
O calo do autoritarismo da América
Lutava contra as guerras
Pela sua paz interior, em busca da luz
Encontraram
O discípulo de Baudelaire
Exilado
Em um hotel de Paris
Na banheira, estirado
Foi sua noite
Sem bis
......
Paris, ano 2000
Na sepultura dele
Geldfrage
Glaube
Die Erde geht es nicht runter,
Wie die "Fachmänner" meinen,
Dass sie wahnsinnig geworden sind,
haben Viele, viel daran zu leiden
Kann Der Mensch es vermeiden?
12-12-09
Die Erde geht es nicht runter,
Wie die "Fachmänner" meinen,
Dass sie wahnsinnig geworden sind,
haben Viele, viel daran zu leiden
Kann Der Mensch es vermeiden?
12-12-09
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Das ambições
Fotografo em preto e branco,
revelo
em laboratório restrito
Um escuro, logo claro
metamorfose sem reverso
Diferente delas,
muitas outras rumam ao sucesso,
às calçadas da fama,
como personagens de um folhetim colorido
Às minhas bicolores
basta no porta retrato,
a alegria breve,
de um momento vivido
09-12-09
revelo
em laboratório restrito
Um escuro, logo claro
metamorfose sem reverso
Diferente delas,
muitas outras rumam ao sucesso,
às calçadas da fama,
como personagens de um folhetim colorido
Às minhas bicolores
basta no porta retrato,
a alegria breve,
de um momento vivido
09-12-09
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Anestésico
Zune a broca maldita
Como se fosse a dona
do quarteirão
É o alerta
Enquanto a porta não abre
Tenho tempo para mais um poema
03-12-09
Como se fosse a dona
do quarteirão
É o alerta
Enquanto a porta não abre
Tenho tempo para mais um poema
03-12-09
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Do molde dos lábios
Tuas florestas, tuas aves são raras
Sem sorte, são os que não percebem teus versos tropicais
Os atentos a eles, envolvem-se com a beleza de tuas praias
O rodado da tua saia
Eles tem a certeza de serem os donos das ilhas
Veem as maravilhas, como nos poemas de Cecília
Deixa estar, amor
O tempo envelhece os mortais
A ti, acaricia
Jamais verás casas vazias
02-12-09
Sem sorte, são os que não percebem teus versos tropicais
Os atentos a eles, envolvem-se com a beleza de tuas praias
O rodado da tua saia
Eles tem a certeza de serem os donos das ilhas
Veem as maravilhas, como nos poemas de Cecília
Deixa estar, amor
O tempo envelhece os mortais
A ti, acaricia
Jamais verás casas vazias
02-12-09
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Consumistas secretos
Evitaria, desta vez, balanços de finais de ano.
Escritorzinho barato !
Nada de críticas , nem as auto.
Morreria e deixaria viver,
não encheria o saco da felicidade, nem da pseudo.
No peito bate uma vitrine.
01-12-09
Escritorzinho barato !
Nada de críticas , nem as auto.
Morreria e deixaria viver,
não encheria o saco da felicidade, nem da pseudo.
No peito bate uma vitrine.
01-12-09
domingo, 29 de novembro de 2009
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Fora da Casa
Caminho...Caminho...........Caminho
Até esquecer de mim,
assim me dou desimportância
27-11-09
Até esquecer de mim,
assim me dou desimportância
27-11-09
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Metrô
Passa a mão na marmita
Urge, ruge a construção
Vira massa na obra
Humilde guerreiro que manobra
Agoniza
Clima, terra vulcão
Da toca chama a escassez do inferno
Dois pequenos choram
O terceiro dorme, sonha que mama
Ela faxina no bairro burguês
Vai ganhar o leite
Que é o poema vindo do céu
19-11-09
Urge, ruge a construção
Vira massa na obra
Humilde guerreiro que manobra
Agoniza
Clima, terra vulcão
Da toca chama a escassez do inferno
Dois pequenos choram
O terceiro dorme, sonha que mama
Ela faxina no bairro burguês
Vai ganhar o leite
Que é o poema vindo do céu
19-11-09
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Repinique
Precisa-se de samba
por três a quatro dias
uma batida de bamba
de doce melancolia
Um que fale de saudade
palavra bem brasileira
Outro na flor da idade
pra deixar alma faceira
Remédio de fim de semana
de quem ama e sente tédio
Enrola o sono na cama
faz das ruas o seu remédio
Precisa-se de um samba amigo
daqueles que todas abraça
Será nesses dias um abrigo
depois isso logo passa
17-11-09
por três a quatro dias
uma batida de bamba
de doce melancolia
Um que fale de saudade
palavra bem brasileira
Outro na flor da idade
pra deixar alma faceira
Remédio de fim de semana
de quem ama e sente tédio
Enrola o sono na cama
faz das ruas o seu remédio
Precisa-se de um samba amigo
daqueles que todas abraça
Será nesses dias um abrigo
depois isso logo passa
17-11-09
domingo, 15 de novembro de 2009
Zen
Os cães da vizinhança cessaram de latir
Faz uma hora, aproximadamente
A paz foi utopia, até que
Funcionários da companhia de luz não completassem o serviço de manutenção dos postes na rua
É o que me contam
Quando retorno de minha incursão dominical.
