Às vêzes, inventa-se uma certa inveja, vinda dos outros
Para justificar uma latente mágoa, enrustida em si mesmo
29-12-2012
sábado, 29 de dezembro de 2012
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
Gula
Embora estivessem empanturrados, queriam mais, mais e mais...
Não bastasse, mostravam-se pedantes os "connaisseurs" em gastronomia,
aliados aos pomposos enochatos, digladiavam-se em conversas sem sentido
O chefe de cozinha pensou que era hora,
preparou pão francês, recheado com banha de porco e palha de aço
Foi alardeado e servido como especiaria
Exótico! Exótico!
Era o brado que vinha do salão
27-12-2012
Não bastasse, mostravam-se pedantes os "connaisseurs" em gastronomia,
aliados aos pomposos enochatos, digladiavam-se em conversas sem sentido
O chefe de cozinha pensou que era hora,
preparou pão francês, recheado com banha de porco e palha de aço
Foi alardeado e servido como especiaria
Exótico! Exótico!
Era o brado que vinha do salão
27-12-2012
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
sábado, 22 de dezembro de 2012
Nove milhões de dólares
Depois de acertar na mega sena, escrever lhe cansa
Pensa que inspiração é coisa de pobre
Pobre cabeça
22-12-2012
Pensa que inspiração é coisa de pobre
Pobre cabeça
22-12-2012
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Listinha (para entregar ao Papai Noel)
a) (Des)ordem no meu interior, porque paz mundial é utopia
b) Livros e discos
c) Um sistema menos perverso
d) Polpudos lábios vaginais, que remetam meu pensamento à bolinha de sorvete na casquinha, sem pazinha.
*Cada ítem, deve (incondicionalmente) trazer consigo o ítem "d".
19-12-2012
b) Livros e discos
c) Um sistema menos perverso
d) Polpudos lábios vaginais, que remetam meu pensamento à bolinha de sorvete na casquinha, sem pazinha.
*Cada ítem, deve (incondicionalmente) trazer consigo o ítem "d".
19-12-2012
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Norte
Vou remando na minha canoa
Na sorte de topar com uma aurora boreal
Se navego dentro de mim
Você lá está
Então rumo ao meu encontro
Independente do seu destino
18-12-2012
Na sorte de topar com uma aurora boreal
Se navego dentro de mim
Você lá está
Então rumo ao meu encontro
Independente do seu destino
18-12-2012
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
domingo, 16 de dezembro de 2012
Dos básicos saberes
Se você não é apicultor, não mexa com abelhas africanas
A não ser que você seja da opinião, de que vale a pena correr o risco
16-12-2012
A não ser que você seja da opinião, de que vale a pena correr o risco
16-12-2012
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Leveza do fardo
Uma pilha de livros no baú da sala
Um show musical na tela
Um par de tênis que não aperta
Um violão caminha pela casa
Hoje, se puder
Não faço mais nada
Nem mesmo um poema
11-12-2012
Um show musical na tela
Um par de tênis que não aperta
Um violão caminha pela casa
Hoje, se puder
Não faço mais nada
Nem mesmo um poema
11-12-2012
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Treze horas e cinquenta e sete minutos
Venta, por trás
De frente, de ambos os lados
Do preto para o verde
Deságua o céu em Gramado
07-12-2-12
De frente, de ambos os lados
Do preto para o verde
Deságua o céu em Gramado
07-12-2-12
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
As portas de Jim Morrison
A paz da Faixa de Gaza
Descansa no Père Lachaise em Paris
Enterrada na cova rasa
05-12-2012
Descansa no Père Lachaise em Paris
Enterrada na cova rasa
05-12-2012
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
domingo, 2 de dezembro de 2012
Antes e depois II
GRE-nal.................................gre-NAL
02-12-2012 ....Último e histórico jogo, pré-implosão do estádio olímpico.
02-12-2012 ....Último e histórico jogo, pré-implosão do estádio olímpico.
sábado, 1 de dezembro de 2012
Conjunto dela
Sapato cor de areia na minha praia
Combinando com a preta de rendinha
Quero que, o mundo de inveja caia
Pra saudar minha rainha
01-12-2012
Combinando com a preta de rendinha
Quero que, o mundo de inveja caia
Pra saudar minha rainha
01-12-2012
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
Comboio de Utrecht
Sextas e sábados à la Otis Rush
Sair da cidade, entrar em bares que margeiam ferrovias
Eles dizem que é somente um jogo, uma proposta
Eu não sei o que é o amor
Nem procuro uma resposta
Espero o apito da fábrica, vou no primeiro trem
Não viaja dor nesse comboio
Nem é tristeza que me afasta
Quando a brisa da tarde se cala
A voz da noite é quem me arrasta
30-11-2012
Sair da cidade, entrar em bares que margeiam ferrovias
Eles dizem que é somente um jogo, uma proposta
Eu não sei o que é o amor
Nem procuro uma resposta
Espero o apito da fábrica, vou no primeiro trem
Não viaja dor nesse comboio
Nem é tristeza que me afasta
Quando a brisa da tarde se cala
A voz da noite é quem me arrasta
30-11-2012
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
Segunda-feira III
A segunda-feira
Deveria imitar o domingo
Aparecer lá em casa
Como quem nada quer
Tomar seu café na cama
Mudar de nome
Em vez de Dia
Seria Mulher
26-11-2012
Deveria imitar o domingo
Aparecer lá em casa
Como quem nada quer
Tomar seu café na cama
Mudar de nome
Em vez de Dia
Seria Mulher
26-11-2012
domingo, 25 de novembro de 2012
A cereja dos domingos
Das dezoito às vinte e trinta horas
A melancolia atinge múltiplos orgasmos
25-11-2012
A melancolia atinge múltiplos orgasmos
25-11-2012
?(Predadores)
É inútil, surfarmos nas ondas da indiferença
Somos um livro esquecido, onde as palavras se ausentaram
Porque cansaram de nos definir
Dependemos de uma porta
Que nos liberte do nosso interno labirinto
Sonhadores é o que somos, temos infinitas perguntas
Mas as respostas nos esnobam
25-11-2012
Somos um livro esquecido, onde as palavras se ausentaram
Porque cansaram de nos definir
Dependemos de uma porta
Que nos liberte do nosso interno labirinto
Sonhadores é o que somos, temos infinitas perguntas
Mas as respostas nos esnobam
25-11-2012
sábado, 24 de novembro de 2012
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
Semear
Quem ama (ou amou) sabe
No time da faculdade não há professor
Que domine a matéria do amor
Despedir-se do barco que sai para o mar
Abençoar as velas, navegar no colo do vento
Servir no topo do mastro como sentinela
Como doi o peito
De quem tem amor pra dar jeito
23-11-2012
No time da faculdade não há professor
Que domine a matéria do amor
Despedir-se do barco que sai para o mar
Abençoar as velas, navegar no colo do vento
Servir no topo do mastro como sentinela
Como doi o peito
De quem tem amor pra dar jeito
23-11-2012
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
Devolva-me
Se você me encontrar
Por favor, devolva-me
Perdi-me na busca
Tornei-me servo de canções
De poetas, vagabundos que trabalham
Muito facilmente, perco-me
Quando você me encontrar
Devolva-me
16-11-2012
Por favor, devolva-me
Perdi-me na busca
Tornei-me servo de canções
De poetas, vagabundos que trabalham
Muito facilmente, perco-me
Quando você me encontrar
Devolva-me
16-11-2012
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
sábado, 10 de novembro de 2012
Jabuticabas
I
O domingo lamenta-se
Parece um cantor andaluz
Na cidade não rola jazz
Tampouco jam sessions de blues
II
De repente, ela chega
Tão linda
Que o dia pede perdão
Olhos cor da jabuticaba madura
Veste jeans, salto alto
Pele de seda pura
III
Traz no peito
A quietude da mulher inquieta
Seus desejos alimentam versos
Para que a noite descortine-se em festa
10-11-2012
O domingo lamenta-se
Parece um cantor andaluz
Na cidade não rola jazz
Tampouco jam sessions de blues
II
De repente, ela chega
Tão linda
Que o dia pede perdão
Olhos cor da jabuticaba madura
Veste jeans, salto alto
Pele de seda pura
III
Traz no peito
A quietude da mulher inquieta
Seus desejos alimentam versos
Para que a noite descortine-se em festa
10-11-2012
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Alberto e os girassóis
Alberto não suporta que adocem seu café
Tomado de gentilezas
Joga algumas sementes de girassol no jardim do vizinho
Ele não sabe
Tomado de gentilezas
Joga algumas sementes de girassol no jardim do vizinho
Ele não sabe
Mas o vizinho detesta girassóis
07-11-2012
07-11-2012
Nevoeiro
Toque a cortina! Apareça na janela!
Está pronta tua alegoria
Abra as pálpebras!
Assim, revelas as cores do dia
Venha, senhor Amarelo
O filho de um pássaro está por nascer
Dentre os astros, o mais belo
Se és rei, aquece-o com teu jeito de ser
07-11-2012
Está pronta tua alegoria
Abra as pálpebras!
Assim, revelas as cores do dia
Venha, senhor Amarelo
O filho de um pássaro está por nascer
Dentre os astros, o mais belo
Se és rei, aquece-o com teu jeito de ser
07-11-2012
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
domingo, 4 de novembro de 2012
Mídia
Uma nave extra-terrestre aporta aqui
Como se fosse um circo, seus tripulantes vagam de cidade em cidade
Querem transformá-los em celebridades
Preferem fugir para outro planeta
Consideram-se artistas, de verdade
04-11-2012
Como se fosse um circo, seus tripulantes vagam de cidade em cidade
Querem transformá-los em celebridades
Preferem fugir para outro planeta
Consideram-se artistas, de verdade
04-11-2012
Breves traduções
Me deixa..............Me beija
Me chama.................Me ama
Me abraça, quer dizer: Não sei
Tô com dor de cabeça............Não tô a fim
Deixa de frescura!..................Vai carpir uma horta!
04-11-2012
Me chama.................Me ama
Me abraça, quer dizer: Não sei
Tô com dor de cabeça............Não tô a fim
Deixa de frescura!..................Vai carpir uma horta!
04-11-2012
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
Dos mestres
No ginásio (ensino fundamental), quase todo professor ganha um apelido.
Lembro muito bem do geadinha, assim chamado por causa de seus cabelos grisalhos.
Foi dele a observação, em classe, de que eu era íntimo das redações. É claro, encabulei.
Apreciávamos a riqueza de seu vocabulário. Com o passar dos anos, passamos a admirá-lo por sua humildade, cultura e sabedoria.
Ao contrário de outros mestres, jamais foi indelicado, sem deixar de ser severo (quando necessário).
O que ele não disse, era que eu teria de conviver com o medo--permanente--de ser abandonado pelas palavras.
