Nessa madrugada
A essência do que eu sou disse-me assim:
"Seja tudo o que você desejar, na estrada".
"Só, não se esqueça de mim."
30-01-2011
domingo, 30 de janeiro de 2011
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Laranja
Em gomos
Um de cada vez
A se descobrir
Tem a pele pronta pra roçar
E um sumo de Lingerie
27-01-11
Um de cada vez
A se descobrir
Tem a pele pronta pra roçar
E um sumo de Lingerie
27-01-11
Passageiros
As coisas estão espalhadas por aí
À névoa apegadas
Ao sabor do vento elástico
Nós as admiramos, sentimos
Conversamos com elas
Um sussurro, um grito que ecoa de algum poço
Um sorriso
Vivemos pra topar com espelhos
27-01-11
À névoa apegadas
Ao sabor do vento elástico
Nós as admiramos, sentimos
Conversamos com elas
Um sussurro, um grito que ecoa de algum poço
Um sorriso
Vivemos pra topar com espelhos
27-01-11
Poem (a) marelo
O motivo da insônia sob o vestido
Atiçados faros, trançados de coxas
Calor de vertentes termais
Chamamentos, verbos
De sobrenome: Esperança
27-01-2011
Atiçados faros, trançados de coxas
Calor de vertentes termais
Chamamentos, verbos
De sobrenome: Esperança
27-01-2011
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Desate
Quem me dera, a fineza, o brilho, o vermelho da sua seda
Viessem para enfeitar o meu pacote
Uma tênue trama de fibras, tributo à beleza
À delicadeza do tope
Um mapa sobre o papel do seu tesouro em pergaminho
Por dentro dele, corpo em brasa
Coração, outrora fel
Cansado de bater sozinho
26-01-11
Viessem para enfeitar o meu pacote
Uma tênue trama de fibras, tributo à beleza
À delicadeza do tope
Um mapa sobre o papel do seu tesouro em pergaminho
Por dentro dele, corpo em brasa
Coração, outrora fel
Cansado de bater sozinho
26-01-11
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Branca com renda rosa
Como ousam, cores vilãs
Roubar-me o mel, a maçã o canto
Gemidos que desconheço
Rendados em verso e prosa
Tocassem elas meu peito
Tomado de poesia e lume
Levariam-me aos jardins do teu éden
Às essências dos teus perfumes
24-01-2011
Roubar-me o mel, a maçã o canto
Gemidos que desconheço
Rendados em verso e prosa
Tocassem elas meu peito
Tomado de poesia e lume
Levariam-me aos jardins do teu éden
Às essências dos teus perfumes
24-01-2011
Poemelétrico
Você se encosta
Eu curto-...#&*.#@..^^*@++¨¨¨.\##@**...-circuito
24-01-2011
Eu curto-...#&*.#@..^^*@++¨¨¨.\##@**...-circuito
24-01-2011
Fotografia, jlcalliari
Amsterdam Central Station
Gorjeios
As comadres resolvem colocar os assuntos em dia.
Tudo bem, se não fosse no galho colado à veneziana.
Devo confessar, o som é de alta fidelidade, estereofônico.
Mansamente, de um olho só, procuro um certo alento no relógio de cabeceira.
Ele não perdoa: São cinco e quarenta da madruga, batidinho.
"Impossível", penso em voz alta. Nessa hora não há tagarelar entre vizinhos, nem aqui, nem em qualquer lugar de mesmo fuso.
Se abro a janela e reclamo, elas dirão que estou de mau humor e que não estão nem aí pra minha quietação. Eu não tô a fim de barraco.
Devem ter penas azuis, amarelas, verdes. Das cores do nosso estandarte, as Caturritas. O travesseiro me consola, ao contrário do relógio arrasta-me para o colo do sono. Já no sonho, com um pé no abismo, conto estrelinhas brancas sobre um fundo azul celeste.
24-01-11
Tudo bem, se não fosse no galho colado à veneziana.
Devo confessar, o som é de alta fidelidade, estereofônico.
Mansamente, de um olho só, procuro um certo alento no relógio de cabeceira.
Ele não perdoa: São cinco e quarenta da madruga, batidinho.
"Impossível", penso em voz alta. Nessa hora não há tagarelar entre vizinhos, nem aqui, nem em qualquer lugar de mesmo fuso.
Se abro a janela e reclamo, elas dirão que estou de mau humor e que não estão nem aí pra minha quietação. Eu não tô a fim de barraco.