Pior é o efeito dominó. Cachorro do vizinho late para o outro vizinho
Depois o dono late para os filhos e a família toda devolve os latidos
Enquanto escuto parte da narrativa, ainda no elevador
Enfio os fones do Ipod nos ouvidos , a todo volume.
Ao menos, serei mordido ouvindo música
No meu retorno à civilização
15-11-09
Faz uma hora, aproximadamente
A paz foi utopia, até que
Funcionários da companhia de luz não completassem o serviço de manutenção dos postes na rua
É o que me contam
Quando retorno de minha incursão dominical.
Pior é o efeito dominó. Cachorro do vizinho late para o outro vizinho
Depois o dono late para os filhos e a família toda devolve os latidos
Enquanto escuto parte da narrativa, ainda no elevador
Enfio os fones do Ipod nos ouvidos , a todo volume.
Ao menos, serei mordido ouvindo música
No meu retorno à civilização
15-11-09
sábado, 14 de novembro de 2009
Rendição II
Rendem-se meus olhos, querem os seus
Em cima de mim
Ponteiros parados
Duelos, abraços
Carícia nos traços
Carne, pavio
Arde
Cio
Tapa no destino
Um porto
Cais de dois barcos
Exausta
Meu peito, travesseiro
Meu corpo, seu leito
Um sussurro de "cuide-se"
Por fim
14-11-09
Em cima de mim
Ponteiros parados
Duelos, abraços
Carícia nos traços
Carne, pavio
Arde
Cio
Tapa no destino
Um porto
Cais de dois barcos
Exausta
Meu peito, travesseiro
Meu corpo, seu leito
Um sussurro de "cuide-se"
Por fim
14-11-09
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Sangue bom
No teatro Opinião samba uma Diva
José Do Patrocínio chega cedo
Combina com Lima e Silva
Pra amanhecer na João Alfredo
Caipirinha, cerveja, churrasquinho
Sorriso, pelo pão suado da batalha
Tem refrão nos bares do entorno
Hoje é nossa vez, Mart'nália!
13-11-09
José Do Patrocínio chega cedo
Combina com Lima e Silva
Pra amanhecer na João Alfredo
Caipirinha, cerveja, churrasquinho
Sorriso, pelo pão suado da batalha
Tem refrão nos bares do entorno
Hoje é nossa vez, Mart'nália!
13-11-09
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Versteckte Sterne
Wache Montags auf
suche, was von mir übergeblieben ist
Untem dem Bett
schläft ein Gespenst,
der meine Fürchte zum tanzen will
09-11-09
suche, was von mir übergeblieben ist
Untem dem Bett
schläft ein Gespenst,
der meine Fürchte zum tanzen will
09-11-09
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Zumbieta
O planeta veio me dizer,
que já girou, hoje, mais da metade
E eu não te dei nem bom dia
06-11-09
que já girou, hoje, mais da metade
E eu não te dei nem bom dia
06-11-09
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
sábado, 31 de outubro de 2009
O maestro
Perdeu o emprego
Casa, carro, cachorro
A família e o sossego
Foram-se a batuta e os amigos
Restava-lhe, apenas, o mais caro abrigo
Se perdesse a musamada
A planta que seu coração regava
Teria que (re) aprender a reger sua orquestra, sem os braços
Juntar aos poucos, pelas ruas, seus pedaços
Teria que reinventar sua estrutura
Sua pele, seu ópio, sua cura
30-10-09
Casa, carro, cachorro
A família e o sossego
Foram-se a batuta e os amigos
Restava-lhe, apenas, o mais caro abrigo
Se perdesse a musamada
A planta que seu coração regava
Teria que (re) aprender a reger sua orquestra, sem os braços
Juntar aos poucos, pelas ruas, seus pedaços
Teria que reinventar sua estrutura
Sua pele, seu ópio, sua cura
30-10-09
domingo, 25 de outubro de 2009
Miscelâneas
I
Noz noscada
Pimenta coentro orégano
Sálvia
Salsinha louro...
II
João-de-barro sabiá canário
Gavião maçarico chupim cardeal
Curió pintassilgo caturrita
Quero, queremos
Quero-quero
Abaixo as gaiolas!
Braço verde mar adentro
Vida
Voltando pra onde nasceu
Bem que vi
Bem-te-vis
Abelhas
Itaúba
Mato meu
III
Urbanos
Humildes sul americanos
Sigamos as diversas partituras
IV
Mandioca
Caldo de cana melaço
Caipirinha cocada
Amendoim paçoca rapadura...
25-10-2009
Noz noscada
Pimenta coentro orégano
Sálvia
Salsinha louro...
II
João-de-barro sabiá canário
Gavião maçarico chupim cardeal
Curió pintassilgo caturrita
Quero, queremos
Quero-quero
Abaixo as gaiolas!
Braço verde mar adentro
Vida
Voltando pra onde nasceu
Bem que vi
Bem-te-vis
Abelhas
Itaúba
Mato meu
III
Urbanos
Humildes sul americanos
Sigamos as diversas partituras
IV
Mandioca
Caldo de cana melaço
Caipirinha cocada
Amendoim paçoca rapadura...
25-10-2009
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Lentes da alma
Um par de cada vez
Ela vai se adonando
Dos olhos que passam
Vivemos de nossos fregueses
Que dentro de nós se instalam
Todos de uma só vez.
