I
Somos grãos de areia nas dunas
Que o vento teima em levar
Somos nós nas agitadas espumas
Navegamos sobre os olhos do mar
II
Irmãos dos rochedos
D'água, do sal
Corsários, se enfrentamos os medos
À mercê do bem e do mal
III
Somos vultos no cais do porto
Barqueiros, filhos da aurora
Somos intangíveis moluscos de agosto
Náufragos, quando ao abandono das horas
29-12-2015
" O homem ainda traz na sua estrutura física a marca indelével de sua origem primitiva." (Charles Darwin). Este poema é para homenageá-lo.
terça-feira, 29 de dezembro de 2015
quinta-feira, 24 de dezembro de 2015
quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
Olhando nos olhos
Se, em jogo
Não estivessem bens imóveis
Se
Dívidas brotassem das cômodas
Se
Zero fosse o saldo da conta bancária
Se
Imperasse o desemprego
Se
Crédito no cartão não houver
Então
Aspirar-se-ia com ardor
Escutar uma voz dizendo
Meu homem, meu amor
Minha mulher
16-12-2015
Não estivessem bens imóveis
Se
Dívidas brotassem das cômodas
Se
Zero fosse o saldo da conta bancária
Se
Imperasse o desemprego
Se
Crédito no cartão não houver
Então
Aspirar-se-ia com ardor
Escutar uma voz dizendo
Meu homem, meu amor
Minha mulher
16-12-2015
domingo, 13 de dezembro de 2015
Subjetividades
Mulher que se dá valor
Escolhe seu par
Ou prefere viver só
Mulher escolhida
Faz parte do passado
13-12-2015
Escolhe seu par
Ou prefere viver só
Mulher escolhida
Faz parte do passado
13-12-2015
sexta-feira, 11 de dezembro de 2015
quinta-feira, 10 de dezembro de 2015
Beleza da preguiça
Derramas-te no ninho
Como a arte em desabafo
Petúnia
Dormes ao sol da tarde entrelaçada
Lindamente desordenada
Como as gavetas de um roupeiro qualquer
10-12-2015
Como a arte em desabafo
Petúnia
Dormes ao sol da tarde entrelaçada
Lindamente desordenada
Como as gavetas de um roupeiro qualquer
10-12-2015
domingo, 6 de dezembro de 2015
sexta-feira, 4 de dezembro de 2015
Dívida de gratidão
Como anda sua demanda
Por valores que não imitam a moda...?
Afrouxe a gravata
Solte o vestido
Dobre à esquerda, na porta
Siga em frente por linhas tortas
Pegue a trilha da emoção
Onde coração leva pancada
Amigos, se poucos, que sejam de fé
Dores nas feridas
Nada de levar pra outras vidas
Sinto muito em lhe dizer
Se você nunca viveu uma paixão
Não vai dar, não
04-12-2015
Por valores que não imitam a moda...?
Afrouxe a gravata
Solte o vestido
Dobre à esquerda, na porta
Siga em frente por linhas tortas
Pegue a trilha da emoção
Onde coração leva pancada
Amigos, se poucos, que sejam de fé
Dores nas feridas
Nada de levar pra outras vidas
Sinto muito em lhe dizer
Se você nunca viveu uma paixão
Não vai dar, não
04-12-2015
terça-feira, 1 de dezembro de 2015
Academia
I
Seu Argemiro da Portela
Na mesa de bar
Responde pra Chico
Pra Vinícius
Não faço samba pra garrafa, agora
Porque não sinto nada por ela
II
Monarco a divagar
Se a mulher for embora
A gente faz um samba
E chora
III
Encontra uma mais bonita
Faz uma obra prima
IV
No samba e no amor
Até sem querer
Brota uma rima
01-12-2015
Seu Argemiro da Portela
Na mesa de bar
Responde pra Chico
Pra Vinícius
Não faço samba pra garrafa, agora
Porque não sinto nada por ela
II
Monarco a divagar
Se a mulher for embora
A gente faz um samba
E chora
III
Encontra uma mais bonita
Faz uma obra prima
IV
No samba e no amor
Até sem querer
Brota uma rima
01-12-2015
sexta-feira, 27 de novembro de 2015
Haicai
Uma penúltima saideira
Manhã, tarde, noite
Porque é sexta-feira
27-11-2015
Fotografia, novembro de 2015
Manhã, tarde, noite
Porque é sexta-feira
27-11-2015
Fotografia, novembro de 2015
quarta-feira, 25 de novembro de 2015
terça-feira, 24 de novembro de 2015
Poema falante
Ela carregava o fardo das horas
Vivia num penar sem fim
Parecia uma peça no teatro
Só que de texto ruim
Não se acata conselhos
Se o barco está de partida
Pra navegar na tempestade
A vela precisa ser recolhida
Novas rotas requerem desafios
A gente se move entre vidro e cristal
O curso é a sina do rio
A água, seu bem natural
24-11-2015
Vivia num penar sem fim
Parecia uma peça no teatro
Só que de texto ruim
Não se acata conselhos
Se o barco está de partida
Pra navegar na tempestade
A vela precisa ser recolhida
Novas rotas requerem desafios
A gente se move entre vidro e cristal
O curso é a sina do rio
A água, seu bem natural
24-11-2015
Aforismo
Urbanos eruditos:
Urbanos eruditos são seres humanos, que pertencem à mesma tribo
Mas não aturam um ao outro
24-11-2015
Urbanos eruditos são seres humanos, que pertencem à mesma tribo
Mas não aturam um ao outro
24-11-2015
sábado, 21 de novembro de 2015
terça-feira, 17 de novembro de 2015
Velha receita
Por primeiro
Alimenta-se o monstro
Depois
Combate-se o monstro
Quem é mais
Ou menos
Monstro?
