terça-feira, 23 de abril de 2013

Águapoema

Cabeça baixa, olhos ausentes
Mergulho no ventre da mesa
Ato frugal de "contemplar" o desconhecido

"O incógnito nos enlouquece"!
Benta seja esta  loucura
O conhecido é que nos torna doentes

Desmembra-se o poema
Recusa o anonimato, é sua vocação

O poema é braço de rio, esparrama-se pela mão
Seus dedos são afluentes que apalpam os solos
Acariciam margens
Colhem beijos dos córregos, para ofertá-los ao mar

23-04-2013

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