02-11-2012
Lembro muito bem do geadinha, assim chamado por causa de seus cabelos grisalhos.
Foi dele a observação, em classe, de que eu era íntimo das redações. É claro, encabulei.
Apreciávamos a riqueza de seu vocabulário. Com o passar dos anos, passamos a admirá-lo por sua humildade, cultura e sabedoria.
Ao contrário de outros mestres, jamais foi indelicado, sem deixar de ser severo (quando necessário).
O que ele não disse, era que eu teria de conviver com o medo--permanente--de ser abandonado pelas palavras.
02-11-2012
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
sábado, 27 de outubro de 2012
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Desde a placenta
Enquanto nadamos
Contra e a favor da correnteza
Aconselha-se
A tirar o melhor proveito desta vida
Procurando nela a Beleza
Mesmo que esteja escondida
26-10-2012
Fotografia, jlcalliari
Contra e a favor da correnteza
Aconselha-se
A tirar o melhor proveito desta vida
Procurando nela a Beleza
Mesmo que esteja escondida
26-10-2012
Fotografia, jlcalliari
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Raptor
O Rio de Janeiro atrai muitos amores
Outros tantos conquistará
O que tem ele, que eu não tenho
Nem carece perguntar
Tenho ciúme desse Rio
Seu carisma é tanto que me aflige
Chama as musas para perto
Deixa o ponto de interrogação no meu cabide
Quem sabe, um dia eu me mude pra lá
Inspire-me
Onde Vinícius de Moraes escrevia, de punho
Só não sei se vai dar certo
O Rio é de Janeiro
Eu sou de junho
24-10-2012
Outros tantos conquistará
O que tem ele, que eu não tenho
Nem carece perguntar
Tenho ciúme desse Rio
Seu carisma é tanto que me aflige
Chama as musas para perto
Deixa o ponto de interrogação no meu cabide
Quem sabe, um dia eu me mude pra lá
Inspire-me
Onde Vinícius de Moraes escrevia, de punho
Só não sei se vai dar certo
O Rio é de Janeiro
Eu sou de junho
24-10-2012
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Poemagma
Vem queimando as veias
Em erupção
Meu sangue se parece com um "morreria, ainda bem que não"
Traveste-se de felicidade, até que resfrie
23-10-2012
Em erupção
Meu sangue se parece com um "morreria, ainda bem que não"
Traveste-se de felicidade, até que resfrie
23-10-2012
domingo, 21 de outubro de 2012
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
Dó, ré, mi e tem Sol
Ao volante é que chegam a mim pequenos receios
Assisto o filme de minha memória no para-brisa
Ladeado por um colorido natural, que engole o asfalto
Por segundos, os retrovisores concedem-me o perdão
A magia , que vem do rádio, devolve-me à realidade
Então, eu me pergunto:
De que planeta vieram certos iluminados compositores?
19-10-2012
Assisto o filme de minha memória no para-brisa
Ladeado por um colorido natural, que engole o asfalto
Por segundos, os retrovisores concedem-me o perdão
A magia , que vem do rádio, devolve-me à realidade
Então, eu me pergunto:
De que planeta vieram certos iluminados compositores?
19-10-2012
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Tudo bem
Pra me machucar
Vieram me contar
Que tens alguém
E eu, tudo bem
Mentira
Pra te esquecer
Vieram me dizer
Que tuas pernas
Outras entrelaçam
Que tuas coxas
Roçam outros pêlos
E eu, tudo bem
Mentira
Pra me resgatar
Vieram buzinar
Que despertas com alguém
Amas esse alguém
E eu, tudo bem
Mentira
Vieram me matar
Que isso não se faz
Que sou geminiana
Que tenho vinte e poucos anos
Que quero ser feliz
Que saudade é vão
Dentro de abismo
Dentro de outro vão
Dentro de mim, vazia
E eu , tudo bem
Mentira
17-10-2012
Vieram me contar
Que tens alguém
E eu, tudo bem
Mentira
Pra te esquecer
Vieram me dizer
Que tuas pernas
Outras entrelaçam
Que tuas coxas
Roçam outros pêlos
E eu, tudo bem
Mentira
Pra me resgatar
Vieram buzinar
Que despertas com alguém
Amas esse alguém
E eu, tudo bem
Mentira
Vieram me matar
Que isso não se faz
Que sou geminiana
Que tenho vinte e poucos anos
Que quero ser feliz
Que saudade é vão
Dentro de abismo
Dentro de outro vão
Dentro de mim, vazia
E eu , tudo bem
Mentira
17-10-2012
domingo, 14 de outubro de 2012
Traços da noite
Na penumbra
As curvas do violãozinho remetem à escala musical
Ousa-se
Pela fresta da persiana uma nesga de luz
É quando
Seu corpo deixa escapar um último Lá (maior).
14-10-2012
As curvas do violãozinho remetem à escala musical
Ousa-se
Pela fresta da persiana uma nesga de luz
É quando
Seu corpo deixa escapar um último Lá (maior).
14-10-2012
sábado, 13 de outubro de 2012
Poema singelo
Minha visão de mundo
É a mesma que você sonha
Sem correrias medonhas
Nem egoísmos profundos
Nada mais nos toca
Quem sabe, um novo planeta, novo sistema
Talvez, voltar para as ocas
Aqui, é agora!
Competição e consumo
Adulto não é criança
Por isso, não muda o rumo
12-10-2012
É a mesma que você sonha
Sem correrias medonhas
Nem egoísmos profundos
Nada mais nos toca
Quem sabe, um novo planeta, novo sistema
Talvez, voltar para as ocas
Aqui, é agora!
Competição e consumo
Adulto não é criança
Por isso, não muda o rumo
12-10-2012
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Nadiesda
Certos nomes, quando concebidos
São envoltos em delicados mantos
Talham-se para o sussurro ao pé do ouvido
É como se a pluma de uma rara ave
Ousasse um passeio atrevido pelo corpo
Cada letra pronunciada
Corresponderia, da pele
A um arrepio
11-10-2012
São envoltos em delicados mantos
Talham-se para o sussurro ao pé do ouvido
É como se a pluma de uma rara ave
Ousasse um passeio atrevido pelo corpo
Cada letra pronunciada
Corresponderia, da pele
A um arrepio
11-10-2012
terça-feira, 9 de outubro de 2012
A des(h)armonia das coisas
O céu está repleto de nuvens indecisas
A grama, as árvores, as flores permanecem tímidas
O coro de bem-te-vis parece fora de tom
Mas como, não é primavera? (pergunto eu)
O allegro de um sabiá, em dissonância com a natureza, responde:
"Abra o coração, nós lhe revelamos o poema"
09-10-2012
A grama, as árvores, as flores permanecem tímidas
O coro de bem-te-vis parece fora de tom
Mas como, não é primavera? (pergunto eu)
O allegro de um sabiá, em dissonância com a natureza, responde:
"Abra o coração, nós lhe revelamos o poema"
09-10-2012
domingo, 7 de outubro de 2012
Roda de chuva
Banho na rua é como roda de samba que acontece de improviso
É atrasar a saideira
Esquecer o relógio a semana inteira
Pra se encantar com um sorriso
07-10-2012
É atrasar a saideira
Esquecer o relógio a semana inteira
Pra se encantar com um sorriso
07-10-2012
Coffee (with brandy) break
I
She walks around the Blues corners
It hurts her every step
II
She smiles, she fakes
But doesn't go back to the cage
III
To your arms
To your flaps
07-10-2012
Fotografia, outubro de 2016
She walks around the Blues corners
It hurts her every step
II
She smiles, she fakes
But doesn't go back to the cage
III
To your arms
To your flaps
07-10-2012
Fotografia, outubro de 2016
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
Monólogo
Essa coisa, de traçar objetivos...
Não sou eu, quem dá ritmo às horas
O dia percebe, eu sigo adiante
Do jeito dele
05-10-2012
Não sou eu, quem dá ritmo às horas
O dia percebe, eu sigo adiante
Do jeito dele
05-10-2012
terça-feira, 2 de outubro de 2012
Desvairados
Feito faca, o grafite risca a prancheta
A cabeça viaja para longe da sala de projetos
O mundo pulsa lá fora, a fábrica parece um presídio
Como são desvairados os sonhadores
Como são sonhadores os trabalhadores...
02-10-2012
A cabeça viaja para longe da sala de projetos
O mundo pulsa lá fora, a fábrica parece um presídio
Como são desvairados os sonhadores
Como são sonhadores os trabalhadores...
02-10-2012
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
De setembro para outubro
Se o mundo é um circo, os pensamentos dos escribas
Se assemelham às evoluções no picadeiro
01-10-2012
Se assemelham às evoluções no picadeiro
01-10-2012
domingo, 30 de setembro de 2012
Carta I
Nada de extra
existe nas linhas que desenho
Tudo de que falo
tu já sabes
Queria que fosse em papel de carta
então haveria uma novidade
Por ocasião da leitura
as tuas mãos tocariam as minhas
30-09-2012
existe nas linhas que desenho
Tudo de que falo
tu já sabes
Queria que fosse em papel de carta
então haveria uma novidade
Por ocasião da leitura
as tuas mãos tocariam as minhas
30-09-2012
sábado, 29 de setembro de 2012
Mar de calmaria
Não me levou com ele, o barco que passou pelo coração
Fiquei falando com o vento, pouco antes da rebentação
Ao sabor das marés, aguardo
Quando a névoa das tuas serras dissipar-se, venhas conhecer a minha face
Queimada de sol
29-09-2012
Fiquei falando com o vento, pouco antes da rebentação
Ao sabor das marés, aguardo
Quando a névoa das tuas serras dissipar-se, venhas conhecer a minha face
Queimada de sol
29-09-2012
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
terça-feira, 25 de setembro de 2012
sábado, 22 de setembro de 2012
Toca-discos, em breve
Eu tenho um toca-discos que funciona
Que mundo velho, esse novo
Deve haver uma porta, que abra para um céu despoluído
Sinto cheiro de anos setenta no ar
Teu corpo está coberto pelas flores estampadas no vestido
Bomba o amor nos acampamentos e bares
Do teu ventre nascerá um pacifista
22-09-2012
Que mundo velho, esse novo
Deve haver uma porta, que abra para um céu despoluído
Sinto cheiro de anos setenta no ar
Teu corpo está coberto pelas flores estampadas no vestido
Bomba o amor nos acampamentos e bares
Do teu ventre nascerá um pacifista
22-09-2012
terça-feira, 18 de setembro de 2012
Falso desamparo
As ruas do bairro não presenteiam-me com versos
Então, eu me recolho
Não há imagem que me atraia
As árvores do parque estão mais para o cinza
Já vai tarde o frio e não há borboletas
Parece que, os pássaros aliam-se a uma certa timidez
O que me desperta para o mundo, liberta-me
É o mistério por baixo das saias coloridas
O som do galopar dos saltos altos nas calçadas
Ah, meu coração cigano...
