Viageiros

Sabe-se, ambos chegam e partem
Retornam e vão-se embora novamente
A felicidade e o amor parecem gente

30-11-2013

Fundamental é mesmo...

Não quero dividir
Muito menos multiplicar
Não penso em somar, ou diminuir

Só quero beijar

29-11-2013

Quesito

Amaria a dor
O andarilho

Louco
                         
Nobre bardo
Amador

28-11-2013

Voz do vento I

Vira, vira
Amor vira Roma
Vira mar, vira ano
Solta a bagagem, iça as velas

Nova peça
Atenção no palco, sobe o pano!

24-11-2013

Ao despertar

Flecha-me
O
Carmim

23-11-2013

Fábula III

Chamava-se João
Não era o sol do dia
Muito menos salvação
Apenas mais um humano, sem garantias

Dar-se-ia sempre o respeito
Valorizando o que lhe desse prazer
Se não gostassem do seu jeito
Que batessem em outra porta, que se haveria de fazer...

20-11-2013

Poema solto

Por que limitar a criatividade
Se o rio flui em liberdade

Pra que enlatar o sentimento
Quando o verso nasce livre como o vento

Vírgulas pronomes pontos e acentos
São de alma isentos


É preciso dizer NÃO!

Aos regulamentos

18-11-2013

Pirilâmpada

Acende e apaga
O lume
Que não vaga

16-11-2013

Chocolate

Você vai dizer que sou alienado
Porque não ligo para o imediatismo da cultura de massa

Será que o tempo dispara só pra mim?

Igual a você, viajo nele
Só que fiel ao samba, ao blues
Gosto do chocolate, quando ele se demora na boca

13-11-2013

Pomarpoema

Do humo, dos versos
Depende o pomar

11-11-2013

Fotografia, novembro de 2013

Cais do porto

A cidade 

Grita

A cidade 

Se cala

Ela sufoca 

Minha fala

As ruas sussurram
Que é hora de ir

Preciso partir

Amo a cidade

Mas por enquanto

Ela 

Nada mais me diz

10-11-2013

jlcalliari
Copenhagen

Braços

Brotam pontes de mim
Que estendem-se às desconhecidas vozes

Como pode
Se inexistem pavimentos

09-11-2013

Future

G r e e n

G r e e _

G r e _ _

G r _ _ _

G  _ _ _ _

_ _ _ _ _ _



07-11-2013

Fotografia, outubro de 2013

Observações do Vazio

Tudo que é maduro
Está mais perto do podre

Até o amor

06-11-2013

Charco

Repousamos sobre o alicerce movediço dos vocábulos
Alguns mostram-se turvos, porém
São mercadorias
Vendem-se em brandas prestações
Para que recomecem nas compras seguintes as angústias

Das megeras palavras há fornecedores que, ao mesmo tempo, são clientes
Talvez, alguns embrulhem-nas em papel presente e enviem o pacote para si mesmos
Com felizes votos de: "Passagem em vão"!

Há aquelas que doam-se, para nosso júbilo e nossa sorte

05-11-2013

Vice-versa I

Sexo não é acrobacia

04-11-2013

Dos ímpetos

Os sabiás estão
De se colher com a mão

03-11-2013

Consiliu

Dor  de solidão é a mesma do desamor
Do amor mofado, da indiferença

Desnecessários são os conselhos

Apenas, precisamos sentir o que roça nossa pele
Seja espinho
Seja pétala

01-11-2013

Professor

Na dor, na doce melancolia
Na tristeza, ou na alegria

Sou mero observador
Aluno das cenas do dia

01-11-2013