segunda-feira, 11 de abril de 2011

Rap dos canteiros

Diz aí, o que agita você

Van Gogh sem a orelha
Bolsa de grife
As coxas da mulata

Se você escala ou surfa
Se não é um destilado
A letra de um bom samba
Um sonho melecado
O seu novo catamarã

Pode ser um carro
Um loteamento fechado
Uma nova marca de cigarro

Diz aí, o que mexe com você
A alegria de uma creche
A agonia de um outsider
Uma ceva bem gelada

Se não é heroína
Na colher ou na TV
Diz aí, quem é você
Com o que que você se ocupa
Qual sua marca de chiclete

Um langerie que te acolha
Uma cachaça de rolha
Barba de quarenta e oito horas
Suas(eus) amigas(os) do minuto
O próximo inimigo

A final do campeonato
Como "aplicar" o seu elástico, pra tocar a vida em frente
A sua reciclagem de plástico

Apesar de ser um produto
De um próximo projeto
Você vai ser cremado(a)
Ou vai virar adubo

E tudo vai recomeçar
A partir de um dejeto

11-04-11

Um comentário:

  1. Não haveriam palavras se houvesse a necessidade
    de descrever a magia... desse teu doce solar... ♥

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