Rouba o pouco que resta (em mim) de sensatez
18-09-2012
Então, eu me recolho
Não há imagem que me atraia
As árvores do parque estão mais para o cinza
Já vai tarde o frio e não há borboletas
Parece que, os pássaros aliam-se a uma certa timidez
O que me desperta para o mundo, liberta-me
É o mistério por baixo das saias coloridas
O som do galopar dos saltos altos nas calçadas
Ah, meu coração cigano...
Rouba o pouco que resta (em mim) de sensatez
18-09-2012
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
terça-feira, 11 de setembro de 2012
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
domingo, 9 de setembro de 2012
Bolinho de chuva
Mesmo que você sele os ouvidos
Ao rufar dos tambores
Haverá uma janela no vestido
Aberta a seus chamados interiores
Mesmo que você negue acesso
Às entradas de seu cais
Serão cicatrizes suas feridas
Quando , na cama, você pedir mais
Mesmo que nunca aconteça
Que pela sua cabeça
O amor jamais tenha passado
Ouvir-se-á o eco nas esquinas
Respondendo ao seu amado
Mesmo que apaguem-se as luzes
Dos refúgios mais seguros
Você seguira poetas e cegos
Porque ambos enxergam no escuro
09-09-2012
Ao rufar dos tambores
Haverá uma janela no vestido
Aberta a seus chamados interiores
Mesmo que você negue acesso
Às entradas de seu cais
Serão cicatrizes suas feridas
Quando , na cama, você pedir mais
Mesmo que nunca aconteça
Que pela sua cabeça
O amor jamais tenha passado
Ouvir-se-á o eco nas esquinas
Respondendo ao seu amado
Mesmo que apaguem-se as luzes
Dos refúgios mais seguros
Você seguira poetas e cegos
Porque ambos enxergam no escuro
09-09-2012
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
domingo, 2 de setembro de 2012
Entre peles
Quem dera, o acaso nos brindasse
Com uma rara conspiração de estrelas
Ambos envoltos em camufladas ansiedades
Olhos no encalço dos olhos
Gestos mesclados ao eminente rebuliço
Uma desnecessidade de palavras
Os pilotos, esquecidos do relógio
Ligados no automático dos corpos
Depois, no bocejar da alvorada
..............................o aconchego
02-09-2012
Com uma rara conspiração de estrelas
Ambos envoltos em camufladas ansiedades
Olhos no encalço dos olhos
Gestos mesclados ao eminente rebuliço
Uma desnecessidade de palavras
Os pilotos, esquecidos do relógio
Ligados no automático dos corpos
Depois, no bocejar da alvorada
..............................o aconchego
02-09-2012
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
Lebres
Um trem perde os freios, descarrilha campo adentro
Como se fosse um míssil teleguiado
As lebres não se abalam, a comida é farta
Pastam por toda vida, sem reação, mesmo que o trem as atropele
31-08-2012
Como se fosse um míssil teleguiado
As lebres não se abalam, a comida é farta
Pastam por toda vida, sem reação, mesmo que o trem as atropele
31-08-2012
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
Miniconto mexicano
"Está tudo acabado entre nós", disseram eles (quase ao mesmo tempo)
Brotaram lágrimas dos olhos
Mas era de tanto cortar cebolas
29-08-2012
Brotaram lágrimas dos olhos
Mas era de tanto cortar cebolas
29-08-2012
domingo, 26 de agosto de 2012
Humildades
Algumas pessoas
Gostam de dinheiro em espécie
Algumas pessoas
Gostam de diamantes brutos e lapidados
Poetas também gostam
Estamos (humildemente) empatados
26-08-2012
Gostam de dinheiro em espécie
Algumas pessoas
Gostam de diamantes brutos e lapidados
Poetas também gostam
Estamos (humildemente) empatados
26-08-2012
sábado, 25 de agosto de 2012
Diz
Que os dias frios agonizam
Que a vida é valorosa, diz
Meu bem, diz que rumamos ao nosso encontro
Apesar das frases mudas, nosso leito está pronto
Que mesmo sem querer
Que existe uma enseada, onde nosso barco sossega
25-08-2012
Que a vida é valorosa, diz
Meu bem, diz que rumamos ao nosso encontro
Apesar das frases mudas, nosso leito está pronto
Que mesmo sem querer
a poesia lhe traduza o que pra mim ela nega
Que existe uma enseada, onde nosso barco sossega
25-08-2012
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
terça-feira, 21 de agosto de 2012
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
sábado, 18 de agosto de 2012
Sagrado
Notícias do bem querer pintam o céu com as cores da Portela
No rodar da saia do bem querer nasce a brisa de verão que passeia pela casa
Voz de bem querer amansa tempestades, é dia que vai dar praia
Jeito de bem querer da gente é brinde de ano novo
18-08-2012
No rodar da saia do bem querer nasce a brisa de verão que passeia pela casa
Voz de bem querer amansa tempestades, é dia que vai dar praia
Jeito de bem querer da gente é brinde de ano novo
18-08-2012
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
Professora
Se você surfar na maionese
Vai rolar nosso cantinho
Sendo exemplar na catequese
Idealizar em mim seu garotinho
15-08-2012
Vai rolar nosso cantinho
Sendo exemplar na catequese
Idealizar em mim seu garotinho
15-08-2012
terça-feira, 14 de agosto de 2012
Pluviometria
Abandona a cidade a falsa primavera
Negras nuvens trazem chuva, para lavar conformismos
Pedrão do Céu anda (deveras) ocupado
Cérebros viajam na Suíça, alucinados
Na minha rua, sabiás fumam um baseado
E o mundo segue, globalizado
14-08-2012
Negras nuvens trazem chuva, para lavar conformismos
Pedrão do Céu anda (deveras) ocupado
Cérebros viajam na Suíça, alucinados
Na minha rua, sabiás fumam um baseado
E o mundo segue, globalizado
14-08-2012
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
Não por acaso
Se você não percebeu
uma certa doçura no lamento
é porque houve sonegação de sentimento
13-08-2012
uma certa doçura no lamento
é porque houve sonegação de sentimento
13-08-2012
sábado, 11 de agosto de 2012
Pestana
Não sei
Talvez
Eu tenha sido encomendado na hora da siesta
Fato é, assim o sanfoneiro me chamava
11-08-2012
Talvez
Eu tenha sido encomendado na hora da siesta
Fato é, assim o sanfoneiro me chamava
11-08-2012
terça-feira, 7 de agosto de 2012
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
sexta-feira, 3 de agosto de 2012
Das minorias
O domínio do idioma local, pode ser um instrumento de defesa pessoal
Quando você não leva petulância alheia pra casa
03-08-2012
Quando você não leva petulância alheia pra casa
03-08-2012
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
Senhores das balas
Não foi bala perdida
Tinha remetente, usava terno e gravata
Da cabeça da morena
Na saída de um Banco
Um tiro, vindo de Brasília
Não sentiu a menor pena
Vinte e dois anos
Apesar de linda, não era a mulher maravilha
Como sobreviver, sem super poderes
Aos disparos de Brasília?
Se, nada muda pelo voto
E, ele nulo causa dores
Quem sabe, um dia, as balas voltem
Ao berço de seus senhores
01-08-2012
Tinha remetente, usava terno e gravata
Da cabeça da morena
Na saída de um Banco
Um tiro, vindo de Brasília
Não sentiu a menor pena
Vinte e dois anos
Apesar de linda, não era a mulher maravilha
Como sobreviver, sem super poderes
Aos disparos de Brasília?
Se, nada muda pelo voto
E, ele nulo causa dores
Quem sabe, um dia, as balas voltem
Ao berço de seus senhores
01-08-2012
domingo, 29 de julho de 2012
sexta-feira, 27 de julho de 2012
quarta-feira, 25 de julho de 2012
terça-feira, 24 de julho de 2012
segunda-feira, 23 de julho de 2012
domingo, 22 de julho de 2012
Carona noturna
Bentas madrugadas, vontade de se perder por aí
Vem o desejo de que retardem as primaveras
O corpo (quase inteiro) permanece -- ad eternum -- nos bares
O resto dele viaja na cabine do Expresso Oriente, dançando um blues
A gente é como aquela folha de plátano regida pelo vento
22-07-2012
Vem o desejo de que retardem as primaveras
O corpo (quase inteiro) permanece -- ad eternum -- nos bares
O resto dele viaja na cabine do Expresso Oriente, dançando um blues
A gente é como aquela folha de plátano regida pelo vento
22-07-2012
quarta-feira, 18 de julho de 2012
Entre coxas
Filme mudo
Vinho
Tinham mais nada
Além de um ao outro
Muito, no conceito de poucos
18-07-2012
Vinho
Tinham mais nada
Além de um ao outro
Muito, no conceito de poucos
18-07-2012
terça-feira, 17 de julho de 2012
Samblues
O blues é a cara do samba
Assim a mãe África quis
Regou a raiz com o mesmo sangue
O mundo se fez aprendiz
O peito de ambos é como a brasa
Brilha na escuridão
Basta um acorde de guitarra
Uma batida da percussão
Do negro berço aos palcos
A simplicidade embala, seduz
Disfarçada na cadência de um samba
Quiçá no lamento de um blues
Samblues forma um casal, música que gente dança coladinha
Ama, separa, aprende a superar a dor
Enquanto um pede passagem, o outro volta de viagem
Nas encruzilhadas da vida, o acaso do amor
17-07-2012
Assim a mãe África quis
Regou a raiz com o mesmo sangue
O mundo se fez aprendiz
O peito de ambos é como a brasa
Brilha na escuridão
Basta um acorde de guitarra
Uma batida da percussão
Do negro berço aos palcos
A simplicidade embala, seduz
Disfarçada na cadência de um samba
Quiçá no lamento de um blues
Samblues forma um casal, música que gente dança coladinha
Ama, separa, aprende a superar a dor
Enquanto um pede passagem, o outro volta de viagem
Nas encruzilhadas da vida, o acaso do amor
17-07-2012
segunda-feira, 16 de julho de 2012
...noção
Uma dama muito fashion, cheia de luz
Rebelde, ultra moderna
Que estaciona o carro em vaga de deficiente físico
Não recolhe da rua as fezes do cachorro
Xinga o passante, ameaça o segurança com processo
Ela é o maior sucesso, um mimo de sedução
Uma dama delicada que nunca pede socorro
Totalmente Zen...
16-07-2012
Rebelde, ultra moderna
Que estaciona o carro em vaga de deficiente físico
Não recolhe da rua as fezes do cachorro
Xinga o passante, ameaça o segurança com processo
Ela é o maior sucesso, um mimo de sedução
Uma dama delicada que nunca pede socorro
Totalmente Zen...