Devem ter penas azuis, amarelas, verdes. Das cores do nosso estandarte, as Caturritas. O travesseiro me consola, ao contrário do relógio arrasta-me para o colo do sono. Já no sonho, com um pé no abismo, conto estrelinhas brancas sobre um fundo azul celeste.
24-01-11
sábado, 22 de janeiro de 2011
Declaração
Serei mais racional
Menos sensível
Mais materialista, menos pentelho
Muito consumista
Ardiloso como os políticos
E viverei para fazer dieta
Podem tampar o caixão
22-01-2011
Menos sensível
Mais materialista, menos pentelho
Muito consumista
Ardiloso como os políticos
E viverei para fazer dieta
Podem tampar o caixão
22-01-2011
Ping-Kong
Também quero ser macaco grande
Ter um peludo indicador
Pra "brincar" com sua frente única
22-01-11
Ter um peludo indicador
Pra "brincar" com sua frente única
22-01-11
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Armação da piedade
A terceira marcha engata no meio do viaduto
Ao lado de uma carroça
Com esse calor não há quem possa
Me diz o papeleiro astuto
Na quarta, estou de partida
Quero cores, águas, esteiras
Mares, origem da vida
Quero a cor verde
Em todas os semáforos
20-01-2011
Ao lado de uma carroça
Com esse calor não há quem possa
Me diz o papeleiro astuto
Na quarta, estou de partida
Quero cores, águas, esteiras
Mares, origem da vida
Quero a cor verde
Em todas os semáforos
20-01-2011
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Cenapoema II
Cabelos trançados tem a moça do bairro Rubem Berta
Anda perdida pelos altos da Bela Vista
Sua atenção se divide entre orelhão e agenda
A vista mais bela da cidade, no verão, não foi pra praia
Pra inveja de outras prendas
Ficou na cidade, rodando saia
19-01-2011
Anda perdida pelos altos da Bela Vista
Sua atenção se divide entre orelhão e agenda
A vista mais bela da cidade, no verão, não foi pra praia
Pra inveja de outras prendas
Ficou na cidade, rodando saia
19-01-2011
Erva
Generoso, o mar
Vem para lamber-me os pés
Sou o desejo de ser e estar
A bomba do seu tereré
19-01-11
Vem para lamber-me os pés
Sou o desejo de ser e estar
A bomba do seu tereré
19-01-11
Moda
Suas questões, suas são
As minhas
Você não se mete com elas
Navegamos,
Atracados no cais
....................................................
Mode
Deine Sache
Die sind nur deine
Meine
Hast damit nichts zu tun
So segeln wir
Am Kai angelegt
19-01-11
As minhas
Você não se mete com elas
Navegamos,
Atracados no cais
....................................................
Mode
Deine Sache
Die sind nur deine
Meine
Hast damit nichts zu tun
So segeln wir
Am Kai angelegt
19-01-11
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
One way
"Apaixonando-se", não é apenas um verbo pentelho-reflexivo qualquer
É também um Gerúndio
Que ainda não percebeu
Que é tarde demais para voltar atrás...
18-01-2011
É também um Gerúndio
Que ainda não percebeu
Que é tarde demais para voltar atrás...
18-01-2011
domingo, 16 de janeiro de 2011
Tempestades, Mares, Lampejos, Calmarias
Amor, Romã
Bolhas de sabão
Vagas? Sim, existem, entrada pelos nossos átrios, à esquerda
Ou pelas nossas cicatrizes
16-01-2011
Bolhas de sabão
Vagas? Sim, existem, entrada pelos nossos átrios, à esquerda
Ou pelas nossas cicatrizes
16-01-2011
Meias de lã
Sentávamos
Um frente ao outro
Na labuta
Ela me queria canalha
Eu a desejava puta
Nas horas preguiçosas do dia
Quanto mais ela apertava suas coxas
Mais o serviço rendia
16-01-2011
Um frente ao outro
Na labuta
Ela me queria canalha
Eu a desejava puta
Nas horas preguiçosas do dia
Quanto mais ela apertava suas coxas
Mais o serviço rendia
16-01-2011
Rareza
Até parece coisa de conto de fada
Depois de você trabalhar um dia inteiro
Chegar em casa, encontrar escrito no bolo: PAZ
Com letras de açúcar de confeiteiro
16-01-2011
Depois de você trabalhar um dia inteiro
Chegar em casa, encontrar escrito no bolo: PAZ
Com letras de açúcar de confeiteiro
16-01-2011
Estilhaços em "p"
A máquina detesta ser desligada
Quando está triturando
papéis poemas poetas
