Papéis
e mais papéis
Estuda-se tanto
para assiná-los
Papéis e mais papéis
até o próximo big bang..
31-12-09
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Quimera das tardes abafadas
Hermético, travado
Virado em mordaça
É tudo o que me define,
quando à mercê da tarde brasa,
Tarde que inveja noite,
deserto sem oásis,
Antítese de mar
Eu queria ser chuva,
benção do vento,
Queria cuidar do teu pomar
21-12-09
Virado em mordaça
É tudo o que me define,
quando à mercê da tarde brasa,
Tarde que inveja noite,
deserto sem oásis,
Antítese de mar
Eu queria ser chuva,
benção do vento,
Queria cuidar do teu pomar
21-12-09
sábado, 19 de dezembro de 2009
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Queixa de Rua (de um cuidador de cachorro)
Fim da picada é levar cachorro de rico pra mijar !
14-12-09
14-12-09
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Dos bens de Frigga
Quando cansa de suas jóias,
Frigga arma,
no alto da montanha,
um tablado
Flamenco nada lhe toca,
Vinho? Despreza
Fulla recusa-se
a tomar conta das danças,
nas noites em que neva adoidado
Então Frigga volta-se para seu ouro,
seus diamantes,
Para seus segredos guardados
15-12-09
Frigga arma,
no alto da montanha,
um tablado
Flamenco nada lhe toca,
Vinho? Despreza
Fulla recusa-se
a tomar conta das danças,
nas noites em que neva adoidado
Então Frigga volta-se para seu ouro,
seus diamantes,
Para seus segredos guardados
15-12-09
domingo, 13 de dezembro de 2009
A mulher do barbeiro
Moravam do outro lado da praça, pertinho da barbearia.
O marido colecionava navalhas.
Carregava uma, permanentemente, no bolso da camisa,
como se fosse um amuleto.
Se sua mulher era elétron, o Belico era próton.
Estavam apaixonados, a mulher do barbeiro e o Belico
E, nas tardes insuportáveis de verão,
enquanto o marido trabalhava, eles se amavam.
Ela, quando de quatro, na beirada da cama,
enxergava o paraíso, desde que fosse com o Belico.
Além do que, ela o tinha como o rei das preliminares.
O Belico se achava esperto. Tinha um amigo engraxate que ficava de prontidão, frente à barbearia.
Em caso de perigo,
enquanto estivesse na cama com ela, o guri lascava um
assobio característico, inimitável.
Naquele dia de quarenta graus, o guri descuidou.
Abandonou o posto e foi comprar um sorvete.
O barbeiro, louco de sede, resolveu ir até em casa
pra beber uma limonada.
Ela, de quatro na beira da cama, o Belico em pé. Ambos no céu.
O Belico despertou do transe quando
ouviu passos na sala.
Quando chegou à janela, o barbeiro segurava a peça
de sua coleção na mão.
Pelado, com meio corpo para fora do parapeito da janela, o Belico sentiu a nádega queimar. Ela resfriava, à medida que corria em disparada pela rua.
Nunca quis fazer uma plástica o Belico.
Nem queria esquecer aquela mulher. Manteve, até morrer , aquela cicatriz como troféu.
13-12-09
sábado, 12 de dezembro de 2009
Blues para Jim Morrison
Andava longe de casa
Homem das ruas
Íntimo do vento
Das árvores
Do espírito dos passantes
Da lua
Da negra alma do blues
O calo no pé do Juautoritarismo da América
Lutava contra as guerras
Pela sua paz interior, em busca da luz
Encontraram
O discípulo de Baudelaire
Exilado
Em um hotel de Paris
Na banheira, estirado
Foi sua noite
Sem bis
......
Paris, ano 2000
Na sepultura dele
Homem das ruas
Íntimo do vento
Das árvores
Do espírito dos passantes
Da lua
Da negra alma do blues
O calo no pé do Juautoritarismo da América
Lutava contra as guerras
Pela sua paz interior, em busca da luz
Encontraram
O discípulo de Baudelaire
Exilado
Em um hotel de Paris
Na banheira, estirado
Foi sua noite
Sem bis
......
Paris, ano 2000
Na sepultura dele
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Das ambições
Fotografo em preto e branco
Revelo em laboratório restrito
Um escuro, logo claro
Metamorfose sem reverso
Diferente delas,
muitas outras fotos rumam ao sucesso,
às calçadas da fama
Revelo em laboratório restrito
Um escuro, logo claro
Metamorfose sem reverso
Diferente delas,
muitas outras fotos rumam ao sucesso,
às calçadas da fama
Como personagens de um folhetim colorido
As minhas bicolores se
bastam no porta retrato
As minhas bicolores se
bastam no porta retrato
Tem a alegria breve,
de um momento vivido
09-12-09
09-12-09
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Anestésico
Zune a broca maldita
Como se fosse a dona
do quarteirão
É o alerta
Enquanto minha vez não chega
Tenho tempo para mais um poema
03-12-09
Como se fosse a dona
do quarteirão
É o alerta
Enquanto minha vez não chega
Tenho tempo para mais um poema
03-12-09
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Do molde dos lábios
Tuas florestas, tuas aves são raras
Sem sorte, são os que não percebem teus versos tropicais
Os atentos a eles, envolvem-se com a beleza de tuas praias
O rodado da tua saia
Eles tem a certeza de serem os donos das ilhas
Veem as maravilhas, como nos poemas de Cecília
Deixa estar, amor
O tempo envelhece os mortais
A ti, ele acaricia
Jamais verás casas vazias
02-12-09
Sem sorte, são os que não percebem teus versos tropicais
Os atentos a eles, envolvem-se com a beleza de tuas praias
O rodado da tua saia
Eles tem a certeza de serem os donos das ilhas
Veem as maravilhas, como nos poemas de Cecília
Deixa estar, amor
O tempo envelhece os mortais
A ti, ele acaricia
Jamais verás casas vazias
02-12-09
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Consumistas secretos
Evitaria, desta vez, balanços de finais de ano.
Escritorzinho barato !
Nada de críticas , nem as auto.
Morreria e deixaria viver,
não encheria o saco da felicidade, nem da pseudo.
No teu peito bate uma vitrine.
01-12-09
Escritorzinho barato !
Nada de críticas , nem as auto.
Morreria e deixaria viver,
não encheria o saco da felicidade, nem da pseudo.
No teu peito bate uma vitrine.
01-12-09
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