De posseira à freguesa
21-10-09
Ela vai se adonando
Dos olhos que passam
Vivemos de nossos fregueses
Que dentro de nós se instalam
Todos de uma só vez.
De posseira à freguesa
21-10-09
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Olimpíada
Pôrto Alegre, sexta feira nublada,
trânsito tranquilo...
Mas o que é aquilo?
Quase um acidente!!
Mané xinga zé, que rexinga mané
Mané puxa a arma, sai à caça de zé...
Dois quarteirões adiante, estampidos.
No ar, cheiro de morte...
Nos lares de Porto Alegre fala-se mal do Rio de Janeiro...
16-10-09
trânsito tranquilo...
Mas o que é aquilo?
Quase um acidente!!
Mané xinga zé, que rexinga mané
Mané puxa a arma, sai à caça de zé...
Dois quarteirões adiante, estampidos.
No ar, cheiro de morte...
Nos lares de Porto Alegre fala-se mal do Rio de Janeiro...
16-10-09
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Estoque zerado
Tamanha era a pressão dentro de casa que o tio da Ana Lúcia não suportava, se mandava porta afora rumo ao chinaredo
Nem era pra ter sexo com as prostitutas, chegava no cabaré pedia uma cerveja no balcão do bar e proseava fartamente com as gurias até se cansar
Tinha como inimigo o relógio, cujos ponteiros a seu ver, andavam muito depressa
Gente fina , o tio da Ana Lúcia, dizia Maria a dona da mercearia
Não merecia, noite sim outra também, deitar-se com uma jararaca em casa
A situação ficava crítica, quando o estoque de soro anti-ofídico zerava no posto de saúde da cidade
15-10-09
Nem era pra ter sexo com as prostitutas, chegava no cabaré pedia uma cerveja no balcão do bar e proseava fartamente com as gurias até se cansar
Tinha como inimigo o relógio, cujos ponteiros a seu ver, andavam muito depressa
Gente fina , o tio da Ana Lúcia, dizia Maria a dona da mercearia
Não merecia, noite sim outra também, deitar-se com uma jararaca em casa
A situação ficava crítica, quando o estoque de soro anti-ofídico zerava no posto de saúde da cidade
15-10-09
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
domingo, 4 de outubro de 2009
Rio acontece mar
Um casal de turistas brasileiros é discriminado por um motorista de táxi em Lisboa, desconfiado de que não lhe paguem a corrida
O passageiro , com o dinheiro na mão, defende-se
A mulher está apavorada
Sou a gostosa da Rocinha e tenho poder
Sei que o dono da padaria me deseja...
Uma ampola de vinho Bordeaux é deflorada no Sena junto à Pont Neuf
Para deleite dos amantes
À cata de um ônibus na Avenida Carlos Gomes, ela ruma para o Jardim Botânico
Enquanto lembra das noites de St. Pauli em Hamburgo
Depois do doce inferno de Dante, plantas e flores
Sou cego, mas escuto o Rio fluir...
04-10-09
O passageiro , com o dinheiro na mão, defende-se
A mulher está apavorada
Sou a gostosa da Rocinha e tenho poder
Sei que o dono da padaria me deseja...
Uma ampola de vinho Bordeaux é deflorada no Sena junto à Pont Neuf
Para deleite dos amantes
À cata de um ônibus na Avenida Carlos Gomes, ela ruma para o Jardim Botânico
Enquanto lembra das noites de St. Pauli em Hamburgo
Depois do doce inferno de Dante, plantas e flores
Sou cego, mas escuto o Rio fluir...
04-10-09
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Janelas
Não quero conhecer seu passado
Somente, se quiseres que eu saiba
Quero saber do presente
Foi lá que lhe conheci
01-10-09
Somente, se quiseres que eu saiba
Quero saber do presente
Foi lá que lhe conheci
01-10-09
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Continente
Temo o tempo
Tenho pressa de reencontrar meu lugar
Temo a distância
Ela me impede de conhecer a fada
Que faz poemas para os ventos
Cidade arte, arteira
Tão linda, tão cosmopolita
Eu queria ser um pingo de água do mar
Regido pela tábua de tuas marés
30-09-09
Tenho pressa de reencontrar meu lugar
Temo a distância
Ela me impede de conhecer a fada
Que faz poemas para os ventos
Cidade arte, arteira
Tão linda, tão cosmopolita
Eu queria ser um pingo de água do mar
Regido pela tábua de tuas marés
30-09-09
Anjopoeta
Despiu-se das asas, estendeu-as sobre a cama
Abrigadas do frio da madrugada
Saltou pela janela
"Meu destino", disse ele
"Eu mesmo faço"
Mais tarde, volto e as apanho
"Agora, desenho uma pista de pouso na calçada"
30-09-09
Abrigadas do frio da madrugada
Saltou pela janela
"Meu destino", disse ele
"Eu mesmo faço"
Mais tarde, volto e as apanho
"Agora, desenho uma pista de pouso na calçada"
30-09-09
sábado, 26 de setembro de 2009
Private Strasse
Die haben den Karneval
zum norden Teils der Stadt geschickt
sie finden das sehr chiq
Guetho statt Boulevard
Die "verkleidete" Gaúchos, Ihnen gehört Die macht
So haben sie " Raus der Innenstadt "
den Nigern gesagt
Sehr tolerant,
Mann Lebt zwar im Jahr 2010
oder, ...............ist das nicht war??