17-11-2015
segunda-feira, 16 de novembro de 2015
quarta-feira, 11 de novembro de 2015
Poema remanescente
Você chega, você parte
Na hora que você quer
Talvez o que me afervore
Sejam suas (in) certezas
Suas andanças de mulher
Sobrem restos, sobrem cacos
A estrada não termina
Nos ferimentos, nos cavacos
12-11-2015
Na hora que você quer
Talvez o que me afervore
Sejam suas (in) certezas
Suas andanças de mulher
Sobrem restos, sobrem cacos
A estrada não termina
Nos ferimentos, nos cavacos
12-11-2015
domingo, 8 de novembro de 2015
sexta-feira, 6 de novembro de 2015
Portfólio
Maquia-se
Muda o cenário
Joga-se com luzes
No estúdio, invoca-se a calma
Há descompromisso com emblemas
Invoca-se do corpo
A alma
06-11-2015
Muda o cenário
Joga-se com luzes
No estúdio, invoca-se a calma
Há descompromisso com emblemas
Invoca-se do corpo
A alma
06-11-2015
quarta-feira, 4 de novembro de 2015
Por fim
Espero alcançar o momento
Em que eu encontre alguns pontos
Lado a lado, reunidos
Que o desenho deles
Não forme um círculo vicioso
Mas, sim, um traçado não capital
Jamais retilíneo
Uma estrada
Pela qual eu possa perder-me
Na busca pelo aprendizado
04-11-2015
Em que eu encontre alguns pontos
Lado a lado, reunidos
Que o desenho deles
Não forme um círculo vicioso
Mas, sim, um traçado não capital
Jamais retilíneo
Uma estrada
Pela qual eu possa perder-me
Na busca pelo aprendizado
04-11-2015
terça-feira, 3 de novembro de 2015
segunda-feira, 2 de novembro de 2015
Observações do Vazio
No futebol e na vida
Tudo depende do meio campo
Se ele não joga bem
O time se afunda
02-11-2015
Tudo depende do meio campo
Se ele não joga bem
O time se afunda
02-11-2015
terça-feira, 27 de outubro de 2015
Feitio
São palavras vivas
Folgadas
Eólicas, brincantes
Tateio-as
Mescladas ao ar
Se eu quiser catá-las
Jamais guardarão
Seus concernentes lugares no poema
27-10-2015
Folgadas
Eólicas, brincantes
Tateio-as
Mescladas ao ar
Se eu quiser catá-las
Jamais guardarão
Seus concernentes lugares no poema
27-10-2015
domingo, 25 de outubro de 2015
Aforismo
Progresso :
Progresso é uma palavra que não deve ser confundida com desenvolvimento
Observação : Ela não serve de enfeite pra bandeira.
25-10-2015
Progresso é uma palavra que não deve ser confundida com desenvolvimento
Observação : Ela não serve de enfeite pra bandeira.
25-10-2015
sexta-feira, 23 de outubro de 2015
Vida-jogo
Tão sutil pegada
Precípete
Tão simples e complicada
Tão da sorte dependente
Esse dançar
Sobre o fio da navalha
23-10-2015
Precípete
Tão simples e complicada
Tão da sorte dependente
Esse dançar
Sobre o fio da navalha
23-10-2015
quarta-feira, 21 de outubro de 2015
terça-feira, 20 de outubro de 2015
Dahlia pinnata
Por causa
De um curto acento inclinado
Sombreia minimamente
O topo da letra a
Do meu nome popular
20-10-2015
Fotografia, outubro de 2015
De um curto acento inclinado
Sombreia minimamente
O topo da letra a
Do meu nome popular
20-10-2015
Fotografia, outubro de 2015
segunda-feira, 19 de outubro de 2015
Expresso poético
Uma foto de abril
Uma (des) ilusão de maio
Uma festa de junho
Uma mudança de março
Há sempre um trem
E um (des) embarque
19-10-2015
Fotografia, numa rua qualquer de Amsterdam
Uma (des) ilusão de maio
Uma festa de junho
Uma mudança de março
Há sempre um trem
E um (des) embarque
19-10-2015
Fotografia, numa rua qualquer de Amsterdam
quarta-feira, 14 de outubro de 2015
Ritual
Restos de vivendas beijam o solo
Toda semana
Dos quintais
Caquis, laranjas, goiabas, pitangas, mexericas
Ausentar-se-ão nas colheitas vindouras
Em vez de cítricas cores
Extremos do clima
Com muita sorte
Harmoniosos planos diretores
No lugar de uma casa
Surgirá um novo, reluzente edifício
Sacrifício
14-10-2015
Toda semana
Dos quintais
Caquis, laranjas, goiabas, pitangas, mexericas
Ausentar-se-ão nas colheitas vindouras
Em vez de cítricas cores
Extremos do clima
Com muita sorte
Harmoniosos planos diretores
No lugar de uma casa
Surgirá um novo, reluzente edifício
Sacrifício
14-10-2015
terça-feira, 13 de outubro de 2015
Aforismo
Felicidade :
Felicidade é o estado no qual você se encontra
Quando não tem necessidade de mostrar , aos outros, que está feliz
13-10-2015
Felicidade é o estado no qual você se encontra
Quando não tem necessidade de mostrar , aos outros, que está feliz
13-10-2015
domingo, 11 de outubro de 2015
quinta-feira, 8 de outubro de 2015
Cerimonial
Quando você me pede
Para eu lhe depilar na banheira
Navegam os ponteiros do relógio
À velocidade negativa
De infinitos nós
Parecemos aquele barquinho
No quadro de Edward Hopper
08-10-2015
Edward Hopper (22/07/1882, 15/05/1967)
The long leg
Para eu lhe depilar na banheira
Navegam os ponteiros do relógio
À velocidade negativa
De infinitos nós
Parecemos aquele barquinho
No quadro de Edward Hopper
08-10-2015
Edward Hopper (22/07/1882, 15/05/1967)
The long leg
domingo, 4 de outubro de 2015
Aforismo
Reengenharia :
Reengenharia é a ação de uma pessoa, quando ela (re) organiza-se, abolindo as funções de engenheiro, no intervalo de tempo, onde o mesmo se descobre poeta.
