Se, um dia,
lhe agradar um poema
Vou lê-lo
até meus olhos cansarem
Farei dele meu travesseiro de penas
E se, por acaso, perguntarem
Por que assim,
a imaginar, eu me atrevo
Diga que não é pra mim
Mas pra você que eu escrevo
24-02-10
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Retrô
à Ana Cristina César (1952-83), pela inspiração
I
Anfitriã
Noturno esconderijo,
oNde o orvalho sussurra adjetivos,
Por entre nesgas de luz
Ora da lua, ora da rua
Dribla suas folhas escuras
Para lamber convidados
II
Seringueira,
Dama da esquina, charme do bairro
Guardiã
De encantadores, impublicáveis prefácios
Em noites
De casais enamorados
23-02-2010
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Diana
Aquele brilho,
de discrição disfarçado, é das mulheres raras
É como um blues,
que torna fardos mais leves
Aqueles suaves movimentos,
catalizadores de hormônios
Fazem habitantes das planícies
Querer brincar de caça e caçador
20-02-10
de discrição disfarçado, é das mulheres raras
É como um blues,
que torna fardos mais leves
Aqueles suaves movimentos,
catalizadores de hormônios
Fazem habitantes das planícies
Querer brincar de caça e caçador
20-02-10
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Cheiros de infância
Eu acordei com narinas de baunilha
Envolvidas por aromas de cravo e canela
Uma voz me chama
pra lamber as panelas
que o doce tá pronto pro forno
Eu acho que tem merengue, calda de ameixa
Montanha Russa?
As pás da batedeira não param de perguntar
Quando a voz não chama canta uma reza,
com ela o bolo cresce bonito
Parece um poema nascendo
01-02-10
Envolvidas por aromas de cravo e canela
Uma voz me chama
pra lamber as panelas
que o doce tá pronto pro forno
Eu acho que tem merengue, calda de ameixa
Montanha Russa?
As pás da batedeira não param de perguntar
Quando a voz não chama canta uma reza,
com ela o bolo cresce bonito
Parece um poema nascendo
01-02-10
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