À direita da entrada, uma pequena rampa dá acesso à sala
Está ali no canto, ao lado da televisão
Nunca se acostumou com ela pela manhã
Beijo-lhe a testa, depois a face
Estendo as mãos, abraço, apalpo seus braços pra reter o tempo
Nunca reclama de nada, meu espelho
Tem de ser dor de derrubar, de parar em hospital
Enganamos lágrimas num passeio ao passado e ao futuro
Não há muito a dizer, está lúcido e ciente."As coisas são, como são". Sorri e ensaia piadas.
Chamam para o almoço, estamos nos despedindo
16-02-11
Assinar:
Postar comentários (Atom)
(foi como - imagino - com o meu pai,
ResponderExcluirembora ele tenha ido antes de eu completar 4 anos, a sensação que tenho é que teria sido assim a nossa relação hospitalar... se houvesse)
uma crônica versada nas palavras escondidas.
bonito, luis.
Que lindo, João!
ResponderExcluirA beleza do versar a dor mais doce do coração,
a despedida breve, de quem tem o espelho d'alma,
e da coragem, só a razão,
posto que nem se sabe o nada,
nem o tudo que se precisava!
Belíssimo, querido...