16-01-2011
Quando está triturando
papéis poemas poetas
16-01-2011
Vento
Ele me traz um recado de domingo
Sentimento
joga sem regulamento
Acontece até quando se está dormindo
É bom sempre estar atento
Sonhos, nem sempre são lindos
Mas não sentir é o pior lamento
16-01-2011
Sentimento
joga sem regulamento
Acontece até quando se está dormindo
É bom sempre estar atento
Sonhos, nem sempre são lindos
Mas não sentir é o pior lamento
16-01-2011
sábado, 15 de janeiro de 2011
Lavor em relevo
Num passo brando de dança
Mãos arrastam meus olhos e sua calça, cintura acima
Bordam desígnios na laje os saltos da graça
Até a inevitável dobra na esquina
Sua silhueta evapora, o rádio canta, o rádio cala
Enlevado pelas artimanhas do clima
15-01-11
Mãos arrastam meus olhos e sua calça, cintura acima
Bordam desígnios na laje os saltos da graça
Até a inevitável dobra na esquina
Sua silhueta evapora, o rádio canta, o rádio cala
Enlevado pelas artimanhas do clima
15-01-11
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
Óleo sobre tela
Pra dizer o bem que lhe quero
Não preciso de um verso com rima
Mas um que seja sincero
Se não brotar a cadência na prosa
Me inspiro no seu perfume de rosa
Bálsamo para peito em ferida
Pra dizer o bem que lhe quero
Eu pinto um céu em nuanças de vida
14-01-2011
Não preciso de um verso com rima
Mas um que seja sincero
Se não brotar a cadência na prosa
Me inspiro no seu perfume de rosa
Bálsamo para peito em ferida
Pra dizer o bem que lhe quero
Eu pinto um céu em nuanças de vida
14-01-2011
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Batida de martelo
Alvoroço
Na quadra, o café da manhã é interrompido por um S.O.S.
Uma coruja, voando baixo, bate nos fios de alta tensão
Ela é levada ao veterinário da praia, ele mantém uma U.T.I. nos fundos da casa
Sangra pelo bico e por um olho, asa quebrada, primeira avaliação
Se não desnucou, tem cura, mas nunca mais vai voar
Virá o veredicto, instala-se o luto
12-01-2011
Na quadra, o café da manhã é interrompido por um S.O.S.
Uma coruja, voando baixo, bate nos fios de alta tensão
Ela é levada ao veterinário da praia, ele mantém uma U.T.I. nos fundos da casa
Sangra pelo bico e por um olho, asa quebrada, primeira avaliação
Se não desnucou, tem cura, mas nunca mais vai voar
Virá o veredicto, instala-se o luto
12-01-2011
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Bom agouro
O pó acumula-se sobre os chapéus no cabideiro
A testa nua refresca-se ao sabor do vale
Palha à Lã, contemplo o trabalhador na lida
Toco a grama triturada, molhadamanhecida
O fio da roçadeira poupa o besouro sonolento
Que parece estar no seu ciclo de sorte
10-01-11
A testa nua refresca-se ao sabor do vale
Palha à Lã, contemplo o trabalhador na lida
Toco a grama triturada, molhadamanhecida
O fio da roçadeira poupa o besouro sonolento
Que parece estar no seu ciclo de sorte
10-01-11
domingo, 9 de janeiro de 2011
sábado, 8 de janeiro de 2011
Erwartungen
Frhöliche Nacht, heilige Nacht
Hoffnung auf einen Wunder
Kommen aber massive Dosen vom Quatsch
08-01-11
Hoffnung auf einen Wunder
Kommen aber massive Dosen vom Quatsch
08-01-11
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Magia
Conta com a sorte, ao vislumbrar a poesia
Que paira no ar desapercebida
Com o tempo, você terá de ser forte
Porque ela vai querer permanecer sumida
06-01-11
Que paira no ar desapercebida
Com o tempo, você terá de ser forte
Porque ela vai querer permanecer sumida
06-01-11
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Poderosa
Toda branca, ou Toda rosa
Flocosa
É falso
05-01-11
Flocosa
De nome Mimosa
É falso
Que flor no asfalto não vinga
Rósea
Bracatinga
05-01-11
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
sábado, 1 de janeiro de 2011
Fábula
"Acho que ontem comi uma cigarra "...cai em si a formiga
Ao se defrontar, no espelho ,com o amasso na cara
01-01-11
Ao se defrontar, no espelho ,com o amasso na cara
01-01-11
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