16-07-2012
sábado, 14 de julho de 2012
sexta-feira, 13 de julho de 2012
quinta-feira, 12 de julho de 2012
Teto
Chuva sobre telhas francesas
Taças de vinho na mesa
Versos jorrando na calha
Cozinha, peça nobre da casa
Beijos, que a noite agasalha
Imaginação, alimento com asas
12-07-2012
Taças de vinho na mesa
Versos jorrando na calha
Cozinha, peça nobre da casa
Beijos, que a noite agasalha
Imaginação, alimento com asas
12-07-2012
quarta-feira, 11 de julho de 2012
domingo, 8 de julho de 2012
Pausa infinita
O sol vem lamber minha pele
Sua saliva dourada agasalha mais que cobertor de pura lã
Vaidosos ipês admiram-se nos vidros espelhados dos edifícios
Buscam afirmação, como a dizer: "A natureza é soberana"!
Hoje no parque, não cabem guitarras, saxofones ou acústicos violões
Antes do aguardado crepúsculo, muito menos o alerta de um grito cabe
Compreendo aquele iluminado cearense, quando diz ser ele o infinito
08-07-2012
Sua saliva dourada agasalha mais que cobertor de pura lã
Vaidosos ipês admiram-se nos vidros espelhados dos edifícios
Buscam afirmação, como a dizer: "A natureza é soberana"!
Hoje no parque, não cabem guitarras, saxofones ou acústicos violões
Antes do aguardado crepúsculo, muito menos o alerta de um grito cabe
Compreendo aquele iluminado cearense, quando diz ser ele o infinito
08-07-2012
sexta-feira, 6 de julho de 2012
quinta-feira, 5 de julho de 2012
Peyote
De champagne, vinho, imaginação
Tequila, absinto, poesia
Ilusão
De suas virtudes, tome hemorrágicos porres
Mergulhe na música, crie seu mescal
Antes de adormecer e ao despertar, questione seu relógio
Diga que você não é refém
05-07-2012
Tequila, absinto, poesia
Ilusão
De suas virtudes, tome hemorrágicos porres
Mergulhe na música, crie seu mescal
Antes de adormecer e ao despertar, questione seu relógio
Diga que você não é refém
05-07-2012
quarta-feira, 4 de julho de 2012
Bananas
Uma banana pra porra da verdade
Sobre a existência, a (in)utilidade humana
A gente tira o peso de cima da vida, ela nos joga pro alto
Não tem outro jeito, as quedas são partes do jogo
04-07-2012
Sobre a existência, a (in)utilidade humana
A gente tira o peso de cima da vida, ela nos joga pro alto
Não tem outro jeito, as quedas são partes do jogo
04-07-2012
terça-feira, 3 de julho de 2012
Pianutopia
Mudou-se
Levou na bagagem a alegria do bairro
Nas noites de bar, o piano gozava da carícia de seus dedos
União de veludo e marfim
Samba, blues, jazz
Até o sino da igreja acusar seis da manhã
Quis segui-la para o norte
Ele era incapaz de ler nos úmidos olhos dela:
"Não me acompanhe, minhas mãos não deixam rastros"
03-07-2012
Fotografia, dezembro de 2014
Levou na bagagem a alegria do bairro
Nas noites de bar, o piano gozava da carícia de seus dedos
União de veludo e marfim
Samba, blues, jazz
Até o sino da igreja acusar seis da manhã
Quis segui-la para o norte
Ele era incapaz de ler nos úmidos olhos dela:
"Não me acompanhe, minhas mãos não deixam rastros"
03-07-2012
Fotografia, dezembro de 2014
segunda-feira, 2 de julho de 2012
Pousos e decolagens
Era uma vez um verso, ele vivia na cela do ninho
Até lembrar-se que era filhote de passarinho...
02-07-2012
Até lembrar-se que era filhote de passarinho...
02-07-2012
quinta-feira, 28 de junho de 2012
O que será "fazer sentido"?
Eis que, acordo como jararaca arrastando-se entre as alfaces
Eu me pergunto: Haverá um meio de descrever o nada?
28-06-2012
Eu me pergunto: Haverá um meio de descrever o nada?
28-06-2012
terça-feira, 26 de junho de 2012
Imaginatione
Invisível fonte
Teus sorrisos, tuas cores são borbulhares
Sob as cascatas--tuas filhas-- banham-se passantes
Taxados de loucos por todos lugares
26-06-2012
Teus sorrisos, tuas cores são borbulhares
Sob as cascatas--tuas filhas-- banham-se passantes
Taxados de loucos por todos lugares
26-06-2012
domingo, 24 de junho de 2012
À la Kerouac
Despetalou-se você
Mal se quer
Bem me quer
O corpo da flor, aos pedaços gemia
Entornava no quarto a poesia
Dos eternos segundos de dor
24-06-2012
Mal se quer
Bem me quer
O corpo da flor, aos pedaços gemia
Entornava no quarto a poesia
Dos eternos segundos de dor
24-06-2012
quinta-feira, 21 de junho de 2012
Pacote pesado
Descobri que, computador é um ser pensante
Pesamos toneladas frente à tela
Se deixarmos, ele nos embrulha pra presente
Hoje, não vou encher o saco do meu computador
21-06-2012
Pesamos toneladas frente à tela
Se deixarmos, ele nos embrulha pra presente
Hoje, não vou encher o saco do meu computador
21-06-2012
Das centelhas de cada um
O zangão apaixonou-se pela joaninha
Pra desgosto da rainha, que desejou não ser abelha
A joaninha caiu de amores pela rainha
Pra tristeza do zangão, que ficou fora da telha
21-06-2012
Pra desgosto da rainha, que desejou não ser abelha
A joaninha caiu de amores pela rainha
Pra tristeza do zangão, que ficou fora da telha
21-06-2012
terça-feira, 19 de junho de 2012
Era noite de São João
Brincava-se de Tatu na toca
Na quermesse, estavas tu
E tinha quentão, pinhão e pipoca
19-06-2012
Na quermesse, estavas tu
E tinha quentão, pinhão e pipoca
19-06-2012
segunda-feira, 18 de junho de 2012
F2, quase F3
Jaz a casa (decapitada)
Terror na face do pescador
O tempo é carpinteiro
Vida é feita no punho
Com sorte, caneta-tinteiro e um furacão de rascunho
"Catarina", segundo a NASA
O primeiro na América Latina
março de 2004
Terror na face do pescador
O tempo é carpinteiro
Vida é feita no punho
Com sorte, caneta-tinteiro e um furacão de rascunho
"Catarina", segundo a NASA
O primeiro na América Latina
março de 2004
sexta-feira, 15 de junho de 2012
Pergunta de Rochedo
Ó, mar
Porque te zangas
Se dentro de ti vivem sereias ?
Sonhos nas areias
Se sou a escura prata que te adorna
Se sou a escura prata que te adorna
Ó, mar
Porque te zangas?
Se a lua cheia é quem abranda tuas formas
15-06-2012
Fotografia, jlcalliari
quinta-feira, 14 de junho de 2012
Minotauro
Lá está a besta, senhor cidadão
Fura-fila de guichê na agência lotérica
Toma a frente da senhora idosa
Vai acertar na mega-sena (uma bolada)
Continuará (deseducadamente)......rico
14-06-2012
Fura-fila de guichê na agência lotérica
Toma a frente da senhora idosa
Vai acertar na mega-sena (uma bolada)
Continuará (deseducadamente)......rico
14-06-2012
quarta-feira, 13 de junho de 2012
Paralele _ _ _ _ _ _ _ _ pípedos
Quando me ocorre
Que a magia das horas nasce morta
Recolho-me ao mar dos pensamentos
Água lapida arestas, é namorada do tempo
Uma a uma, no encaixar das pedras tortas, percebo
Vai se formando o pavimento
13-06-2012
Que a magia das horas nasce morta
Recolho-me ao mar dos pensamentos
Água lapida arestas, é namorada do tempo
Uma a uma, no encaixar das pedras tortas, percebo
Vai se formando o pavimento
13-06-2012
terça-feira, 12 de junho de 2012
Beijos, rosas, chocolates, diamantes.......e........
Uns tapinhas nas bundas das outras que vivem dentro dela
12-06-2012
12-06-2012
segunda-feira, 11 de junho de 2012
sexta-feira, 8 de junho de 2012
Fio da esperança
Não jogue a toalha!
Pode ser que, antes do apito final, alguém do time deles junte um sabonete.
08-06-2012
Pode ser que, antes do apito final, alguém do time deles junte um sabonete.