26-09-09
zum norden Teils der Stadt geschickt
sie finden das sehr chiq
Guetho statt Boulevard
Die "verkleidete" Gaúchos, Ihnen gehört Die macht
So haben sie " Raus der Innenstadt "
den Nigern gesagt
Sehr tolerant,
Mann Lebt zwar im Jahr 2010
oder, ...............ist das nicht war??
26-09-09
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Filho do Samba
Quando cantas pra Deus
Não sei qual deles homenageias
Mas a saudade do teu pai é que dói na gente
Madeira sem nó
Samba que escreve poesia
Brinda ao Amarelinho
Onde ele amanhecia
Vozes das quatro estações
Das madrugadas sem hora
Eternamente despertas
Nas cores de um crepúsculo
Na disfarçada virgindade das auroras
23-09-09
Não sei qual deles homenageias
Mas a saudade do teu pai é que dói na gente
Madeira sem nó
Samba que escreve poesia
Brinda ao Amarelinho
Onde ele amanhecia
Vozes das quatro estações
Das madrugadas sem hora
Eternamente despertas
Nas cores de um crepúsculo
Na disfarçada virgindade das auroras
23-09-09
terça-feira, 22 de setembro de 2009
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
domingo, 13 de setembro de 2009
Sanfoneiro
Prepara-se, meu pai
Lùcido
Aos noventa e um anos completos
Na reta final
Uma gaita de muitos foles
Espelho, amigo concreto
13-09-2010
Lùcido
Aos noventa e um anos completos
Na reta final
Uma gaita de muitos foles
Espelho, amigo concreto
13-09-2010
sábado, 12 de setembro de 2009
Arco-íris II
Cinzachuva nas vidraças
A cada nota de Confortably Numb
Waters derruba um pedaço do muro
Passeio nos jardins
Eu enxergo colorido
Por entre Berlins, Bom Fins
Escuto o som de Nei Lisboa
Depois da teimosa garoa
Virá uma primavera sem fim
Abril, 2014
Fotografia, Berlin (Alexanderplatz)
Maio, 2014
A cada nota de Confortably Numb
Waters derruba um pedaço do muro
Passeio nos jardins
Eu enxergo colorido
Por entre Berlins, Bom Fins
Escuto o som de Nei Lisboa
Depois da teimosa garoa
Virá uma primavera sem fim
Abril, 2014
Fotografia, Berlin (Alexanderplatz)
Maio, 2014
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Submarinos
Brinquedinhos nucleares
São bem mais bonitinhos
Tudo pelo social
Um barquinho pra Marinha
Defesa no lugar de pesquisa
Argumento bem sacaninha
De uma história sempre igual
07-09-09
São bem mais bonitinhos
Tudo pelo social
Um barquinho pra Marinha
Defesa no lugar de pesquisa
Argumento bem sacaninha
De uma história sempre igual
07-09-09
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Ein alter Traum wird wahr
Würde gern im Amsterdam leben
Nur für eine Zeit
Hier fühle Ich mich wohl
Meine Träume kommen sicher weit
20-08-2009
Nur für eine Zeit
Hier fühle Ich mich wohl
Meine Träume kommen sicher weit
20-08-2009
Nevos melanocíticos
Pronto para a pequena intervenção
Adentro no ambulatório
O Doutor pede minha mão
A direita
Eu
Num clima de velório
Doutor, não é na mão
É, quase
Do lado do coração
Estou no lugar de outra paciente
Ela estava gripada
A cirurgia dela
Foi desmarcada
Ah!
Agora lembrei do seu caso
Diz o cirurgião
Só então, apaguei
20-08-2009
Adentro no ambulatório
O Doutor pede minha mão
A direita
Eu
Num clima de velório
Doutor, não é na mão
É, quase
Do lado do coração
Estou no lugar de outra paciente
Ela estava gripada
A cirurgia dela
Foi desmarcada
Ah!
Agora lembrei do seu caso
Diz o cirurgião
Só então, apaguei
20-08-2009
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
domingo, 16 de agosto de 2009
Pupilo
Quando anoitece, me perco
Todas as vozes são tuas
Eu festejo
Calado , eu queimo
Desejo
Nos bares, nas baladas
Teu nome é o verso que eu vejo
No teu sono que gravo em papel
Imagino cascatas
De beijos
De manhã, minha face no espelho
É molhada de vida, que é tua
As águas que banham teu corpo
São meus dedos, descobrem-te
Nua
Me encontro teu aprendiz
Navego no mar dos segredos
Aluno de tuas lições
Ganho a rua
Senhora
Dos meus medos
Todas as vozes são tuas
Eu festejo
Calado , eu queimo
Desejo
Nos bares, nas baladas
Teu nome é o verso que eu vejo
No teu sono que gravo em papel
Imagino cascatas
De beijos
De manhã, minha face no espelho
É molhada de vida, que é tua
As águas que banham teu corpo
São meus dedos, descobrem-te
Nua
Me encontro teu aprendiz
Navego no mar dos segredos
Aluno de tuas lições
Ganho a rua
Senhora
Dos meus medos
16-08-2009
sábado, 15 de agosto de 2009
Bei Der Reise
Selbst Wenn Ich ausser Mir reise,
treffe Ich Dich unter den Schätten
Dan sollst Du die Sonne bringen,
Da Ich den Weg erkenne
Wäre Ich nicht blind, Wenn Ich Mich nicht nach Dir sähne??