04-10-2015
Fotografia, outubro de 2013
Reengenharia é a ação de uma pessoa, quando ela (re) organiza-se, abolindo as funções de engenheiro, no intervalo de tempo, onde o mesmo se descobre poeta.
04-10-2015
Fotografia, outubro de 2013
sexta-feira, 2 de outubro de 2015
Apólogo
O inverno regressa
Quer roçar-se no perfumado cerviz da primavera
Porém, tem seu coração partido
Porque ela está encantada
Com as promessas do verão
02-10-2015
Fotografia, outubro de 2015
Quer roçar-se no perfumado cerviz da primavera
Porém, tem seu coração partido
Porque ela está encantada
Com as promessas do verão
02-10-2015
Fotografia, outubro de 2015
Baunilha
As cordas do cavaquinho
O clarinete
Atestam
Ela dança
Lambuza-se no mel
Não está pra conselhos
Despreza as frases retilíneas
A vida não se parece com uma receita de doce predileto
No ambiente, fumar é permitido
Porém, o aroma de baunilha prevalece
Prazeroso é
Perder-se na noite
02-10-2015
O clarinete
Atestam
Ela dança
Lambuza-se no mel
Não está pra conselhos
Despreza as frases retilíneas
A vida não se parece com uma receita de doce predileto
No ambiente, fumar é permitido
Porém, o aroma de baunilha prevalece
Prazeroso é
Perder-se na noite
02-10-2015
quinta-feira, 1 de outubro de 2015
quinta-feira, 24 de setembro de 2015
terça-feira, 22 de setembro de 2015
Neuroma de Morton
Soa estranho o verbo imergir
Eu imirjo?
Tu imerges
Ele imerge
Nós imergimos os membros na água gelada
Indica a fisioterapia
Fiz tudo ao contrário
Imergi as dores na cabeça do segundo metatarso na água morna
O tal do Tarso respondeu melhor
A planta do pé parou de se comportar como um papel amassado
Penso que acertou o rumo
22-09-2015
Eu imirjo?
Tu imerges
Ele imerge
Nós imergimos os membros na água gelada
Indica a fisioterapia
Fiz tudo ao contrário
Imergi as dores na cabeça do segundo metatarso na água morna
O tal do Tarso respondeu melhor
A planta do pé parou de se comportar como um papel amassado
Penso que acertou o rumo
22-09-2015
sexta-feira, 18 de setembro de 2015
Um kit (anti-rinite alérgica)
I
Pílulas, de hora em hora, contra tudo que é a favor
II
Saco
Do tamanho daquele do Papai Noel
III
Paciência (já vem dentro do saco)
IV
Pílulas, de hora em hora, contra tudo que é contra
V
El tenedero del diablo (sinônimo de tequila)
Posologia: não siga a bula
VI
Coragem, no caso de suicídio
Ou não
18-09-2015
Pílulas, de hora em hora, contra tudo que é a favor
II
Saco
Do tamanho daquele do Papai Noel
III
Paciência (já vem dentro do saco)
IV
Pílulas, de hora em hora, contra tudo que é contra
V
El tenedero del diablo (sinônimo de tequila)
Posologia: não siga a bula
VI
Coragem, no caso de suicídio
Ou não
18-09-2015
quarta-feira, 16 de setembro de 2015
domingo, 13 de setembro de 2015
Felicidade contemporânea
Aparecer em qualquer mídia
Aparentar que se é
Aparentar que se tem
Ser assim
Para sentir-se alguém........?
17-12-2012
Aparentar que se é
Aparentar que se tem
Ser assim
Para sentir-se alguém........?
17-12-2012
sábado, 12 de setembro de 2015
Aforismo
Ponto de interrogação:
O
Que se desprende do gancho
O
Ponto de interrogação
É, apenas
Um sinal gráfico
Formado por um ponto
Que se desprende do gancho
Do seu cabide
sexta-feira, 11 de setembro de 2015
Casa De Brinquedo
Quatro quartos
Um pequeno, três maiores
Nenhum edifício nos arredores
Sete sinos de felicidade
Na porta da frente
Geladeira repleta de doces
Suco de uva feito em casa
Azaleia no jardim
Escadaria de granito
Que derrapa na chuva, mas é bonito
Horta, lá nos fundos
Um forno colonial de outro mundo
Porão, que serve de segunda casa
Quente no inverno, frio no verão
E uma enorme caixa d'água
Garagem com anexo
Churrascada aos domingos
Sanfona, cueca virada, pastel
Brincadeiras de um pai
Uma mãe sempre sorrindo
25-04-2009 e 11-09-2015
fotografia, setembro de 2015
Um pequeno, três maiores
Nenhum edifício nos arredores
Sete sinos de felicidade
Na porta da frente
Geladeira repleta de doces
Suco de uva feito em casa
Azaleia no jardim
Escadaria de granito
Que derrapa na chuva, mas é bonito
Horta, lá nos fundos
Um forno colonial de outro mundo
Porão, que serve de segunda casa
Quente no inverno, frio no verão
E uma enorme caixa d'água
Garagem com anexo
Churrascada aos domingos
Sanfona, cueca virada, pastel
Brincadeiras de um pai
Uma mãe sempre sorrindo
25-04-2009 e 11-09-2015
fotografia, setembro de 2015
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
Observações do vazio
Somos meras ferramentas das palavras
Quando não lhes apetece
O papel permanece em branco
09-09-2015
Quando não lhes apetece
O papel permanece em branco
09-09-2015
domingo, 6 de setembro de 2015
Times
Numa noite de futebol
Penso na biografia de um jazzista
Se uma coisa nada tem a ver com outra
Tanto melhor para a abstração
Tão rara, jorra a inspiração
Preciosa como água potável
Coração no futebol, cabeça na música
Ou será o contrário?
