No portão do prédio, dou de cara com um sabiá mais gordo do que eu.
Vem dele o canto noturno, quando confunde o brilho das luminárias com o sol.
Exibe no peito a cor das laranjas de época, suponho ser a mesma da felicidade.
Pelo tamanho da minhoca, que no seu bico se debate, concluo que deva ter uma família numerosa, ou o cantarolar da madrugada abre o apetite, isto explicaria seu sobrepeso.
Sigo ladeira acima, penosamente, com meu insignificante coração um ponto zero.
Eu gostaria de saber, como ele consegue alçar vôo, rechonchudo como é...
23-08-11
terça-feira, 23 de agosto de 2011
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