15-08-09
treffe Ich Dich unter den Schätten
Dan sollst Du die Sonne bringen,
Da Ich den Weg erkenne
Wäre Ich nicht blind, Wenn Ich Mich nicht nach Dir sähne??
15-08-09
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Casa poema
No Rio de Janeiro em Botafogo
Mora uma casa diferente
Seu teto
Serve pra Maria, João
Advogados, políticos
Pro Beto, até pra médico e arquiteto
Dizem ser uma casa linda
Por fora e por dentro
Como Elisa Lucinda
Grande ou pequena
Tamanho não é tema
Uma casa sem luxo, com muito afeto
Só podia ser Casa poema.
07-08-09
Mora uma casa diferente
Seu teto
Serve pra Maria, João
Advogados, políticos
Pro Beto, até pra médico e arquiteto
Dizem ser uma casa linda
Por fora e por dentro
Como Elisa Lucinda
Grande ou pequena
Tamanho não é tema
Uma casa sem luxo, com muito afeto
Só podia ser Casa poema.
07-08-09
sábado, 1 de agosto de 2009
Vitrais de Lis
Flama......................inflama..........se inflama
Jazz,canto,encanto, luz da semana
Nuvem, teatro,cisne, cinema,emblema..........Ipanema
Dorme desperta trabalha...................vira chama
Clara, claridade é nome de quem....................ama
Angela,Rita, Maria............................................Ana
Esperança, Saudade, como se chama?
Doce lágrima, Nara, um nome bacana.................
.........................Elis.................Lis...............Elisama.
01-08-09
Jazz,canto,encanto, luz da semana
Nuvem, teatro,cisne, cinema,emblema..........Ipanema
Dorme desperta trabalha...................vira chama
Clara, claridade é nome de quem....................ama
Angela,Rita, Maria............................................Ana
Esperança, Saudade, como se chama?
Doce lágrima, Nara, um nome bacana.................
.........................Elis.................Lis...............Elisama.
01-08-09
quarta-feira, 15 de julho de 2009
terça-feira, 14 de julho de 2009
Bastilha
Nenhuma novidade
Antes das cinco da manhã, correr ao encontro de uma isca
Até o outro lado da cidade: Liberdade
Políticos, impostos, sistema
Muitos a seu lado na arena: Igualdade
De tanta pressa
Nem ligam o pisca-pisca
Lutar pelo pão é o que interessa: Fraternidade
14-07-2009
Antes das cinco da manhã, correr ao encontro de uma isca
Até o outro lado da cidade: Liberdade
Políticos, impostos, sistema
Muitos a seu lado na arena: Igualdade
De tanta pressa
Nem ligam o pisca-pisca
Lutar pelo pão é o que interessa: Fraternidade
14-07-2009
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Fio da esperança
Não jogue a toalha !
Pode ser que , antes do final do jogo, alguém do time deles junte um sabonete.
29-06-09
Pode ser que , antes do final do jogo, alguém do time deles junte um sabonete.
29-06-09
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Teia
A vergonha, em Brasília, nasce de azuis poltronas
De um carpete
Mais alto que qualquer capim
Podres, tardiamente, vem à tona
Algo há por trás das balas de festim
Permuta-se, enrola-se
Usa-se, desfruta-se
Sacaneia-se
Tece-se a teia de seu próprio fim
26-06-09
De um carpete
Mais alto que qualquer capim
Podres, tardiamente, vem à tona
Algo há por trás das balas de festim
Permuta-se, enrola-se
Usa-se, desfruta-se
Sacaneia-se
Tece-se a teia de seu próprio fim
26-06-09
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Zeit und Liebe
Was haben wir zu verlieren,
Wenn unsere Liebe kommen und gehen,
Können wir zwar daraus nichts, sonst lernen
Wenn die Zeiten nicht bleiben stehen...
12-06-09
Wenn unsere Liebe kommen und gehen,
Können wir zwar daraus nichts, sonst lernen
Wenn die Zeiten nicht bleiben stehen...
12-06-09
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Troquem, vocês, os seus sensores
Por um bom tempo,
daqui pra frente, voar,
só se for de porre, e bem caprichado.
Não sou nenhum masoquista.
Digam, de mim, o que quiserem.
Entro, no avião, com uma garrafa de Jack
embaixo do sovaco, quase vazia,
pois a primeira já terei sorvido em terra firme.
Meus sensores trabalham bem melhor ali.
Não me venham com teorias conciliatórias,
tese de especialistas, estatísticas, analistas,
mídias carnavalescas.
Tenho assistido filmes demais ultimamente.
Deixem-me, em paz, com minha coragem...
10-06-09
daqui pra frente, voar,
só se for de porre, e bem caprichado.
Não sou nenhum masoquista.
Digam, de mim, o que quiserem.
Entro, no avião, com uma garrafa de Jack
embaixo do sovaco, quase vazia,
pois a primeira já terei sorvido em terra firme.
Meus sensores trabalham bem melhor ali.
Não me venham com teorias conciliatórias,
tese de especialistas, estatísticas, analistas,
mídias carnavalescas.
Tenho assistido filmes demais ultimamente.
Deixem-me, em paz, com minha coragem...