Uma fuga-fusão
Jogam alguns times dentro da gente
06-09-2015
Penso na biografia de um jazzista
Se uma coisa nada tem a ver com outra
Tanto melhor para a abstração
Tão rara, jorra a inspiração
Preciosa como água potável
Coração no futebol, cabeça na música
Ou será o contrário?
Uma fuga-fusão
Jogam alguns times dentro da gente
06-09-2015
sábado, 5 de setembro de 2015
quinta-feira, 3 de setembro de 2015
Aforismo XXV
Classe urbana e erudita :
Classe urbana e erudita é a classe, cujos integrantes
pertencem à mesma aldeia, mas não aturam um ao outro
03-09-2015
Classe urbana e erudita é a classe, cujos integrantes
pertencem à mesma aldeia, mas não aturam um ao outro
03-09-2015
terça-feira, 1 de setembro de 2015
Balada geminiana
Cada afago na tua pele
Abranda os dias em que não te vi
O caminho dos meus dedos
Espanta o tédio, educa os medos
Parece céu que vai se abrir
Se não sou o teu gigante
Perdoa, amor, o falso instante
Que, com punhais palavras, te feri
Ao me abordarem
Versos de abandono
Que soem
Como música pro teu sono
Dardos meus
De ti
01-09-2015
Abranda os dias em que não te vi
O caminho dos meus dedos
Espanta o tédio, educa os medos
Parece céu que vai se abrir
Se não sou o teu gigante
Perdoa, amor, o falso instante
Que, com punhais palavras, te feri
Ao me abordarem
Versos de abandono
Que soem
Como música pro teu sono
Dardos meus
De ti
01-09-2015
sexta-feira, 28 de agosto de 2015
Atalhos
Andarilho do século dezoito
Sou mais um sem a direção de casa
Cruzo por verdes campos
Vigiado por rochas de formas, quase, humanas
Sou mel que se mescla à cachaça
A natureza me torna capaz
Incita-me
Materializo o lugar, longe deste que me envolve
Memorizar é a forma mais bonita de não perecer
Há mesas nas ruas
Noites de lua se achegam ao contexto
Perto do mar azul turquesa
Que contrasta com o verde das serras
Meu galopa na brisa, feliz
Sou mais um sem a direção de casa
Cruzo por verdes campos
Vigiado por rochas de formas, quase, humanas
Sou mel que se mescla à cachaça
A natureza me torna capaz
Incita-me
Materializo o lugar, longe deste que me envolve
Memorizar é a forma mais bonita de não perecer
Há mesas nas ruas
Noites de lua se achegam ao contexto
Perto do mar azul turquesa
Que contrasta com o verde das serras
Meu galopa na brisa, feliz
Bem feliz
04-06-2010, 28-08-2015
04-06-2010, 28-08-2015
quarta-feira, 26 de agosto de 2015
Perguntas
Você deseja saber da sua vida
Das coisas que ela faz
Aquela libriana
Ela está bem
Seu cabelo, agora, é curto
Tornou-se senhora
Ela sorri, ela chora
Mais, eu não digo
No caminho há encruzilhadas
Ela pega as vias expressas
Eu sigo pelas calçadas
26-08-2015
Das coisas que ela faz
Aquela libriana
Ela está bem
Seu cabelo, agora, é curto
Tornou-se senhora
Ela sorri, ela chora
Mais, eu não digo
No caminho há encruzilhadas
Ela pega as vias expressas
Eu sigo pelas calçadas
26-08-2015
sábado, 22 de agosto de 2015
Red Light Quartier
Desceu do trem
Chegava de Osnnabrück em missão de salvamento
Quem precisava ser resgatado
Era ele
Só não sabia disso, ainda
A pé, tomou o rumo da Zeedijk
Prins Hendrik Hotel, entrou no quarto 71
Ela jazia no chão, abraçada à penumbra
Posição fetal
Agachou-se, acariciou seus cabelos ruivos
"Temos de seguir em frente, sem parar"
"Pra onde vamos, cara"?
"Não sei, temos de seguir em frente"
A noite beijava as paredes homenageando o blues
Ambos sentiam o mesmo, no Old Sailor, a duas quadras dali
De ofício
Ele era um fugitivo de si
Ela
Curandeira, de New Orleans
Desde aquela noite, especialista em resgates
Só não sabia disso, ainda
22-08-2015
Fotografia, maio de 2013
Chegava de Osnnabrück em missão de salvamento
Quem precisava ser resgatado
Era ele
Só não sabia disso, ainda
A pé, tomou o rumo da Zeedijk
Prins Hendrik Hotel, entrou no quarto 71
Ela jazia no chão, abraçada à penumbra
Posição fetal
Agachou-se, acariciou seus cabelos ruivos
"Temos de seguir em frente, sem parar"
"Pra onde vamos, cara"?
