sexta-feira, 15 de julho de 2011

Norte

I

Os ratos, no centro histórico de Gênova,

Esgueiram-se pelas estreitas ruelas
Caminham sobre um tapete de seringas usadas
Tem uma lágrima suspensa no canto do olho

II

Sob o assoalho dos Pubs
Eles esboçam um sorriso quase humano

III

Nem tudo está perdido, se despencar uma gota de cerveja
E sobrarem restos nos pratos dos turistas

IV

Os ratos do cais, em Gênova

Almejam partir do porto de Los Palos
Atrás das caravelas de Colombo

V

São ratos, aos tombos afeitos
Que não encontram um Norte em terra firme

VI

Mas navegam
Lendo as estrelas

15-07-2011

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