10-06-09
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Aprendizes
Errar e acertar, por aí
Tropeçar no tempo
O tempo nada mais é que um intrometido
Com o poder da cura
Quem nunca amou
Nunca conheceu sua "Luiza", é muito azarado
01-06-2009
Tropeçar no tempo
O tempo nada mais é que um intrometido
Com o poder da cura
Quem nunca amou
Nunca conheceu sua "Luiza", é muito azarado
01-06-2009
quinta-feira, 21 de maio de 2009
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Acredito
O Weser
Transformaram-no em canal para navegação
Margens sem areia contornam o centro da cidade
Mas ainda existe verde, logo adiante, perto do estádio.
Os cheiros, no ar da cevada e do café torrado são de verdade
Cemitério de suicidas, raia de remadores
Refúgio de namorados
Paixão das bicicletas...
O Weser é o rio que a cidade venera.
Quando faz muito frio, dizem que congela.
Eu nunca vi, mas pelo estado das minhas orelhas e da ponta do nariz
Juro que acredito
23-02-92, Bremen.
Transformaram-no em canal para navegação
Margens sem areia contornam o centro da cidade
Mas ainda existe verde, logo adiante, perto do estádio.
Os cheiros, no ar da cevada e do café torrado são de verdade
Cemitério de suicidas, raia de remadores
Refúgio de namorados
Paixão das bicicletas...
O Weser é o rio que a cidade venera.
Quando faz muito frio, dizem que congela.
Eu nunca vi, mas pelo estado das minhas orelhas e da ponta do nariz
Juro que acredito
23-02-92, Bremen.
quinta-feira, 30 de abril de 2009
Selbstkritik
Às vêzes, nem percebe,
passa uma lição de moral...
Depois de muita briga com as palavras,
parece que afina o ritmo,
como um rio que segue seu curso...
Deságua num oceano de dúvidas,
vira chuva limpa, toca a terra,
certa de sua necessidade.
30-04-09
passa uma lição de moral...
Depois de muita briga com as palavras,
parece que afina o ritmo,
como um rio que segue seu curso...
Deságua num oceano de dúvidas,
vira chuva limpa, toca a terra,
certa de sua necessidade.
30-04-09
terça-feira, 28 de abril de 2009
Companheira
A música flerta com a suave melancolia
Tira onda da saudade
Rege a existência, adoçando-a aos bocados
28-04-09
Tira onda da saudade
Rege a existência, adoçando-a aos bocados
28-04-09
domingo, 19 de abril de 2009
Duas taças
Tem jogo que precisa ser vencido
Tem dia que é de graça
De erguer as taças
De botar a bateria na rua
Tem hora que é de festa
De esticar a seresta
De namorar com a lua
19-04-09
Tem dia que é de graça
De erguer as taças
De botar a bateria na rua
Tem hora que é de festa
De esticar a seresta
De namorar com a lua
19-04-09
quarta-feira, 8 de abril de 2009
As imagens escorrem como água entre os dedos
Ressurgem no corredor das lembranças
Há uma caixa de correspondência, um abrigo
Para uma carta que descreve duas silhuetas
Um prenúncio de um encontro
08-04-09
Ressurgem no corredor das lembranças
Há uma caixa de correspondência, um abrigo
Para uma carta que descreve duas silhuetas
Um prenúncio de um encontro
08-04-09
sábado, 4 de abril de 2009
Propósito
Um norte para essa gente, por favor !
Que não seja, somente, de uma de bússola
Bem-vindos os "robots"
Que pensam
Eles são diferentes
04-03-2009
Que não seja, somente, de uma de bússola
Bem-vindos os "robots"
Que pensam
Eles são diferentes
04-03-2009
quinta-feira, 2 de abril de 2009
terça-feira, 24 de março de 2009
quarta-feira, 18 de março de 2009
Achados e perdidos
Nestes tempos
Procura-se a identidade
Não, a carteira, o documento
Mas, a marca da pessoa
O que ela é de verdade
A carente não sabe
Nem mesmo se perdeu
Ela procura com vontade
Onde esconde-se o seu eu
Entregue, por favor, nos Correios
Ela passa lá e retira
Até lá
Com a outra, ela se vira
18-03-2009
Procura-se a identidade
Não, a carteira, o documento
Mas, a marca da pessoa
O que ela é de verdade
A carente não sabe
Nem mesmo se perdeu
Ela procura com vontade
Onde esconde-se o seu eu
Entregue, por favor, nos Correios
Ela passa lá e retira
Até lá
Com a outra, ela se vira
18-03-2009
terça-feira, 17 de março de 2009
Um bundão, vários bundões
Que o cara tenha um estilo de vida ortodoxo
Este é o pré requisito, para que ele entre na sua turma?
17-03-09
Este é o pré requisito, para que ele entre na sua turma?