"Não sei, temos de seguir em frente"
A noite beijava as paredes homenageando o blues
Ambos sentiam o mesmo, no Old Sailor, a duas quadras dali
De ofício
Ele era um fugitivo de si
Ela
Curandeira, de New Orleans
Desde aquela noite, especialista em resgates
Só não sabia disso, ainda
22-08-2015
Fotografia, maio de 2013
sexta-feira, 21 de agosto de 2015
Changing
None memories
Just desires
She flies around
Free
Burns on fire
The sweet mutant honeybee
21-08-2015
Fotografia, jlcalliari
Just desires
She flies around
Free
Burns on fire
The sweet mutant honeybee
21-08-2015
Fotografia, jlcalliari
quinta-feira, 20 de agosto de 2015
quarta-feira, 19 de agosto de 2015
Ecos
A cada parede que escancaro
Escuto solidões
Maiores, ou iguais às minhas
Aos poucos
Aumento o volume dos fones de ouvido
Pra ver se a letra da música abafa o não
19-08-2015
Escuto solidões
Maiores, ou iguais às minhas
Aos poucos
Aumento o volume dos fones de ouvido
Pra ver se a letra da música abafa o não
19-08-2015
domingo, 16 de agosto de 2015
sexta-feira, 14 de agosto de 2015
Desejo universal
Brancas bandeiras nas lajes
Negro Orfeu e Eurídice
Um samba de Noel
Blues
Quem sabe
A humanidade, humana idade
Seja tema de uma nova canção de Dylan
Que atente-se à rouquidão de Janes Joplin
Agreguem-se notas musicais aos escritos
Para que dissolvam-se
No líquido da paz
14-08-2015
Negro Orfeu e Eurídice
Um samba de Noel
Blues
Quem sabe
A humanidade, humana idade
Seja tema de uma nova canção de Dylan
Que atente-se à rouquidão de Janes Joplin
Agreguem-se notas musicais aos escritos
Para que dissolvam-se
No líquido da paz
14-08-2015
quinta-feira, 13 de agosto de 2015
Desjazzjum
Alma adentro
O jazz acomoda-se
Bebe o café das manhãs
De mansinho, conquista
Pão, manteiga
Mel ou geleia
Com sorte
No parapeito da janela
Apareçam alguns sanhaços na plateia
13-08-2015
jlcalliari, fevereiro 2018
O jazz acomoda-se
Bebe o café das manhãs
De mansinho, conquista
Pão, manteiga
Mel ou geleia
Com sorte
No parapeito da janela
Apareçam alguns sanhaços na plateia
13-08-2015
jlcalliari, fevereiro 2018
quarta-feira, 12 de agosto de 2015
Navegantes
Nunca somos
Apenas um, de verdade
Há momentos, somos portos
Noutros tempestades
12-08-2015
Apenas um, de verdade
Há momentos, somos portos
Noutros tempestades
12-08-2015
quinta-feira, 6 de agosto de 2015
Dribles I
Junto uma letra à outra
Mais uma, depois a seguinte
Assim sendo, vou respirando
Driblo a desesperança
Pintando à pena
Nem sei o quê
06-08-2015
Mais uma, depois a seguinte
Assim sendo, vou respirando
Driblo a desesperança
Pintando à pena
Nem sei o quê
06-08-2015
terça-feira, 4 de agosto de 2015
Vontade de repartir
Diz-se desgostosa
Eu a vejo
Como se admirasse uma fotografia
O tédio, que a gente sente em si, é enodoado
Ela emoldura o sentimento com um coração
Que nem ouso decifrar
Aflige-me o desejo de fazer parte do quadro
Um enfado de galeria
04-08-2015
Eu a vejo
Como se admirasse uma fotografia
O tédio, que a gente sente em si, é enodoado
Ela emoldura o sentimento com um coração
Que nem ouso decifrar
Aflige-me o desejo de fazer parte do quadro
Um enfado de galeria
04-08-2015
domingo, 2 de agosto de 2015
Dos ofícios
Seria bem melhor esse mundo
Se as coisas fossem assim
Antes um médico, engenheiro
Advogado, ou político a menos
Do que um ruim
02-08-2015
Se as coisas fossem assim
Antes um médico, engenheiro
Advogado, ou político a menos
Do que um ruim
02-08-2015
sábado, 1 de agosto de 2015
Haicai
No mês oitavo
Ela beija
A mimosa e o favo
01-08-2015
Fotografia, agosto de 2015
Acacia dealbata (mimosa)
Ela beija
A mimosa e o favo
01-08-2015
Fotografia, agosto de 2015
Acacia dealbata (mimosa)
domingo, 26 de julho de 2015
Caça
Um som esganiçado anuncia a intensidade da fome
Saliente, mais que a turva luz do abajur
A sombra alada cruza pela cortina
Para alguns, perversa é a beleza da noite
Será gavião, ou coruja?
Se eu fosse um roedor qualquer
Adiaria meu banho de lua
A sensatez chamaria pelo meu nome
26-07-2015
Saliente, mais que a turva luz do abajur
A sombra alada cruza pela cortina
Para alguns, perversa é a beleza da noite
Será gavião, ou coruja?
