O basalto sugere um tabuleiro
Nunca fui bom no xadrez
Carrego uma agenda que apega-se a traços de nanquim
O instante em mim é um ramalhete de tulipas virtuais
31-05-2012
quinta-feira, 31 de maio de 2012
segunda-feira, 28 de maio de 2012
Profundidades matinais
Olho para o fundo do copo de requeijão e reflito:
Não preciso ser brilhante, preciso ser meus eus
28-05-2012
Não preciso ser brilhante, preciso ser meus eus
28-05-2012
domingo, 27 de maio de 2012
Maçã mordida
Navegas nos mares das polpas
Bicho do meu apreço
Mensageira das manhãs
Sou fogueira de junho
Na tarde, adormeço
Homem passado a limpo
Anoiteço em brasa
Até os cílios da tua madrugada
Pesarem de tanto querer
27-05-2012
Bicho do meu apreço
Mensageira das manhãs
Sou fogueira de junho
Na tarde, adormeço
Homem passado a limpo
Anoiteço em brasa
Até os cílios da tua madrugada
Pesarem de tanto querer
27-05-2012
quinta-feira, 24 de maio de 2012
quarta-feira, 23 de maio de 2012
terça-feira, 22 de maio de 2012
Estiagens e cheias
Não se explica o amor
Ele nasce fonte, deságua mar
A poesia não é cúmplice dele
Ela é arte
Bálsamo para as chagas
Somos as rachaduras na terra árida, as folhas na correnteza do rio
Os peixes que lutam contra ela
22-05-2012
Ele nasce fonte, deságua mar
A poesia não é cúmplice dele
Ela é arte
Bálsamo para as chagas
Somos as rachaduras na terra árida, as folhas na correnteza do rio
Os peixes que lutam contra ela
22-05-2012
domingo, 20 de maio de 2012
Lente
Ao confrontar-me com uma palavra do meu gosto
Ela se torna uma rainha
Um certo amor ascende-me
Bela, luminosa fonte
Grande angular
Amplia meus horizontes
20-05-2012
Ela se torna uma rainha
Um certo amor ascende-me
Bela, luminosa fonte
Grande angular
Amplia meus horizontes
20-05-2012
sábado, 19 de maio de 2012
sexta-feira, 18 de maio de 2012
Camuflagens
Caem máscaras à meia-noite nas portas de Paris
De mãos dadas, peste e cura rondam a cidade
Meu corpo nunca esteve ali no cadafalso
Talvez, a alma como um aríete invista sobre os portões da cidadela
Quando amanhece, nada se passa
São invisíveis as portas de Paris
18-05-2012
De mãos dadas, peste e cura rondam a cidade
Meu corpo nunca esteve ali no cadafalso
Talvez, a alma como um aríete invista sobre os portões da cidadela
Quando amanhece, nada se passa
São invisíveis as portas de Paris
18-05-2012
quinta-feira, 17 de maio de 2012
quarta-feira, 16 de maio de 2012
terça-feira, 15 de maio de 2012
domingo, 13 de maio de 2012
Despedidas
Ainda vejo sua face
Uma lágrima pronta pra seguir a outra, quando o ônibus partia
Ela era como a estrofe de um blues
Que fica ecoando nos alto-falantes das estações rodoviárias
Todas suas alegres e tristes aflições
A outra parte da canção, o refrão
Ia comigo pra capital, vive dentro de mim junto com ela
"Procure ser feliz, meu filho"!
13-05-2012
Uma lágrima pronta pra seguir a outra, quando o ônibus partia
Ela era como a estrofe de um blues
Que fica ecoando nos alto-falantes das estações rodoviárias
Todas suas alegres e tristes aflições
A outra parte da canção, o refrão
Ia comigo pra capital, vive dentro de mim junto com ela
"Procure ser feliz, meu filho"!
13-05-2012
sexta-feira, 11 de maio de 2012
Sublimitate
Veja a cerejeira
O tom do verde depois da chuva
Natureza que abranda luto
Repare na cor da terra
Se ela puder escolher, prefere paz
Em vez da guerra
A gente procurando pela cura
E ela sentada na areia, olhando o sol se pôr
11-05-2012
O tom do verde depois da chuva
Natureza que abranda luto
Repare na cor da terra
Se ela puder escolher, prefere paz
Em vez da guerra
A gente procurando pela cura
E ela sentada na areia, olhando o sol se pôr
11-05-2012
quinta-feira, 10 de maio de 2012
Pausa de si
Ela senta no vaso sanitário, ensaia uma pose inspirada no pensador de Rodin.
Um pavimento acima, a descarga da privada abafa o ruído do tráfego.
"Meu pai no sanatório, nunca fez mal a uma formiga", é tudo o que ela pensa
"Não deveria ser desse jeito", lamenta
Anseia pela hora da mudança.
Pela linha do Equador, pelos olhos do mar.
Um pavimento acima, a descarga da privada abafa o ruído do tráfego.
"Meu pai no sanatório, nunca fez mal a uma formiga", é tudo o que ela pensa
"Não deveria ser desse jeito", lamenta
Anseia pela hora da mudança.
Pela linha do Equador, pelos olhos do mar.
A lutadora ainda respira
10-05-2012
10-05-2012
quarta-feira, 9 de maio de 2012
Ter a Pia
Os trovões das candidatas às prefeituras das metrópoles nos põem insanos
Porém, botecos são acústicamente isolados
09-05-1012
Porém, botecos são acústicamente isolados
09-05-1012
terça-feira, 8 de maio de 2012
domingo, 6 de maio de 2012
sábado, 5 de maio de 2012
quinta-feira, 3 de maio de 2012
Recicláveis
Depoimento de trabalhador na esquina:
Cada vez mais, encontram-se alianças meio ao lixo seco
03-05-2012
Cada vez mais, encontram-se alianças meio ao lixo seco
03-05-2012
De Conchinha
A quem interessar possa
Nos invernos do sul
São bem-vindas as mulheres
De coxas grossas
03-05-2012
Nos invernos do sul
São bem-vindas as mulheres
De coxas grossas
03-05-2012
terça-feira, 1 de maio de 2012
Otário brasileiro
Paga as contas e se ferra
Honesto senhor, bom caráter
Com os impostos você se arrepia
Nasceu aqui, entrou numa fria
Na política, só serpente
Gente vivendo de sujo trôco
Você pensa que está louco
Bem-vindo ao lar doce lar
O último golpe rola na tela
Tranca o rango no bucho
Ou vai vomitar na janela
Volta quietinho pra sala
Manda os filhos pro quarto
Amanhã será um novo dia
Vai trabalhar! Vai Votar! Vai pagar o pato!
01-05-2012.....Dia do trabalho
Honesto senhor, bom caráter
Com os impostos você se arrepia
Nasceu aqui, entrou numa fria
Na política, só serpente
Gente vivendo de sujo trôco
Você pensa que está louco
Bem-vindo ao lar doce lar
O último golpe rola na tela
Tranca o rango no bucho
Ou vai vomitar na janela
Volta quietinho pra sala
Manda os filhos pro quarto
Amanhã será um novo dia
Vai trabalhar! Vai Votar! Vai pagar o pato!
01-05-2012.....Dia do trabalho
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