08-06-2012
quarta-feira, 6 de junho de 2012
terça-feira, 5 de junho de 2012
segunda-feira, 4 de junho de 2012
domingo, 3 de junho de 2012
Em sonho e fantasia
Tanta era a poesia na minha pele, teus negros olhos escreviam
Tantos mares, ventanias
Tão pobre de carinho andava eu
Que por tolice, eu pensei que fosses minha
03-06-2012
Tantos mares, ventanias
Tão pobre de carinho andava eu
Que por tolice, eu pensei que fosses minha
03-06-2012
sexta-feira, 1 de junho de 2012
Àquela dama
Uma frase, notícia dela basta
Para o bem-te-vi cantar em prosa
Traz consigo a poesia que dança de ventre
Entorpece
Sou criança saltando sobre colchão novo
Brinco de brigar de travesseiro
Ela chega sem alarde
Enquanto vou empilhando letras pelo mundo
01-06-2012
Para o bem-te-vi cantar em prosa
Traz consigo a poesia que dança de ventre
Entorpece
Sou criança saltando sobre colchão novo
Brinco de brigar de travesseiro
Ela chega sem alarde
Enquanto vou empilhando letras pelo mundo
01-06-2012
quinta-feira, 31 de maio de 2012
Aquarelas de maio
O basalto sugere um tabuleiro
Nunca fui bom no xadrez
Carrego uma agenda que apega-se a traços de nanquim
O instante em mim é um ramalhete de tulipas virtuais
31-05-2012
Nunca fui bom no xadrez
Carrego uma agenda que apega-se a traços de nanquim
O instante em mim é um ramalhete de tulipas virtuais
31-05-2012
segunda-feira, 28 de maio de 2012
Profundidades matinais
Olho para o fundo do copo de requeijão e reflito:
Não preciso ser brilhante, preciso ser meus eus
28-05-2012
Não preciso ser brilhante, preciso ser meus eus
28-05-2012
domingo, 27 de maio de 2012
Maçã mordida
Navegas nos mares das polpas
Bicho do meu apreço
Mensageira das manhãs
Sou fogueira de junho
Na tarde, adormeço
Homem passado a limpo
Anoiteço em brasa
Até os cílios da tua madrugada
Pesarem de tanto querer
27-05-2012
Bicho do meu apreço
Mensageira das manhãs
Sou fogueira de junho
Na tarde, adormeço
Homem passado a limpo
Anoiteço em brasa
Até os cílios da tua madrugada
Pesarem de tanto querer
27-05-2012
quinta-feira, 24 de maio de 2012
quarta-feira, 23 de maio de 2012
terça-feira, 22 de maio de 2012
Estiagens e cheias
Não se explica o amor
Ele nasce fonte, deságua mar
A poesia não é cúmplice dele
Ela é arte
Bálsamo para as chagas
Somos as rachaduras na terra árida, as folhas na correnteza do rio
Os peixes que lutam contra ela
22-05-2012
Ele nasce fonte, deságua mar
A poesia não é cúmplice dele
Ela é arte
Bálsamo para as chagas
Somos as rachaduras na terra árida, as folhas na correnteza do rio
Os peixes que lutam contra ela
22-05-2012
domingo, 20 de maio de 2012
Lente
Ao confrontar-me com uma palavra do meu gosto
Ela se torna uma rainha
Um certo amor ascende-me
Bela, luminosa fonte
Grande angular
Amplia meus horizontes
20-05-2012
Ela se torna uma rainha
Um certo amor ascende-me
Bela, luminosa fonte
Grande angular
Amplia meus horizontes
20-05-2012
sábado, 19 de maio de 2012
sexta-feira, 18 de maio de 2012
Camuflagens
Caem máscaras à meia-noite nas portas de Paris
De mãos dadas, peste e cura rondam a cidade
Meu corpo nunca esteve ali no cadafalso
Talvez, a alma como um aríete invista sobre os portões da cidadela
Quando amanhece, nada se passa
São invisíveis as portas de Paris
18-05-2012
De mãos dadas, peste e cura rondam a cidade
Meu corpo nunca esteve ali no cadafalso
Talvez, a alma como um aríete invista sobre os portões da cidadela
Quando amanhece, nada se passa
São invisíveis as portas de Paris
18-05-2012
quinta-feira, 17 de maio de 2012
quarta-feira, 16 de maio de 2012
terça-feira, 15 de maio de 2012
domingo, 13 de maio de 2012
Despedidas
Ainda vejo sua face
Uma lágrima pronta pra seguir a outra, quando o ônibus partia
Ela era como a estrofe de um blues
Que fica ecoando nos alto-falantes das estações rodoviárias
Todas suas alegres e tristes aflições
A outra parte da canção, o refrão
Ia comigo pra capital, vive dentro de mim junto com ela
"Procure ser feliz, meu filho"!
13-05-2012
Uma lágrima pronta pra seguir a outra, quando o ônibus partia
Ela era como a estrofe de um blues
Que fica ecoando nos alto-falantes das estações rodoviárias
Todas suas alegres e tristes aflições
A outra parte da canção, o refrão
Ia comigo pra capital, vive dentro de mim junto com ela
"Procure ser feliz, meu filho"!
13-05-2012
sexta-feira, 11 de maio de 2012
Sublimitate
Veja a cerejeira
O tom do verde depois da chuva
Natureza que abranda luto
Repare na cor da terra
Se ela puder escolher, prefere paz
Em vez da guerra
A gente procurando pela cura
E ela sentada na areia, olhando o sol se pôr
11-05-2012
O tom do verde depois da chuva
Natureza que abranda luto
Repare na cor da terra
Se ela puder escolher, prefere paz
Em vez da guerra
A gente procurando pela cura
E ela sentada na areia, olhando o sol se pôr
11-05-2012
quinta-feira, 10 de maio de 2012
Pausa de si
Ela senta no vaso sanitário, ensaia uma pose inspirada no pensador de Rodin.
Um pavimento acima, a descarga da privada abafa o ruído do tráfego.
"Meu pai no sanatório, nunca fez mal a uma formiga", é tudo o que ela pensa
"Não deveria ser desse jeito", lamenta
Anseia pela hora da mudança.
Pela linha do Equador, pelos olhos do mar.
Um pavimento acima, a descarga da privada abafa o ruído do tráfego.
"Meu pai no sanatório, nunca fez mal a uma formiga", é tudo o que ela pensa
"Não deveria ser desse jeito", lamenta
Anseia pela hora da mudança.
Pela linha do Equador, pelos olhos do mar.
A lutadora ainda respira
10-05-2012
10-05-2012
quarta-feira, 9 de maio de 2012
Ter a Pia
Os trovões das candidatas às prefeituras das metrópoles nos põem insanos
Porém, botecos são acústicamente isolados
09-05-1012
Porém, botecos são acústicamente isolados
09-05-1012
terça-feira, 8 de maio de 2012
domingo, 6 de maio de 2012
sábado, 5 de maio de 2012
quinta-feira, 3 de maio de 2012
Recicláveis
Depoimento de trabalhador na esquina:
Cada vez mais, encontram-se alianças meio ao lixo seco
03-05-2012
Cada vez mais, encontram-se alianças meio ao lixo seco
03-05-2012
De Conchinha
A quem interessar possa
Nos invernos do sul
São bem-vindas as mulheres
De coxas grossas
03-05-2012
Nos invernos do sul
São bem-vindas as mulheres
De coxas grossas
03-05-2012
terça-feira, 1 de maio de 2012
Otário brasileiro
Paga as contas e se ferra
Honesto senhor, bom caráter
Com os impostos você se arrepia
Nasceu aqui, entrou numa fria
Na política, só serpente
Gente vivendo de sujo trôco
Você pensa que está louco
Bem-vindo ao lar doce lar
O último golpe rola na tela
Tranca o rango no bucho
Ou vai vomitar na janela
Volta quietinho pra sala
Manda os filhos pro quarto
Amanhã será um novo dia
Vai trabalhar! Vai Votar! Vai pagar o pato!
01-05-2012.....Dia do trabalho
Honesto senhor, bom caráter
Com os impostos você se arrepia
Nasceu aqui, entrou numa fria
Na política, só serpente
Gente vivendo de sujo trôco
Você pensa que está louco
Bem-vindo ao lar doce lar
O último golpe rola na tela
Tranca o rango no bucho
Ou vai vomitar na janela
Volta quietinho pra sala
Manda os filhos pro quarto
Amanhã será um novo dia
Vai trabalhar! Vai Votar! Vai pagar o pato!
01-05-2012.....Dia do trabalho
domingo, 29 de abril de 2012
Pele riscada
Delicio-me com cantos escritos
Verbos espadas(suas terminações são gêmeas dos prazeres)
Sou um grão de areia na imensa praia de águas claras
Um garimpeiro do acaso(a mais rara das pepitas)
Sou urso, que de mel se embriaga
Quando é para sentir, escuta-se o silêncio das paredes
A natureza, que domina a linguagem dos sinais
Basta a gente se envolver com os feitiços:
Mar(bálsamo).....balsamar
Manhã, nuvem...............veludo
Lua
Noite, festa, paz
29-04-2012
Verbos espadas(suas terminações são gêmeas dos prazeres)
Sou um grão de areia na imensa praia de águas claras
Um garimpeiro do acaso(a mais rara das pepitas)
Sou urso, que de mel se embriaga
Quando é para sentir, escuta-se o silêncio das paredes
A natureza, que domina a linguagem dos sinais
Basta a gente se envolver com os feitiços:
Mar(bálsamo).....balsamar
Manhã, nuvem...............veludo
Lua
Noite, festa, paz
29-04-2012
sábado, 28 de abril de 2012
Nada mais, Nichts mehr
O dia é (apenas) um trampolim para a noite
Der Tag ist nur ein Springbrett in die Nacht
28-04-2012
Der Tag ist nur ein Springbrett in die Nacht
28-04-2012
sexta-feira, 27 de abril de 2012
quarta-feira, 25 de abril de 2012
Touros e toureiros
Que sejamos ingênuos somente na poesia
Ela, quase tudo, admite
Sistemas econômicos organizados são como pitbulls
Quando atacam, visam a jugular
25-04-2012
Ela, quase tudo, admite
Sistemas econômicos organizados são como pitbulls
Quando atacam, visam a jugular
25-04-2012
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Arma branca
Quando o pensar vem pra cima de mim armado de faca, eu me defendo com um Blues
23-04-2012
23-04-2012
sábado, 21 de abril de 2012
Prefácio
Vou lhe guardar
Como um marcador de páginas
Dentro de um livro de aventuras
Uma folha de laranjeira de próprias vontades
Com perfume da mata em si
Que, se quiser
Viaje pra longe da solidão dos capítulos sem sal
Quem sabe, antes do epílogo
Você se apaixone por algum personagem
Que tenha algo de mim
21-04-2012
El Ateneo
Buenos Aires
Fotografia, jlcalliari
Como um marcador de páginas
Dentro de um livro de aventuras
Uma folha de laranjeira de próprias vontades
Com perfume da mata em si
Que, se quiser
Viaje pra longe da solidão dos capítulos sem sal
Quem sabe, antes do epílogo
Você se apaixone por algum personagem
Que tenha algo de mim
21-04-2012
El Ateneo
Buenos Aires
Fotografia, jlcalliari
sexta-feira, 20 de abril de 2012
20:30h
A cidade é um formigueiro insano
Destilados transbordam dos dosadores
Precipitam-se para dentro dos copos em direção ao gelo
Tem jeito de anos setenta a bolsa que a menina carrega
Na leveza de seu andar, a batida do meu coração se entrega
Pés desnudos, sua pele invade meu sonho
Parece que a pressa das ruas me acalma
Atende a súplica da alma
Por um trânsito menos medonho
20-04-2012
Destilados transbordam dos dosadores
Precipitam-se para dentro dos copos em direção ao gelo
Tem jeito de anos setenta a bolsa que a menina carrega
Na leveza de seu andar, a batida do meu coração se entrega
Pés desnudos, sua pele invade meu sonho
Parece que a pressa das ruas me acalma
Atende a súplica da alma
Por um trânsito menos medonho
20-04-2012
quinta-feira, 19 de abril de 2012
Zarcillos
Anuncia-se a harmônica por detrás dos rochedos
Dylan entoa blues e baladas
Aos poucos
Deseja-se morrer
Renascer
(just early in the morning)
Arma-se o palco para a cerimônia cigana
Balançam sedas e pingentes de prata
Imã é o batom vermelho nos teus lábios
(Ode ao momento)
Juras de pele
Olhos são como tochas na mata
Serei caçador de ti
Nestas noites
Até nunca mais alvorecer
19-04-2012
Dylan entoa blues e baladas
Aos poucos
Deseja-se morrer
Renascer
(just early in the morning)
Arma-se o palco para a cerimônia cigana
Balançam sedas e pingentes de prata
Imã é o batom vermelho nos teus lábios
(Ode ao momento)
Juras de pele
Olhos são como tochas na mata
Serei caçador de ti
Nestas noites
Até nunca mais alvorecer
19-04-2012
quarta-feira, 18 de abril de 2012
terça-feira, 17 de abril de 2012
Plasmodesmos
Marta era uma mestra
Apaixonada por biologia
Precisava de novos ares
Sentia a alma vazia
Entrou na ronda dos bares
No perder e ganhar da boemia
Reencontrou um ex-aluno
Ambos carentes, velas ao mar!! Com benção de Netuno
Sedutora, carismática, ousada...