Se eu fosse um roedor qualquer
Adiaria meu banho de lua
A sensatez chamaria pelo meu nome
26-07-2015
sábado, 25 de julho de 2015
quinta-feira, 23 de julho de 2015
Aforismo
Bud Light
Bud Light é o ser humano ocidental, adepto aos ensinamentos do budismo
que adoraria tornar-se monge, ou monja,
sem abrir mão do conforto proporcionado pelo sistema
23-07-2015
Bud Light é o ser humano ocidental, adepto aos ensinamentos do budismo
que adoraria tornar-se monge, ou monja,
sem abrir mão do conforto proporcionado pelo sistema
23-07-2015
terça-feira, 21 de julho de 2015
quarta-feira, 15 de julho de 2015
terça-feira, 14 de julho de 2015
Sílabas das tardes
Entre gretas de uma nuvem
Oferece o sol
O melhor de si como coadjuvante
Das três-marias
Balbucia o silêncio
No aconchego das bargas
Ele torna-se um aluno devoto da bolinagem
Ele é servo do ambiente
Dos fidedignos Voyeurs que adornam as paredes
O Silêncio
Deve lealdade ao sossego
14-07-2015
Fotografia, jlcalliari, da obra (Deitada nua, de cabelos soltos, 1917)
De Amedeo Modigliani
Julho de 2015
Oferece o sol
O melhor de si como coadjuvante
Das três-marias
Balbucia o silêncio
No aconchego das bargas
Ele torna-se um aluno devoto da bolinagem
Ele é servo do ambiente
Dos fidedignos Voyeurs que adornam as paredes
O Silêncio
Deve lealdade ao sossego
14-07-2015
Fotografia, jlcalliari, da obra (Deitada nua, de cabelos soltos, 1917)
De Amedeo Modigliani
Julho de 2015
sábado, 11 de julho de 2015
quinta-feira, 9 de julho de 2015
terça-feira, 7 de julho de 2015
Galochas
Libertos
De nossas momentâneas cegueiras
Mapeamos
A solidão das cidades
Dona
De certos dias ensolarados
07-07-2015
Fotografia, julho de 2015
De nossas momentâneas cegueiras
Mapeamos
A solidão das cidades
Dona
De certos dias ensolarados
07-07-2015
Fotografia, julho de 2015
segunda-feira, 6 de julho de 2015
domingo, 5 de julho de 2015
sábado, 4 de julho de 2015
H da hora
Na derradeira encruzilhada
Não haverá vencedores
A almejada paz, esperança latente
Assemelhar-se-á
Com uma senhora alada, vestida de branco
Acolhedora
Abrirá as portas pra gente
04-07-2015
Não haverá vencedores
A almejada paz, esperança latente
Assemelhar-se-á
Com uma senhora alada, vestida de branco
Acolhedora
Abrirá as portas pra gente
04-07-2015
quinta-feira, 2 de julho de 2015
domingo, 28 de junho de 2015
De flor em flor
Coração e suas válvulas
A gente entrega
Como peça de lã
Em mãos
Ao morador de rua
Que deita no gélido basalto
Ele será acolhido
Como o pólen levado pelas abelhas
Livre de involuntários desvios
Sem esperar algo em troca
28-06-2014
A gente entrega
Como peça de lã
Em mãos
Ao morador de rua
Que deita no gélido basalto
Ele será acolhido
Como o pólen levado pelas abelhas
Livre de involuntários desvios
Sem esperar algo em troca
28-06-2014
sábado, 27 de junho de 2015
quarta-feira, 24 de junho de 2015
Bar 1
No canto, o espelho
Sobre o balcão
Dançam coqueteleiras com Gin
No extremo do bar, um sorriso luar
Um brilho no olhar
Lã e novelo
Agasalho
Enfim
24-06-2015
Fotografia, jlcalliari
Sobre o balcão
Dançam coqueteleiras com Gin
No extremo do bar, um sorriso luar
Um brilho no olhar
Lã e novelo
Agasalho
Enfim
24-06-2015
Fotografia, jlcalliari
Observações do Vazio
Prega-se o fim da pobreza
Lá do alto
Convoca-se um cabeleireiro particular
Para voar, a cada quinze dias
De São Paulo ao planalto
24-06-2015
Lá do alto
Convoca-se um cabeleireiro particular
Para voar, a cada quinze dias
De São Paulo ao planalto
24-06-2015
terça-feira, 23 de junho de 2015
domingo, 21 de junho de 2015
Ortovisão
Do seu jeito, a morena me diz:
"Veja os trapézios nos dentes como uma imagem lúdica"
Esqueci-me da dor
Quando me larguei porta afora
A cidade estava tomada de brinquedos
21-06-2015
Fotografia, junho de 2015
"Veja os trapézios nos dentes como uma imagem lúdica"
Esqueci-me da dor
Quando me larguei porta afora
A cidade estava tomada de brinquedos
21-06-2015
Fotografia, junho de 2015
sábado, 20 de junho de 2015
Viajante noturno
Ao redor do prédio verde
Erguem-se as mais belas esculturas
Versos
Brotam como raras pinturas
Não há, nas cercanias, nenhum sorriso
Que possa enfeitar o quadro
Mesmo assim, meu dedo modela no ar
O contorno dos teus lábios
20-06-2015
Erguem-se as mais belas esculturas
Versos
Brotam como raras pinturas
Não há, nas cercanias, nenhum sorriso
Que possa enfeitar o quadro
Mesmo assim, meu dedo modela no ar
O contorno dos teus lábios
20-06-2015
sexta-feira, 19 de junho de 2015
quinta-feira, 18 de junho de 2015
