domingo, 23 de novembro de 2008

Entorno

Voltamos às cidades natais, prédios e distâncias encolhem
Na adolescência, as ruas perdem-se no horizonte
O presente é a imagem na retina, são belos os jardins sem grades

A melancolia é uma mesa na calçada (repleta de cerveja) e turma em algazarra.
A moça mais linda da cidade, um dia será minha namorada...

A mendiga--de nome flor da praça-- acompanha os engraxates que vem pedir banana no armazém

Quando o sino da igreja emite sons agudos, é porque falece uma criança
O rio Carreiro e eu estamos mais calmos, acho que é por causa das secas de cada um



23-11-08

sábado, 22 de novembro de 2008

A fiscal

De tanto usar a vaselina, que comprava na farmácia, atingiu seu objetivo
Tornou-se fiscal de um órgão qualquer

"Vítima do sistema", diziam seus apoiadores : como os escritores maníacos e depressivos, quando escrevem algo, matam o maníaco dentro deles.
Como são  incapazes de extinguir fiscais, deprimem-se
Curam a depressão, quando comem suas psicanalistas, de modo que,
elas também se tratam. Mas essa é outra história...

Tinha tanta corrida no corpo, essa fiscal, que batizaram uma égua no prado com seu nome.
Na raia 3, "fiscal".

Saiu de cena, com o tempo, devido à escassez de apostas no seu nome, descrédito diziam,
mas era só um bico

Almejava voos mais altos. Política partidária no Brasil


Qualquer sigla, pra aperfeiçoar suas sacanagens 


22-11-08

sábado, 8 de novembro de 2008

Eles "amam" animais

Eles saem de casa pra trabalhar
Ou pra passear


Deixam o cachorro trancado, solitário
Chorando no apartamento


No lugar do coração levam uma pedra


No lugar do cérebro, o intestino de um jumento

08-11-2008

sábado, 1 de novembro de 2008