Para a sociedade, persona non grata
A quem interessa, se Marta é ou não feliz
A essa gente, que rotula mas não se trata?
17-04-2012
Apaixonada por biologia
Precisava de novos ares
Sentia a alma vazia
Entrou na ronda dos bares
No perder e ganhar da boemia
Reencontrou um ex-aluno
Ambos carentes, velas ao mar!! Com benção de Netuno
Sedutora, carismática, ousada...
Para a sociedade, persona non grata
A quem interessa, se Marta é ou não feliz
A essa gente, que rotula mas não se trata?
17-04-2012
domingo, 15 de abril de 2012
Pelo "pão"
No bocejar das horas escasseiam os pássaros
Solta seu canto trinado a carruíra, enquanto vasculha o depósito de lenha
Como não encontra alimento, detém-se frente à porta
Os meus, como seus olhos, navegam ao ritmo da chuva
O minúsculo ser caça pela vida dos seus
Penas molhadas, bico cheio
Alça voo em direção ao ninho
O brinde ao crepúsculo virá com a melancolia das tardes
15-04-2012
Solta seu canto trinado a carruíra, enquanto vasculha o depósito de lenha
Como não encontra alimento, detém-se frente à porta
Os meus, como seus olhos, navegam ao ritmo da chuva
O minúsculo ser caça pela vida dos seus
Penas molhadas, bico cheio
Alça voo em direção ao ninho
O brinde ao crepúsculo virá com a melancolia das tardes
15-04-2012
sábado, 14 de abril de 2012
Oásis
À noite, a cidade baixa bota pelo ladrão
Ali, onde os vampiros do concreto não sugam
Tem-se prazer em ser resgatado
Quem encontra, vive se perdendo
Embalados pela música das tabernas
Longe dos telefones, dos subterfúgios
Dos bairros mapeados pelas frescuras
Despojados, nos esconderijos
Ressuscitam os amantes
14-04-2012
Ali, onde os vampiros do concreto não sugam
Tem-se prazer em ser resgatado
Quem encontra, vive se perdendo
Embalados pela música das tabernas
Longe dos telefones, dos subterfúgios
Dos bairros mapeados pelas frescuras
Despojados, nos esconderijos
Ressuscitam os amantes
14-04-2012
sexta-feira, 13 de abril de 2012
Tomara
Quero que a natureza chore
Levo no peito samba como remédio
Blues pra espantar o tédio
Se chover você, eu vou sair sem guarda-chuva
13-04-2012
Levo no peito samba como remédio
Blues pra espantar o tédio
Se chover você, eu vou sair sem guarda-chuva
13-04-2012
quinta-feira, 12 de abril de 2012
Cereal
Prantos, alegrias
Lançam âncoras as paixões em mar de calmaria
Abrem-se as janelas, os jardins estão lá
Livres das gaiolas, pequenos pássaros sobrevoam o alpiste
Corações com asas, o da gente que vibra
(In)tensos, como cordas de viola
12-04-2012
Lançam âncoras as paixões em mar de calmaria
Abrem-se as janelas, os jardins estão lá
Livres das gaiolas, pequenos pássaros sobrevoam o alpiste
Corações com asas, o da gente que vibra
(In)tensos, como cordas de viola
12-04-2012
segunda-feira, 9 de abril de 2012
domingo, 8 de abril de 2012
sábado, 7 de abril de 2012
Dos sinais gráficos
O til é um minúsculo tapete mágico de dupla nacionalidade:
Quando sobrevoa a consoante "ñ", ele é castelhano
Quando sobrevoa uma vogal, ele é português
07-04-2012
Viktor Vasnetsov, O tapete voador (1880)
Clique com o lado direito do mouse, para abrir o quadro em uma nova guia.
Quando sobrevoa a consoante "ñ", ele é castelhano
Quando sobrevoa uma vogal, ele é português
07-04-2012
Viktor Vasnetsov, O tapete voador (1880)
Clique com o lado direito do mouse, para abrir o quadro em uma nova guia.
quarta-feira, 4 de abril de 2012
terça-feira, 3 de abril de 2012
Luz no diafragma
Enquanto ela desce a ladeira, a brisa sopra faceira
Seu vestido em aquarela
Dança pelos contornos da praça
Atiça as fantasias dos porteiros
É a manhã em estado de graça
Momento eternizado num flash
Memória acostumada à rotina
Um brinde à passarela do bairro
Onde a bela se mostra felina
03-04-2012
Seu vestido em aquarela
Dança pelos contornos da praça
Atiça as fantasias dos porteiros
É a manhã em estado de graça
Momento eternizado num flash
Memória acostumada à rotina
Um brinde à passarela do bairro
Onde a bela se mostra felina
03-04-2012
segunda-feira, 2 de abril de 2012
domingo, 1 de abril de 2012
Cascata
Embrenha-se o veículo pelo túnel de plátanos, abandono retrovisores
O bagageiro está lotado de palavras, embora revisado antes da partida
Vocábulos, carregados de verdes esperanças, nascem na rodovia
Há uma metamorfose a cada curva
Eu te avisto ali em frente, mesclada à paisagem
A cada centímetro, eu me desalinho
Deixei a tristeza nos espelhos, junto às burras vaidades metropolitanas
Esta enciclopédia com pés de borracha transforma-se em Pierrot da natureza
Agora, eu sou água em queda livre
01-04-2012
O bagageiro está lotado de palavras, embora revisado antes da partida
Vocábulos, carregados de verdes esperanças, nascem na rodovia
Há uma metamorfose a cada curva
Eu te avisto ali em frente, mesclada à paisagem
A cada centímetro, eu me desalinho
Deixei a tristeza nos espelhos, junto às burras vaidades metropolitanas
Esta enciclopédia com pés de borracha transforma-se em Pierrot da natureza
Agora, eu sou água em queda livre
01-04-2012
sábado, 31 de março de 2012
Ao entardecer
Tivesse eu a chave da felicidade
Abriria a porta
Entraria no bar com ar de quem se perdeu
Cheiraria teu cheiro na minha mão
A mão que não é mais minha
Mão que se move sozinha
Muito mais sabida que eu
31-03-2012
Abriria a porta
Entraria no bar com ar de quem se perdeu
Cheiraria teu cheiro na minha mão
A mão que não é mais minha
Mão que se move sozinha
Muito mais sabida que eu
31-03-2012
quinta-feira, 29 de março de 2012
Feitiço
Sua beleza, senhora
Inquieta o menino que com o mistério namora
Por isso, o menino não cresce
Docemente padece ao lhe ver indo embora
Encanta-se o homem, quando o menino lhe escuta
Parece trabalhador que labuta, fazendo carinho nas horas
29-03-2012
Inquieta o menino que com o mistério namora
Por isso, o menino não cresce
Docemente padece ao lhe ver indo embora
Encanta-se o homem, quando o menino lhe escuta
Parece trabalhador que labuta, fazendo carinho nas horas
29-03-2012
quarta-feira, 28 de março de 2012
Poema dos ( kkkkkk)s, dos ( hahahaha)s, dos (uhauhauhauha)s, dos(rsrsrsr)s e dos(iac! iac! iac!)s
Amamos políticos
São todos (sem exceção) honestos e competentes
Nos orgulhamos do Senado e da Câmara dos Deputados
29-03-2012
São todos (sem exceção) honestos e competentes
Nos orgulhamos do Senado e da Câmara dos Deputados
29-03-2012
Marés
Será que essa onda volta
Será que fica por lá
Quem sabe encontre marisco
Carente de namorar
Mal outono se abriu
Partiu, em busca de ilhas
Quer mar, quer suas armadilhas
Do mundo que ainda não viu
Será que essa onda volta
Será que manda mensagem
Numa garrafa, um bilhete
Anúncio de nova viagem...
28-03-2012
Será que fica por lá
Quem sabe encontre marisco
Carente de namorar
Mal outono se abriu
Partiu, em busca de ilhas
Quer mar, quer suas armadilhas
Do mundo que ainda não viu
Será que essa onda volta
Será que manda mensagem
Numa garrafa, um bilhete
Anúncio de nova viagem...
28-03-2012
segunda-feira, 26 de março de 2012
quarta-feira, 21 de março de 2012
Opostas no diâmetro
Palavra de político-------------------Inocência de uma criança, portadora de síndrome de Down.
21-03-2012
21-03-2012
segunda-feira, 19 de março de 2012
Daninha, não daninha
Como erva que sobre a terra se espalha
Palavra pode ser auto ajuda
Ou auto embaralha
19-03-2012
Palavra pode ser auto ajuda
Ou auto embaralha
19-03-2012
domingo, 18 de março de 2012
sábado, 17 de março de 2012
Dos impulsos
Minha velha era doceira
Provava, aos poucos, na colher
Não seguia receita nenhuma
Acho que ela passou algo pra mim
17-03-2012
Provava, aos poucos, na colher
Não seguia receita nenhuma
Acho que ela passou algo pra mim
17-03-2012
Loteria do Amor ( Poema sem fim )
Acaso
Caso
Descaso
Ocaso
Acaso
......
.........
.........
17-03-2012
Caso
Descaso
Ocaso
Acaso
......
.........
.........