"Trabalho"
Só três dias por semana :
Terças, quartas e quintas
Acontece em Brasília
Um faz de conta que se pinta
Do país
Zombam os nobres sacanas
Enquanto a plebe paga a tinta
18-06-2015
Fotografia, junho de 2015
Terças, quartas e quintas
Acontece em Brasília
Um faz de conta que se pinta
Do país
Zombam os nobres sacanas
Enquanto a plebe paga a tinta
18-06-2015
Fotografia, junho de 2015
terça-feira, 16 de junho de 2015
quinta-feira, 11 de junho de 2015
terça-feira, 9 de junho de 2015
Perenidade
Gente
Parece árvore
Precisa de novas folhas
Pra prosseguir viagem
09-06-2015
Fotografia, verão de 2014
Parece árvore
Precisa de novas folhas
Pra prosseguir viagem
09-06-2015
Fotografia, verão de 2014
Renovatio
Árvore
Parece gente
Precisa soltar as folhas
Pra seguir em frente
09-06-2015
Fotografia, junho de 2015
Parece gente
Precisa soltar as folhas
Pra seguir em frente
09-06-2015
Fotografia, junho de 2015
domingo, 7 de junho de 2015
sábado, 6 de junho de 2015
Pacto
I
Há um cadeado
Onde estão gravados
Os nomes
Da poesia e o meu
II
Em tempos
De descartes banais
Comigo
Ela permanece
III
Eterna
Reina em mim
Sob a vigilância
Da cidade
IV
Até o dia
Em que
Queira desprender-se
De nossa
Pont des Arts
06-06-2015
Fotografia, jlcalliari
Há um cadeado
Onde estão gravados
Os nomes
Da poesia e o meu
II
Em tempos
De descartes banais
Comigo
Ela permanece
III
Eterna
Reina em mim
Sob a vigilância
Da cidade
IV
Até o dia
Em que
Queira desprender-se
De nossa
Pont des Arts
06-06-2015
Fotografia, jlcalliari
quinta-feira, 4 de junho de 2015
Pêndulo
Adentras nossas casas
Cansado de oscilar por aí
Andas, nem sempre apressado
Somos espelhos de ti
Se a noite beija os lábios da aurora
Conte-nos sobre o mundo lá de fora
Tempo, encontre um Passatempo!
Cansado de oscilar por aí
Andas, nem sempre apressado
Somos espelhos de ti
Se a noite beija os lábios da aurora
Conte-nos sobre o mundo lá de fora
Tempo, encontre um Passatempo!
quarta-feira, 3 de junho de 2015
Bilhete
Tamareira
Do fundo do meu peito
Você arrebatou
Os mais caros adjetivos
Arrastou consigo
As mais preciosas pedras palavras
Por isso
Eu lhe denuncio como ladra
Janeiro de 2014
Jlcalliari
Do fundo do meu peito
Você arrebatou
Os mais caros adjetivos
Arrastou consigo
As mais preciosas pedras palavras
Por isso
Eu lhe denuncio como ladra
Janeiro de 2014
Jlcalliari
terça-feira, 2 de junho de 2015
Ofício
(Des) atar
(Des) construir
Ao vento, o pó
Ao marinheiro, o nó
Redigir, labutar
Aventurar
Fazer em aclive
O que a vida nos leva a baixar
02-06-2015
(Des) construir
Ao vento, o pó
Ao marinheiro, o nó
Redigir, labutar
Aventurar
Fazer em aclive
O que a vida nos leva a baixar
02-06-2015
segunda-feira, 1 de junho de 2015
segunda-feira, 25 de maio de 2015
Aforismo XIX
UFC (Ultimate Fighting Championship):
UFC é o pior substituto para o ato sexual
Que, alguns, seres humanos denominam de esporte
25-05-2015
UFC é o pior substituto para o ato sexual
Que, alguns, seres humanos denominam de esporte
25-05-2015
domingo, 24 de maio de 2015
quinta-feira, 21 de maio de 2015
segunda-feira, 18 de maio de 2015
domingo, 17 de maio de 2015
sábado, 16 de maio de 2015
Observações do Vazio
O pica-pau é um pássaro
Que pula, caminhando
Caminha, pulando
Há de dar-se um nome
Para esta nova atividade esportiva
16-05-2015
Que pula, caminhando
Caminha, pulando
Há de dar-se um nome
Para esta nova atividade esportiva
16-05-2015
sexta-feira, 15 de maio de 2015
Ancoração
O blues é um veleiro
Que singra no meu sangue
Quando arria as velas
Lança âncora na enseada do meu peito
Para que possa, de novo, ventar
15-05-2012
Descanse em paz, BB King-(16-09-1925, 14-05-2015)
Fotografia, maio de 2012
Que singra no meu sangue
Quando arria as velas
Lança âncora na enseada do meu peito
Para que possa, de novo, ventar
15-05-2012
Descanse em paz, BB King-(16-09-1925, 14-05-2015)
Fotografia, maio de 2012
segunda-feira, 11 de maio de 2015
Urdidura jamaicana
sexta-feira, 8 de maio de 2015
terça-feira, 5 de maio de 2015
domingo, 3 de maio de 2015
quinta-feira, 30 de abril de 2015
quarta-feira, 29 de abril de 2015
Registro
Hesitei, porém disse ao sabiá
"Olha lá, já voa o teu filhotinho"
Então, fotografei-o
Perto do ninho
29-04-2015
Fotografia, abril de 2015
"Olha lá, já voa o teu filhotinho"
Então, fotografei-o
Perto do ninho
29-04-2015
Fotografia, abril de 2015
domingo, 26 de abril de 2015
Intuição
No canto do olho esquerdo
Deixou-se tatuar uma lágrima
Encarou o espelho
Fez um pacto com a tristeza