17-03-09
segunda-feira, 16 de março de 2009
Autofagia
Precisamos dar um nome
A esse novo sistema
Apesar de nosso ceticismo
Apesar de nosso ceticismo
O valor da moeda
Engole o capitalismo
16-03-2009
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Flagrantes da vida de um reino
É mãe com filho no colo no posto de saúde, lutando por uma ficha
É a moça que perde o bônus na fábrica
A futura mãe que vem de outra cidade,
porque não conseguiu médico
Da sala de espera de um consultório dentário
Avista-se uma mansão no morro
Seu dono, condenado a prestar trabalhos comunitários
Jamais devolverá o dinheiro dos impostos sonegados
26-02-09
É a moça que perde o bônus na fábrica
A futura mãe que vem de outra cidade,
porque não conseguiu médico
Da sala de espera de um consultório dentário
Avista-se uma mansão no morro
Seu dono, condenado a prestar trabalhos comunitários
Jamais devolverá o dinheiro dos impostos sonegados
26-02-09
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
Coragem
Lá vem a corajosa Portela
Cantando o amor na avenida
Parece goleador que ressucita
Quando anda esquecido da vida
Tempos difíceis
Bons centro-avantes jogam no estrangeiro
Maquiado, diluído, mercantilizado amor
Agulhas, palheiros
24-02-09
Cantando o amor na avenida
Parece goleador que ressucita
Quando anda esquecido da vida
Tempos difíceis
Bons centro-avantes jogam no estrangeiro
Maquiado, diluído, mercantilizado amor
Agulhas, palheiros
24-02-09
sábado, 7 de fevereiro de 2009
Seringueira da Visconde do Herval
Camuflas o passado entre tuas folhas
Somos teus servos nas tardes preguiçosas
Tuas raízes escancaram a calçada
Como é custosa tua liberdade!
Aparentas ser insensível, mas te agitas
Quando um de nós parte
Tentamos mudar o mundo sob tua sombra, árvore chorona
Teto de infinitas saideiras
07-02-09
Somos teus servos nas tardes preguiçosas
Tuas raízes escancaram a calçada
Como é custosa tua liberdade!
Aparentas ser insensível, mas te agitas
Quando um de nós parte
Tentamos mudar o mundo sob tua sombra, árvore chorona
Teto de infinitas saideiras
07-02-09
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Zum Regina's Geburtstag
Ab und Zu kommt es mir vor,
ich kann Gedichte nicht schreiben,
plötzlich wird es mir klar,
dass Grau überhaupt nicht die schönste Farbe der Welt ist
und die Wahre Freundschaft sieht wie sauberes Wasser aus,
die Freundschaft von Regina und Rudigar.
Bremen, 19 Februar 1995
ich kann Gedichte nicht schreiben,
plötzlich wird es mir klar,
dass Grau überhaupt nicht die schönste Farbe der Welt ist
und die Wahre Freundschaft sieht wie sauberes Wasser aus,
die Freundschaft von Regina und Rudigar.
Bremen, 19 Februar 1995
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Temperaturas urbanas
Imagina-se seja o Paraíso cobiçado, um shopping center no verão
Uma espécie de esconderijo, pra quem não tem ar condicionado em casa
30-01-09
Uma espécie de esconderijo, pra quem não tem ar condicionado em casa
30-01-09
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Muro e preconceito
Um cara, de seus sessenta anos,
vem em minha direção, na Lloyds Passage, em Bremen,
ao mesmo tempo em que, ao meu lado, passa
um apressado casal. Ela, uma alemã loiríssima, de seus 28 anos,
linda de atar. Ele, um negro, suponho africano. Ambos trocam carícias.
O cara para na minha frente e diz: "Traurig, nicht? " (triste, não ?).
Eu respondo: "Trauriger sind die Bomben über Berlin 1945 gewesen, meinen Sie nicht? "
(Mais triste foram as bombas sôbre Berlin em 1945, o senhor não acha?)
Arregalou os olhos, estupefato. Devido a minha tez clara, talvez,
não contava que eu fôsse estrangeiro. Logo depois da queda do muro,
as coisas começavam a mudar para as duas Alemanhas.
Algo mais caia, além de um muro, a loira que o diga...
26-01-09
vem em minha direção, na Lloyds Passage, em Bremen,
ao mesmo tempo em que, ao meu lado, passa
um apressado casal. Ela, uma alemã loiríssima, de seus 28 anos,
linda de atar. Ele, um negro, suponho africano. Ambos trocam carícias.
O cara para na minha frente e diz: "Traurig, nicht? " (triste, não ?).
Eu respondo: "Trauriger sind die Bomben über Berlin 1945 gewesen, meinen Sie nicht? "
(Mais triste foram as bombas sôbre Berlin em 1945, o senhor não acha?)
Arregalou os olhos, estupefato. Devido a minha tez clara, talvez,
não contava que eu fôsse estrangeiro. Logo depois da queda do muro,
as coisas começavam a mudar para as duas Alemanhas.
Algo mais caia, além de um muro, a loira que o diga...
26-01-09
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Cartas marcadas
Um pôquer fechado de poucas cadeiras para muitos jogadores
A vida blefa? Paga pra ver.
23-01-09
A vida blefa? Paga pra ver.
23-01-09
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Meisenfrei
Pedi uma halbes Beck's von Fass,
Olhei pro Andreas e disparei:"Tô com saudades dos Brasil"
Natürlich, disse Andreas, como querendo consolar-me.
Lá fora, uns 7, abaixo de zero. A rua, escorregadia como uma pista de esqui.
Ambos de bicicleta, estacionada frente ao bar, porque bom bebedor não se intimida.
O Meisenfrei fecha à uma da manhã.
Ceva vai, ceva vem, Andreas me conta que está apaixonado ,
Por uma Angolana, a familia dele não concorda com o namoro.
Pergunta como é no Brasil, pede conselhos
Ele engana-se, certas matérias não dão a mínima para "professores".