17-03-2012
quinta-feira, 15 de março de 2012
Mar agitado
Anda muito complicada
Por causa do teu jeitinho
Namoro agora a madrugada
Busco palavras na noite
Sobram rascunhos, papéis amassados
O corpo mal dormido
Acorda meio mareado
Versos piratas
Inundam meu convés
Nos olhos teus, minha bússola
A poesia, a teus pés
15-03-2012
terça-feira, 13 de março de 2012
Pergamenós
Há quem entenda nossas alegrias, nossas dores
Apesar de percorrerem diferentes caminhos
Há quem sonhe os mesmos sonhos da gente
Talvez, eles também se embrenhem pelas morosidades do tempo
Aventurem-se nas gêmeas velocidades dos ventos
Apesar de percorrerem diferentes caminhos
Há quem sonhe os mesmos sonhos da gente
Talvez, eles também se embrenhem pelas morosidades do tempo
Aventurem-se nas gêmeas velocidades dos ventos
Embora oriundos de outros pergaminhos
13-03-2012
13-03-2012
domingo, 11 de março de 2012
Deixa a realidade pra mais tarde
Segunda feira, só se for depois da vírgula
O nome já diz: É de segunda
Até mar tá de ressaca
Não se faz feira nem pergunta
Na terça, sim! É o despertar dos profetas, dos covardes
O dia começa a partir da tarde
A quarta é do meio, uma nave semi-adernada
Quer saber se a madrugada
Ainda corre atrás do dinheiro
Quinta é cinco estrelas, categoria
Noite é dia
Um hotel, um bar aberto
Sexta feira, a gente é (no bom sentido) desonesto
Espera a percussão, para o dia seguinte nascer esperto
Nos sábados, deve-se perdoar quem trabalha toda semana
Quem é (in)fiel na cama
Saiu da chuva é pra secar
Domingos, a gente um pouco bebe, um pouco perde-se
Come a sobremesa ao luar
11-03-2012
O nome já diz: É de segunda
Até mar tá de ressaca
Não se faz feira nem pergunta
Na terça, sim! É o despertar dos profetas, dos covardes
O dia começa a partir da tarde
A quarta é do meio, uma nave semi-adernada
Quer saber se a madrugada
Ainda corre atrás do dinheiro
Quinta é cinco estrelas, categoria
Noite é dia
Um hotel, um bar aberto
Sexta feira, a gente é (no bom sentido) desonesto
Espera a percussão, para o dia seguinte nascer esperto
Nos sábados, deve-se perdoar quem trabalha toda semana
Quem é (in)fiel na cama
Saiu da chuva é pra secar
Domingos, a gente um pouco bebe, um pouco perde-se
Come a sobremesa ao luar
11-03-2012
sábado, 10 de março de 2012
sexta-feira, 9 de março de 2012
Além dos brinquedos
Você tem todo direito
De beber de todas bicas
É livre pra embaralhar meu samba
Esquecer sua natureza
Frequentar qualquer pagode
Curtir banda de rock
Tirar onda na nobreza
Finalmente, você sabe distinguir
Se é ou não um mito
A fantasia de encontrar
Seu peguéti favorito
Pode adorar seu próprio santo
Voltar chorando, sorrindo
Com seu encanto ou desencanto
Se, apesar de toda sua astúcia
Sobrar somente seu cachorro e o bichinho de pelúcia
Antes que você me acuse, olhe-se no espelho
Se eu transito indiferente, sou de carne que envolve osso
Como toda insensata gente
09-03-2012
De beber de todas bicas
É livre pra embaralhar meu samba
Esquecer sua natureza
Frequentar qualquer pagode
Curtir banda de rock
Tirar onda na nobreza
Finalmente, você sabe distinguir
Se é ou não um mito
A fantasia de encontrar
Seu peguéti favorito
Pode adorar seu próprio santo
Voltar chorando, sorrindo
Com seu encanto ou desencanto
Se, apesar de toda sua astúcia
Sobrar somente seu cachorro e o bichinho de pelúcia
Antes que você me acuse, olhe-se no espelho
Se eu transito indiferente, sou de carne que envolve osso
Como toda insensata gente
09-03-2012
quinta-feira, 8 de março de 2012
Canção das violetas
Há na casa uma caixa encantada(com uma pequena, misteriosa lâmpada embutida)
Há um segredo que é revelado
Sempre que se abre uma portinhola
Ao som de "La violetera", a senhora pergunta ao garoto:
"Gosta de vitrola"?
A resposta é tímida (um sim, com a cabeça)
" Vai ter Bis" ! Diz a agulha pro prato
08-03-2012
Há um segredo que é revelado
Sempre que se abre uma portinhola
Ao som de "La violetera", a senhora pergunta ao garoto:
"Gosta de vitrola"?
A resposta é tímida (um sim, com a cabeça)
" Vai ter Bis" ! Diz a agulha pro prato
08-03-2012
quarta-feira, 7 de março de 2012
Vulto
Quando soltas teu cabelo, quem olha com olhos meus
E vê a tela mais preciosa da galeria
Quem tu chamas, quando não dormes
Toca teu corpo, sopra veludo em teus ouvidos
Quem alisa tuas mãos com minhas palmas
Quem é a cigana que te lê e me rouba a calma
Quem adormece, quando mentes
Acorda na madrugada pra olhar teu sono
Quem cuida de ti, mas não é dono
Nas noites, quando somes sem deixar o mínimo rastro
Quem pergunta: "Quando voltas"?
07-03-2012
E vê a tela mais preciosa da galeria
Quem tu chamas, quando não dormes
Toca teu corpo, sopra veludo em teus ouvidos
Quem alisa tuas mãos com minhas palmas
Quem é a cigana que te lê e me rouba a calma
Quem adormece, quando mentes
Acorda na madrugada pra olhar teu sono
Quem cuida de ti, mas não é dono
Nas noites, quando somes sem deixar o mínimo rastro
Quem pergunta: "Quando voltas"?
07-03-2012
Vinte minutos a pé
De cara, uma esmola
Na esquina um desfile
De crack e de cola
Os filhos poderiam ser os meus
Raiva, irmã da fome nas ruas
Matadouro na noite
Do Bom Fim ao Menino Deus
07-03-2012 *Bom Fim e Menino Deus são dois bairros de Porto Alegre.
Na esquina um desfile
De crack e de cola
Os filhos poderiam ser os meus
Raiva, irmã da fome nas ruas
Matadouro na noite
Do Bom Fim ao Menino Deus
07-03-2012 *Bom Fim e Menino Deus são dois bairros de Porto Alegre.
terça-feira, 6 de março de 2012
domingo, 4 de março de 2012
De todas as épocas
Sonha-se com modestos jardins
Tratados com todo cuidado
Que a realidade, algo inédito e valoroso traria
Sonha-se com menos esnobes, menos pedantes
Em vez disso,
Achegam-se consumistas escravos, pobres de espírito Insignificantes
Sonha-se, a cada dia mais do que antes
04-03-2012
Tratados com todo cuidado
Que a realidade, algo inédito e valoroso traria
Sonha-se com menos esnobes, menos pedantes
Em vez disso,
Achegam-se consumistas escravos, pobres de espírito Insignificantes
Sonha-se, a cada dia mais do que antes
04-03-2012
sábado, 3 de março de 2012
sexta-feira, 2 de março de 2012
Estrada dos sentidos
A mim parece tão claro
Prefiro trilhas noturnas
Que venha a noite
Ser minha apimentada, louca
Doce namorada
Beijar-me a boca
Mostrar a estrada
Por ela
Guardo ternura
Quando anoitece
Sou seu eterno freguês
Por isso
"Vida longa à Insensatez" !
02-03-2012
****
"Algumas pessoas nunca enlouquecem. Que vida horrível elas devem ter".
(Charles Bukowski)
Prefiro trilhas noturnas
Que venha a noite
Ser minha apimentada, louca
Doce namorada
Beijar-me a boca
Mostrar a estrada
Por ela
Guardo ternura
Quando anoitece
Sou seu eterno freguês
Por isso
"Vida longa à Insensatez" !
02-03-2012
****
"Algumas pessoas nunca enlouquecem. Que vida horrível elas devem ter".
(Charles Bukowski)
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Olhos na vitrine
Tão assediadas, tão ensimesmadas
Seriam as deusas solitárias?
Tão pretensiosos, que se acham Deuses
Seriam os poetas déspotas?
28-02-2012
Seriam as deusas solitárias?
Tão pretensiosos, que se acham Deuses
Seriam os poetas déspotas?
28-02-2012
domingo, 26 de fevereiro de 2012
Cartomante
Você vai se trair, ganhar perdão, seduzir
Refletir, lembrar, mentir
Esquecer
Vai sair da casa que tanto ama
Abraçar causas perdidas
Desviar dos quebra-molas
Lamber suas feridas
Mudará de bairro, cidade, estado
Talvez, de país
Vai (des)amar seus ficantes, namorados
Tentar ser feliz
Você vai voltar senhora
Chorar, sorrir até não mais poder
Pode não ser, ou já passa da hora
Mas é o sentido de viver
26-02-2012
Refletir, lembrar, mentir
Esquecer
Vai sair da casa que tanto ama
Abraçar causas perdidas
Desviar dos quebra-molas
Lamber suas feridas
Mudará de bairro, cidade, estado
Talvez, de país
Vai (des)amar seus ficantes, namorados
Tentar ser feliz
Você vai voltar senhora
Chorar, sorrir até não mais poder
Pode não ser, ou já passa da hora
Mas é o sentido de viver
26-02-2012
sábado, 25 de fevereiro de 2012
Auf Malediven
Ganz langsam sinken die Malediven
Darunter leidet die Welt
Warum denn zu leiden
Wenn uns das Fressen nicht fehlt
25-02-2012
Darunter leidet die Welt
Warum denn zu leiden
Wenn uns das Fressen nicht fehlt
25-02-2012
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
Cores da Mangueira
O verde emerge de um falso abandono, como se no verão não fora percebido
Clamam pelo outono os Momijis
Suas folhas tem a tonalidade do vinho espumante rosado
"É somente um afago da natureza", sussurra a brisa do dia
Por vontade dela eleito, sou brindado com gotas de beleza
...................(Adereços para minha fantasia).........................
20-02-2012
Clamam pelo outono os Momijis
Suas folhas tem a tonalidade do vinho espumante rosado
"É somente um afago da natureza", sussurra a brisa do dia
Por vontade dela eleito, sou brindado com gotas de beleza
...................(Adereços para minha fantasia).........................
20-02-2012
domingo, 19 de fevereiro de 2012
Estação Osvaldo Cruz
Fosse o samba acabar
Não haveria essa criançada, de mãos dadas com ela
Negras almas, azuis e brancas
A cantar vivas à Portela
Lágrimas benzendo o samba
Nunca vi coisa mais bela, feitiço colorido de amor
Eterna casa de bambas, minha Portela
Bálsamo pra tanta dor
19-02-2012
Não haveria essa criançada, de mãos dadas com ela
Negras almas, azuis e brancas
A cantar vivas à Portela
Lágrimas benzendo o samba
Nunca vi coisa mais bela, feitiço colorido de amor
Eterna casa de bambas, minha Portela
Bálsamo pra tanta dor
19-02-2012
sábado, 18 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
Vozearia
Manchetes de última hora:
Meu amor não vai embora!
Estou na maior farra!
Voltaram as cigarras!
16-02-2012
Meu amor não vai embora!
Estou na maior farra!
Voltaram as cigarras!