Se escutasse um certo "siga por este caminho"
Não o seguiria
O tempo lhe ensinara a sorrir
26-04-2015
Deixou-se tatuar uma lágrima
Encarou o espelho
Fez um pacto com a tristeza
Se escutasse um certo "siga por este caminho"
Não o seguiria
O tempo lhe ensinara a sorrir
26-04-2015
segunda-feira, 20 de abril de 2015
O parque
Chuva e outono
Tem tudo a ver
Ela vem pra lhe benzer
Ele se deleita no abandono
05-06-2014
Fotografia, abril de 2015
Tem tudo a ver
Ela vem pra lhe benzer
Ele se deleita no abandono
05-06-2014
Fotografia, abril de 2015
sábado, 18 de abril de 2015
Speranza
I
O verso inacabado
Parreirais
II
Piacere
Avere la testa nelle nuvolo
III
Die Flüsse
As vozes do mar
IV
Die Gesichtzüge, o cair do primeiro floco de neve
Sorprendersi
V
Profumo, maçã
Átomo, silêncio
VI
Il cuore
Tuo fuoco
VII
Os corais
18-04-2015
O verso inacabado
Parreirais
II
Piacere
Avere la testa nelle nuvolo
III
Die Flüsse
As vozes do mar
IV
Die Gesichtzüge, o cair do primeiro floco de neve
Sorprendersi
V
Profumo, maçã
Átomo, silêncio
VI
Il cuore
Tuo fuoco
VII
Os corais
18-04-2015
terça-feira, 14 de abril de 2015
segunda-feira, 13 de abril de 2015
sábado, 11 de abril de 2015
sexta-feira, 10 de abril de 2015
quarta-feira, 8 de abril de 2015
Madmoiselle
Surdo calou
Cavaco chorou
Na Lapa de agora
É o fim, tamborim
Adeus samba, adeus festa
Gemeu a seresta
Nos braços da aurora
Virou o fio a fortaleza
Foi do luxo à pobreza
A meiga Isadora
Restou a poesia
Parceira do dia
Porque saudade é sem hora
08-04-2015
Cavaco chorou
Na Lapa de agora
É o fim, tamborim
Adeus samba, adeus festa
Gemeu a seresta
Nos braços da aurora
Virou o fio a fortaleza
Foi do luxo à pobreza
A meiga Isadora
Restou a poesia
Parceira do dia
Porque saudade é sem hora
08-04-2015
terça-feira, 7 de abril de 2015
Aforismo
Consumismo :
Consumismo é quando a compulsão
Leva a comprar, até mesmo, fumaça enlatada
07-04-2015
Consumismo é quando a compulsão
Leva a comprar, até mesmo, fumaça enlatada
07-04-2015
quinta-feira, 2 de abril de 2015
Haicai
De vez em quando
Tem visita
Lagarteando*
*Do dialeto gaúcho, lagartear: ficar sem fazer nada, ao sol, de preferência
comendo bergamota (tangerina).
02-04-2015
Fotografia, abril de 2015
Tem visita
Lagarteando*
*Do dialeto gaúcho, lagartear: ficar sem fazer nada, ao sol, de preferência
comendo bergamota (tangerina).
02-04-2015
Fotografia, abril de 2015
sábado, 28 de março de 2015
Aforismo
Pecado :
Pecado é o que foi inventado
Pra você sentir-se culpado
Enquanto alguém fatura Din Din
Simples, assim
28-03-2015
Pecado é o que foi inventado
Pra você sentir-se culpado
Enquanto alguém fatura Din Din
Simples, assim
28-03-2015
quinta-feira, 26 de março de 2015
Vocábulos ao vento
I
Vermelho
Verde
Azul
Branco
II
Mar
Chuva
Garoa
Névoa
Morno
Sol
III
Pele
Lã
Couro
Ninho
Caldo
Feijão
Passarinho
Tempero
Grão
Vinho
IV
Fumaça
Queijo
Marzipan
Beijos
Ovos moles
Nozes
Quentes
Coxas
Nhã Nhã Nhã
V
Teso
Late
Lateja
Dia
Noite
Loba
Uivo
Cio
Bom
Edredom
26-03-2015
domingo, 22 de março de 2015
quarta-feira, 18 de março de 2015
Bambaleante
Arranha minha pele
Revira meu ouvido
Jura que sou
Seu amor bandido
Quando ela me toca
Sou como artista
Ando na corda
Sem rede
De equilibrista
18-03-2015
Revira meu ouvido
Jura que sou
Seu amor bandido
Quando ela me toca
Sou como artista
Ando na corda
Sem rede
De equilibrista
18-03-2015
terça-feira, 17 de março de 2015
quarta-feira, 11 de março de 2015
Sementes de paineira
Camaleão, o semáforo muda para o verde
Meio a ruído de motores, poeira e folhas de jornal
Emerge o éden
"Neva", na esquina aponta a primavera
Coberto de flocos
O asfalto quente é como tapeçaria bordada
Coloco-me no centro do turbilhão formado pelo vento
Um branco balé, à luz solar, sustenta meu transe hipnótico
Visto um par de olhos inúteis
Surfo no arco-íris sobre pranchas de algodão
Em outra dimensão, atendo ao chamado das buzinas
Estou pronto pra desbravar a cidade
11-03-2015
Meio a ruído de motores, poeira e folhas de jornal
Emerge o éden
"Neva", na esquina aponta a primavera
Coberto de flocos
O asfalto quente é como tapeçaria bordada
Coloco-me no centro do turbilhão formado pelo vento
Um branco balé, à luz solar, sustenta meu transe hipnótico
Visto um par de olhos inúteis
Surfo no arco-íris sobre pranchas de algodão
Em outra dimensão, atendo ao chamado das buzinas
Estou pronto pra desbravar a cidade
11-03-2015
terça-feira, 10 de março de 2015
segunda-feira, 9 de março de 2015
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