Nisso, no Brasil, é assim, depende .....
"Mas é mais liberal, tem mais alegria", digo eu.
Porre de bicicleta é diferente, ainda mais com tombo de verdade.
Depois do almoço, no dia seguinte, Andreas ainda dormia.
Eu sai às oito da manhã pra Universidade.
14-01-09
Olhei pro Andreas e disparei:"Tô com saudades dos Brasil"
Natürlich, disse Andreas, como querendo consolar-me.
Lá fora, uns 7, abaixo de zero. A rua, escorregadia como uma pista de esqui.
Ambos de bicicleta, estacionada frente ao bar, porque bom bebedor não se intimida.
O Meisenfrei fecha à uma da manhã.
Ceva vai, ceva vem, Andreas me conta que está apaixonado ,
Por uma Angolana, a familia dele não concorda com o namoro.
Pergunta como é no Brasil, pede conselhos
Ele engana-se, certas matérias não dão a mínima para "professores".
Nisso, no Brasil, é assim, depende .....
"Mas é mais liberal, tem mais alegria", digo eu.
Porre de bicicleta é diferente, ainda mais com tombo de verdade.
Depois do almoço, no dia seguinte, Andreas ainda dormia.
Eu sai às oito da manhã pra Universidade.
14-01-09
Karma de Kombi
O cara tinha liga pra Kombi.
Era como um imã no corpo,
saia pra caminhar,
uma Kombi cruzava seu caminho.
Chegava, em casa, do trabalho,
ia estacionar o carro, dito e feito,
na sua vaga, a Kombi do vizinho.
Pegava no sono,
despertava com o alarme
de uma incendiando na madrugada
Acabou casando com a tralha antiga.
Enquanto durou, foi infinito, como diz Vinícius.
Livrou-se do IPVA,
mas teve de ser internado...
14-01-09
Era como um imã no corpo,
saia pra caminhar,
uma Kombi cruzava seu caminho.
Chegava, em casa, do trabalho,
ia estacionar o carro, dito e feito,
na sua vaga, a Kombi do vizinho.
Pegava no sono,
despertava com o alarme
de uma incendiando na madrugada
Acabou casando com a tralha antiga.
Enquanto durou, foi infinito, como diz Vinícius.
Livrou-se do IPVA,
mas teve de ser internado...
14-01-09
Pré-escola
Recorro à palavra mar
Simples de rimar
Também de sujar
Todo verão
Ela assume um compromisso
Acolhe-nos nas férias
Em troca
Recebe o lixo
Que jogamos
Nas suas artérias
14-01-2009
Simples de rimar
Também de sujar
Todo verão
Ela assume um compromisso
Acolhe-nos nas férias
Em troca
Recebe o lixo
Que jogamos
Nas suas artérias
14-01-2009
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
Recifes à estibordo
Melhor não ancorar no arquipélago das anfetaminas
Difícil a navegação por estas águas
Depois, o corpo paga
Netuno manda a conta
Uma calmaria, uma tormenta
Um monta e desmonta
Viagem que laboratório nenhum sustenta
08-01-2009
Difícil a navegação por estas águas
Depois, o corpo paga
Netuno manda a conta
Uma calmaria, uma tormenta
Um monta e desmonta
Viagem que laboratório nenhum sustenta
08-01-2009
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
Es kommt darauf an
Lugar tão calmo
e agitado, esse no meu peito
leio Fernando Pessoa
segue a vida numa boa
Nem sempre é,
como se pensa,
a vida é muito mais densa
mais esperta que a gente
01-01-09
e agitado, esse no meu peito
leio Fernando Pessoa
segue a vida numa boa
Nem sempre é,
como se pensa,
a vida é muito mais densa
mais esperta que a gente
01-01-09
Feitiço do águia branca
É de manhã no águia branca
Aqui, moram a música e uma morena
Ambos fazem-me bem
Que pele, que curvas, que dona, que noite...
Onde eu me perco, também
É fogo de gente
É água corrente, que mata minha sede
Meu bem
01-01-09
Aqui, moram a música e uma morena
Ambos fazem-me bem
Que pele, que curvas, que dona, que noite...
Onde eu me perco, também
É fogo de gente
É água corrente, que mata minha sede
Meu bem
01-01-09
Ortográfico porre
Um inerte pinguim de geladeira
Não está nem aí pro trema
Faceiro, põe-se a sonhar
Aberto a qualquer esquema
Enquanto assa-se o churrasco
Na segunda virada do espeto
O bichinho está perto do fiasco
Afinal, o que sou. Um enfeite?
Vivo aqui em cima, só não bebo leite
Quando termina a ceva gelada
Lá vai o pinguim, sem trema pela madrugada
01-o1-09
Não está nem aí pro trema
Faceiro, põe-se a sonhar
Aberto a qualquer esquema
Enquanto assa-se o churrasco
Na segunda virada do espeto
O bichinho está perto do fiasco
Afinal, o que sou. Um enfeite?
Vivo aqui em cima, só não bebo leite
Quando termina a ceva gelada
Lá vai o pinguim, sem trema pela madrugada
01-o1-09
Seu nome em vão, jamais
Se felicidade é momento
E nele me realizo
Junto a você, eu sou eu
Com e sem juízo
01-01-09
E nele me realizo
Junto a você, eu sou eu
Com e sem juízo
01-01-09
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