16-02-2012
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Poema de algibeira
Você é o que eu posso
Dia de céu aberto
Pecado sem remorso
Prato predileto
Bálsamo pra dor
Toque que faltava
Fruto do lavrador
Complemento da noitada
Arrastão de rede cheia
Alegria do pescador
Canto da sereia
Machado do lenhador
Seda que não tenho
Taça do atleta
Lareira da sala
Sinal de alerta
Água cristalina
Pitada de vaidade
Brilho na íris da menina
Você é o charme da minha cidade
15-02-2012
Dia de céu aberto
Pecado sem remorso
Prato predileto
Bálsamo pra dor
Toque que faltava
Fruto do lavrador
Complemento da noitada
Arrastão de rede cheia
Alegria do pescador
Canto da sereia
Machado do lenhador
Seda que não tenho
Taça do atleta
Lareira da sala
Sinal de alerta
Água cristalina
Pitada de vaidade
Brilho na íris da menina
Você é o charme da minha cidade
15-02-2012
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Jogando conversa dentro
Com respeito aos humanos, não existe a verdade absoluta.
Ela aconchega-se às tonalidades do verde, aos cantos dos pássaros, à voz das águas nas cachoeiras, aos conselhos do vento...
A verdade gosta menos dos aglomerados urbanos.
Pode ser dolorosa tanto nos trópicos, nos pólos como em Tóquio.
Quem a determina, é a luta de cada um.
É como procurar uma saída seguindo uma rota invisível.
A sociedade aí está. Qual é a sua vocação?
Hoje, você acordou caça ou caçador(a)?
13-02-2012
Ela aconchega-se às tonalidades do verde, aos cantos dos pássaros, à voz das águas nas cachoeiras, aos conselhos do vento...
A verdade gosta menos dos aglomerados urbanos.
Pode ser dolorosa tanto nos trópicos, nos pólos como em Tóquio.
Quem a determina, é a luta de cada um.
É como procurar uma saída seguindo uma rota invisível.
A sociedade aí está. Qual é a sua vocação?
Hoje, você acordou caça ou caçador(a)?
13-02-2012
domingo, 12 de fevereiro de 2012
Bar da Visconde do Herval
Entre a Getúlio Vargas
E a Gonçalves Dias
Existe o Meio
E, ao meio,
Divide-se a Visconde
O lugar
Tem saudades do bonde
Embora, por ele
Nunca tenha passado
12-02-2012
(verão de 1987)
E a Gonçalves Dias
Existe o Meio
E, ao meio,
Divide-se a Visconde
O lugar
Tem saudades do bonde
Embora, por ele
Nunca tenha passado
12-02-2012
(verão de 1987)
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
Noturna, matinal e corpórea
Afagos de frente e verso
Para nosso poema (não) amanhecer disperso
10-02-2012
Para nosso poema (não) amanhecer disperso
10-02-2012
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
O caminho no escuro
Logo depois da alvorada, até um pouco antes do crepúsculo
Sou como aquela peça do quebra cabeça ( em desalinho)
Quando anoitece, olho para o céu
Em busca da estrela polar
08-02-2012
Sou como aquela peça do quebra cabeça ( em desalinho)
Quando anoitece, olho para o céu
Em busca da estrela polar
08-02-2012
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
Entropia
Ao lhe ver, eu soube
Como seria
Eu e você
Ainda que eu negue
Andamos a esmo
Você e eu
Bichos do mato
Súditos do olfato
Eu e você
Sangue a mil
Olhos em Zoom
Você e eu
Dois corpos em um
Será samba, será blues
Eu e você
Será o que não precisamos dizer
03-02-2012
Como seria
Eu e você
Ainda que eu negue
Andamos a esmo
Você e eu
Bichos do mato
Súditos do olfato
Eu e você
Sangue a mil
Olhos em Zoom
Você e eu
Dois corpos em um
Será samba, será blues
Eu e você
Será o que não precisamos dizer
03-02-2012
domingo, 29 de janeiro de 2012
sábado, 28 de janeiro de 2012
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Mais uma folha no tapete
Corta o vento, apesar do calor
Alio-me às outras folhas no tapete
Pisoteia-me a aranha caranguejeira
Todos os passantes dizem: " Esta espécie não é venenosa"
Sei não, sei não
Venham pra cá, debaixo dela
No meu lugar
26-01-2012
Alio-me às outras folhas no tapete
Pisoteia-me a aranha caranguejeira
Todos os passantes dizem: " Esta espécie não é venenosa"
Sei não, sei não
Venham pra cá, debaixo dela
No meu lugar
26-01-2012
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
Tempero
Quando o ônibus deixa a estação, eu amanheço no interior de um túnel
De pronto, visto lentes escuras, escancaro assim meu desejo de retardar a alvorada
Parece um ritual de passagem esta visita à capital
O mormaço, sinto-o em cada esquina e minha pele acusa o que se sucederá com o asfalto
Meio ao ar condicionado, armo um teatro para a fervura das horas
Condimento os minutos com indecisões geminianas, enquanto o container sobre rodas segue seu curso...
25-01-12
De pronto, visto lentes escuras, escancaro assim meu desejo de retardar a alvorada
Parece um ritual de passagem esta visita à capital
O mormaço, sinto-o em cada esquina e minha pele acusa o que se sucederá com o asfalto
Meio ao ar condicionado, armo um teatro para a fervura das horas
Condimento os minutos com indecisões geminianas, enquanto o container sobre rodas segue seu curso...
25-01-12
sábado, 21 de janeiro de 2012
Poema em alto mar
Duas páginas além do prefácio, uma eternidade
O vulto rouba a concentração
O "pensar" é urso faminto
Fabrica poções de desassossego
Viaja nas lacunas das ausências
O "pensar" :
O vulto rouba a concentração
O "pensar" é urso faminto
Fabrica poções de desassossego
Viaja nas lacunas das ausências
O "pensar" :
Tem horas que é navio
Sem permissão para o cais
21-01-2012
Sem permissão para o cais
21-01-2012
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Niágara
Debaixo da torneira o cacho refresca-se
Sob cenário violeta, os entre grãos assemelham-se a grutas
De onde emergem pingos de cristal
A uva tem o nome das cataratas, com uma doce vantagem
19-01-2012
Sob cenário violeta, os entre grãos assemelham-se a grutas
De onde emergem pingos de cristal
A uva tem o nome das cataratas, com uma doce vantagem
19-01-2012
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Água no rosto
Amanheço disperso
Desejo de verso
Aquele que ainda não fiz
Desejo o que claramente não vejo
As letras do sossego
Uma diretriz
18-01-2012
Desejo de verso
Aquele que ainda não fiz
Desejo o que claramente não vejo
As letras do sossego
Uma diretriz
18-01-2012
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
Aguardem-na
Enquanto a cidade desperta, ela é determinada
Seu mundo é sua filha, depois a calçada
Nem lhe falem de academia, não é dia
Amanhã, talvez, supermercado
Tomara que ele não ligue, ela anda à toa
Seu trabalho, de repente, a levou pra Roma
Sentiu-se descartada, mas ela vai voltar pra Itália
Quer mostrar àquela gente
Que nasceu pra ser a Dona
17-01-2012
Seu mundo é sua filha, depois a calçada
Nem lhe falem de academia, não é dia
Amanhã, talvez, supermercado
Tomara que ele não ligue, ela anda à toa
Seu trabalho, de repente, a levou pra Roma
Sentiu-se descartada, mas ela vai voltar pra Itália
Quer mostrar àquela gente
Que nasceu pra ser a Dona
17-01-2012
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
domingo, 15 de janeiro de 2012
sábado, 14 de janeiro de 2012
Relógios de corda
Quando não há mais assunto, resolvemos brindar aos nossos defeitos...
Para o bar não fechar
14-01-2012
Para o bar não fechar
14-01-2012
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Desabafo
O pé de goiabeira conversa comigo, parece gente
Apesar da canseira, está fora de perigo
Diz-me: "Ando muito contente"!
Abafado, esse janeiro
Meus filhos sadios avançam para a idade adulta
Poluição, vândalos ou peste oculta
Nada estragará a colheita em fevereiro
13-01-2012
Apesar da canseira, está fora de perigo
Diz-me: "Ando muito contente"!
Abafado, esse janeiro
Meus filhos sadios avançam para a idade adulta
Poluição, vândalos ou peste oculta
Nada estragará a colheita em fevereiro
13-01-2012
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
Fora do baralho
Descola o troco "dos home"
Mata a fome que te ataca
Ordem do bruxo, lustra a ferramenta
Dribla o fracasso
Trono é cobiça,
Compra a ilusão, que o consumismo atiça e atiça
12-01-2012
Mata a fome que te ataca
Ordem do bruxo, lustra a ferramenta
Dribla o fracasso
Trono é cobiça,
Compra a ilusão, que o consumismo atiça e atiça
12-01-2012
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Homeopática
Através de tuas fechadas janelas
Converso com cachoeiras
Tateio o lilás das hortênsias
Bebo dourado macela
Lambo o doce das frutas
Esquio em tuas curvas e vales
Viajo no aconchego das grutas
11-01-2012
Converso com cachoeiras
Tateio o lilás das hortênsias
Bebo dourado macela
Lambo o doce das frutas
Esquio em tuas curvas e vales
Viajo no aconchego das grutas
11-01-2012
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
sábado, 7 de janeiro de 2012
Der Dichter
Auf der Strasse liest seine Gedichte
Nichts gibt es zu fressen
Habt Ihr Euch vielleicht gefragt
Hat Er früher gegessen?
07-01-2012
Nichts gibt es zu fressen
Habt Ihr Euch vielleicht gefragt
Hat Er früher gegessen?
07-01-2012
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Breve
Que grande engano: desejar e sofrer
Pegar a estrada sem admirar a paisagem
Não bastassem os medos, do berço herdados
Adereços de uma trajetória vazia
Se a lua esconder-se, escuta a noite
A gente nem sabia que a sentia
Abrigue-se no manto do silêncio, a vida é um breve salto
04-01-2012
Pegar a estrada sem admirar a paisagem
Não bastassem os medos, do berço herdados
Adereços de uma trajetória vazia
Se a lua esconder-se, escuta a noite
A gente nem sabia que a sentia
Abrigue-se no manto do silêncio, a vida é um breve salto
04-01-2012
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
Arte Maria
Ela é noturna lava descendo as encostas
Quando toca o mar, amanhece augusta escultura
03-01-12
Quando toca o mar, amanhece augusta escultura
03-01-12
domingo, 1 de janeiro de 2012
Trindade
Aparece-me nos sonhos (frequentemente)
A vila de pescadores em Trindade
Lá dorme a praia do sono, vive a praia do meio
Há outras tantas lindas (majestosamente)
Até parece, não são elas de verdade
01-01-2012
A vila de pescadores em Trindade
Lá dorme a praia do sono, vive a praia do meio
Há outras tantas lindas (majestosamente)
Até parece, não são elas de verdade
01-01-2012
Assinar:
Postagens (Atom)